terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Rui Polónio Sampaio

Conheci-o bem. Convivi com Ele. Partilhei, muito de perto, do seu percurso das últimas quatro décadas. Foi, por minha iniciativa, consultor jurídico da Câmara Municipal de Matosinhos. Não como acontece agora, com compensações mensais sem regras e sem qualquer critério, recebia uma mensalidade “curta” para o seu prestígio, a sua capacidade, o seu nível intelectual e sobretudo o seu profissionalismo e altos conhecimentos no direito administrativo.

Não foi através desta colaboração que melhor conheci o Rui Polónio. Não foi pela sua actividade profissional que avaliei a sua personalidade e o seu carácter.
Rui Polónio Sampaio foi um homem da cidadania. Um político do socialismo democrático inspirado nas grandes referencias da vida política nacional e europeia. Não era um seguidista, muito menos um socialista de circunstância e, ou “disciplinado” às regras dos aparelhos partidários e muito especialmente do Partido Socialista que o conquistou mas rapidamente o perdeu porque os esquemas partidários não se encaixavam na sua personalidade e no seu carácter.

Ele amava a liberdade, a democracia e direito ao contraditório.
Grande amigo e colega de escritório, durante muitos anos, de Miguel Veiga, por isso, não me surpreendeu a sua veia poética. Ele era , também, um homem da cultura.
Depois da sua experiência como deputado à constituinte, eleito pelo PS, militou na União Democrática da Esquerda Socialista (UDES), de Lopes Cardoso, outro grande socialista, dissidente do PS.
Quando exerci funções na direcção nacional do PS, liderado por Jorge Sampaio, falei com Rui Polónio Sampaio, salientando-lhe que o PS liderado por este grande senhor da vida política e da história recente do PS, merecia voltar a tê-lo como militante. Aceitou de imediato na condição de militante de base. Revoltou-se com os “desvios” do PS de José Sócrates.
Quantas vezes em esporádicos telefonemas me dizia”este PS esvazia-se e dilui-se em interesses que não são os meus e vai perdendo carga ideológica em áreas que não são as minhas (já não sei onde está a direita se no PS ou no PSD). Este não é o PS de Jorge Sampaio que me reconquistou”.
Reagiu duramente contra a sindicalização do PS e a forma como os aparelhos transformaram um partido político num grupo de interesses.
Ele que com Mário Cal Brandão, António Macedo, José Luís Nunes e Carlos Lage, iniciaram a construção do PS no distrito do Porto, com sede na AV. Rodrigues de Freitas, arrepiava-se com a destruição progressiva deste capital político, histórico e humano, protagonizado por socialistas de arribação dos últimos anos. Admirador de Manuel Alegre e ideologicamente ligado ao projecto sampaísta, Rui Polónio Sampaio, despediu-se sem avisar.
Não quis, ou não pode, cumprir a promessa que me fez, há menos de um mês, e, agora sou eu que não posso fazer o que combinei com a sua Senhora, Dra. Maria João Riotinto. Não imaginam o quanto me perturba e me incomoda.
Se estivéssemos num país que soubesse reconhecer os seus maiores e se soubesse valorizar as pessoas verticais e de carácter, a morte de Rui Polónio Sampaio não teria passado de forma tão discreta.
A minha sincera homenagem ao Rui Polónio Sampaio e a gratidão por tudo o que me ensinou.

Narciso Miranda



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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Rigor, responsabilidade e transparência

A candidatura “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” assumiu um compromisso com Matosinhos e com os matosinhenses de retomar o rumo do rigor, da responsabilidade e da transparência nos actos de gestão. Assumimos o compromisso e vamos levá-lo até às últimas consequências.

