“É difícil dizer quem nos faz mais mal: inimigos com as piores intenções ou amigos com as melhores”
“A amizade multiplica as coisas boas e divide as más”.
“Tenho procurado destruir os meus inimigos transformando-os em amigos”.
“Não tem amigos quem nunca teve inimigos”.
“Peço a Deus que me proteja dos meus amigos; dos inimigos cuido eu!”
Aqui vão de rajada alguns pensamentos e frases célebres sobre a amizade, com os quais me identifico inteiramente.São tantas as circunstâncias da vida em que a amizade se manifesta que o difícil é escolher as mais marcantes. Claro que não existe uma fórmula, um padrão que nos permita aferi-la com exactidão e clareza.
Há pessoas a quem dedicamos a nossa amizade; em quem confiamos; com quem partilhamos ideias; que são cúmplices dos nossos projectos e parte da nossa estratégia.
E estamos convencidos de que somos correspondidos. Que não se aproveitam da nossa bonomia para, em algum momento visando interesses pessoais ou prestando favores a terceiros, nos atraiçoarem.
E, todavia, elas existem…Às vezes, sem darmos por isso, tão certos estávamos da sua integridade moral, da sua firmeza política, do seu carácter nobre, da sua dedicação desinteressada.
E, quando a verdade surge aos nossos olhos, é o desapontamento, a desilusão.Por vezes, é preciso que o denunciem; é preciso que algum amigo nos lembre que, afinal, aquela pessoa que julgávamos dedicar-nos uma amizade segura e indestrutível, não passa de uma boneca com pés de barro!…
Vêm estas considerações a propósito da chamada de atenção que fui alvo durante o café da manhã do passado Domingo. Uma amiga de longa data advertiu-me para a necessidade de ser mais selectivo e rigoroso no critério que uso para definir os meus amigos. Parecia-lhe que a minha generosidade excessiva poderia alargar demasiado o conceito da amizade.
A conversa sobre o tema não se alongou muito mais. Percebi. Não pude deixar de reflectir e trazê-la à consideração do leitor - o que para algumas pessoas a amizade representa: um valor ténue que se apaga, se a cenoura for acenada.
Ou, pior que isso, como parece ser muitas vezes o caso, apenas para fazer um jeito a amigos conjunturais ou de circunstância…
Amigos destes? Amizades destas? Pois, que as leve o diabo! Mas deixemos isto ao Aleixo que sentiu na pele, como ninguém, a falta da amizade.
“Quando estas verdade digo a um amigo,
estou a ouvi-loa dizer lá p´ra consigo:
aquilo não é comigo;
eu não sou nada daquilo”
“Mas, se em meus versos bem digo,
o amigo fica feliz, a dizer lá p´ra consigo:
ó diabo, aquilo é comigo,
sou tal qual o que ele diz”.
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