Ainda agora, a autarquia de Matosinhos realizou um contrato com a empresa “Deloitte”, no valor inicial de 90 mil euros, e levou à Câmara uma factura para pagar a essa mesma empresa de 192.211,63 euros. Isto é, mais do dobro do valor que foi contratado.
Não pomos em causa a seriedade, a responsabilidade e até a justeza do valor que a “Deloitte” requer. E até admitimos que tenham direito a esse pagamento. Não. Não é isso. O que colocamos em causa é que, durante meses, a “Deloitte” foi trabalhando, consumindo receitas municipais, sem qualquer controle, sem qualquer rigor, sem qualquer sentido de responsabilidade e transparência.
Porque fazemos esta afirmação? Porque só no fim, quando era necessário pagar a factura, resolve-se o problema com o facilitismo de sempre. Agenda-se o assunto para que a Câmara, colegialmente, assuma responsabilidades alheias e dê cobertura a actos de gestão incontornavelmente pouco rigorosos.
Convém recordar que aqueles que partilham decisões ilegais ou irregulares poderão, em sede inspectiva ou de escrutínio da lei, serem chamados a assumir responsabilidades financeiras. Como se sabe, estas situações não são “virgens” na Câmara de Matosinhos. Já aconteceram. Estão a acontecer.
É por isso que os eleitos da “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” vão continuar a trabalhar, pelo cumprimento rigoroso, até às últimas consequências, do compromisso assumido com Matosinhos e com os matosinhenses de retomar-se o rumo do rigor, da responsabilidade e da transparência nos actos de gestão dos dinheiros municipais.
Numa conjuntura difícil, com o aumento galopante do desemprego em Matosinhos, com pequenas e médias empresas a sentir os efeitos asfixiantes de uma conjuntura complexa, de numerosas famílias a endividarem-se, dia após dia, face às dificuldades que enfrentam e dos focos de pobreza que se alastram pelo concelho, lamenta-se que a maioria PS e PSD continue numa política de despesismo e falta de rigor nas finanças municipais.
Uma maioria que é manifestamente tolerante com os “grandes”, designadamente as petrolíferas e as grandes empresas, e extremamente exigente com os mais desfavorecidos.

Narciso Miranda


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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sinais de uma espécie de “limpeza”

Foi o Parlamento que tomou a iniciativa de “impor”, por via legislativa, a limitação dos mandatos autárquicos. Em consequência dessa lei, todos os presidentes dos órgãos executivos, Câmaras e Juntas de Freguesia, ficam condicionados à realização de apenas três mandatos consecutivos.

Esta medida vai criar as condições para que, nas próximas eleições autárquicas de 2013, pelo menos dois terços dos presidentes dos órgãos executivos, quer das Câmaras, quer das Juntas de Freguesia, sejam substituídos. Substituídos, não por vontade própria, mas por imposição desta lei que surge do Parlamento.
O Secretário de Estado da Administração Autárquica, José Junqueiro, vem, agora, anunciar que, provavelmente, será apresentada uma medida legislativa que aponta no sentido de impedir candidaturas e consequente eleição de autarcas condenados pela via judicial, por actos praticados no âmbito das suas funções.
Analisada bem a conjuntura, podemos concluir que o ambiente não é o mais agradável para os eleitos locais e para a vida autárquica. Há sinais evidentes de que, progressivamente, se vai fazendo uma espécie de “limpeza” e já pertencem ao passado os tempos em que o exercício do poder local democrático em Portugal era considerado um verdadeiro exemplo de renovação, de inovação, de recuperação do atraso acumulado nas comunidades e, particularmente, uma das melhores realizações resultantes do 25 de Abril.
Já passou o tempo em que os autarcas eram os políticos mais prestigiados do nosso país. E eu tenho saudades desse tempo. Sentia-me orgulhoso dessa avaliação.
É natural, por isso, que esta degradação da política autárquica e, sobretudo, degradação da imagem dos autarcas, não seja nada agradável para quem exerceu o poder em conjunturas bem diferentes e bem mais complexas, com dificuldades acrescidas e que não dê sinais, também nada agradáveis ou optimistas, numa perspectiva de futuro.
É certo que não podemos “meter tudo no mesmo saco”, mas há que reconhecer que há eleitos locais que contribuíram e vêm contribuindo, cada vez mais, para a criação deste estado de espírito que não pronuncia nada de bom em termos de futuro.

Narciso Miranda


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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Um mês depois

Cerca de um mês depois da tomada de posse do novo Executivo da Câmara Municipal de Matosinhos, é tempo, já, para fazer um primeiro balanço. E o balanço dos eleitos pela candidatura “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” não poderia ser, para já, mais positivo. Quando nos candidatamos, fizemo-lo com a consciência de que tínhamos uma “missão” a cumprir. A de retomar o rumo, em Matosinhos.

O rumo do rigor, o rumo da credibilidade, o rumo da confiança e o rumo do desenvolvimento e do progresso desta terra que tanto amamos. E é isso que temos vindo a fazer. Os votos de cerca de 27 mil matosinhenses deram-nos o lugar da única força política da oposição no concelho. Um papel que assumimos com toda a honra e responsabilidade que o mesmo nos merece, que os matosinhenses nos merecem.
Dando seguimento aos compromissos eleitorais assumidos, os eleitos pela lista “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” apresentaram, ao longo deste primeiro mês, várias propostas nos diferentes órgãos autárquicos, sempre tendo em consideração a defesa dos interesses de Matosinhos e dos matosinhenses.
E conseguimos, já, alguns “feitos” que merecem algum relevo. Pela primeira vez, conseguimos que os eleitos da nova maioria da Câmara (PS e PSD) aprovassem, por unanimidade, uma proposta nossa de sensibilização do Governo contra a instalação de portagens nas SCUT do Grande Porto.
Fizemo-lo, porque acreditamos que as portagens, designadamente no que a Matosinhos diz respeito, “rebentarão” com a economia local, designadamente o parque da restauração, o turismo gastronómico e cultural, mas, também, as pequenas e médias empresas que, em conjuntura tão difícil, não conseguirão suportar esta “factura” elevada. O índice de desenvolvimento económico e o significativo aumento do desemprego aconselham a medidas excepcionais para evitar baixar a qualidade de vida dos cidadãos e não o contrário.
Conseguimos que a nova maioria municipal aprovasse, igualmente, por unanimidade, uma proposta nossa para a possibilidade de existência, na página oficial da Câmara Municipal de Matosinhos, de um espaço virtual onde se possam inserir os diversos conteúdos de discussão, propostas e respectivo resultado de votação, de todos os grupos eleitos. Fizemo-lo em nome da verdadeira democracia e do rigor e da transparência que os cidadãos nos merecem.
Lamentamos, profundamente, no entanto, que em outras medidas a nova maioria municipal não tenha tido a mesma sensibilidade e espírito aberto.
Lamentamos que não tenham aprovado a proposta apresentada pelos eleitos da lista “Narciso Miranda Matosinhos Sempre”, de acordo com o compromisso eleitoral assumido, de baixar em 20 por cento o Imposto Municipal para Imóveis (IMI), tendo estabelecido, nesta matéria, a taxa máxima do referido imposto. Tal decisão irá penalizar, de uma forma extremamente gravosa, as famílias de Matosinhos, numa conjuntura já por si complexa, com um índice de desemprego extremamente elevado, em que muitas delas enfrentam enormes dificuldades.
Os matosinhenses merecem-nos esta defesa acérrima dos seus interesses. Foi o que fizemos ao longo deste primeiro mês. É o que iremos continuar a fazer. Porque temos um único objectivo: um Matosinhos melhor e cada vez maior qualidade de vida para os matosinhenses.

Narciso Miranda


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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sacrificar os cidadãos

Já por diversas vezes manifestei, claramente, o meu desagrado profundo por, em Matosinhos, a maioria municipal (eleitos do PS e do PSD) ter optado por aplicar a taxa máxima para o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), porque, dessa decisão, resulta um claro agravamento da situação já difícil que a grande maioria das famílias enfrenta.
Percebo que a aplicação da taxa máxima pela nova maioria da Câmara resulte da grave situação financeira que a autarquia atravessa.

De facto, nestes últimos anos, assistimos a um crescimento impressionante dos gastos correntes, o que conduziu ao recurso sistemático, por parte da Câmara, a empréstimos, designadamente de tesouraria.
Acontece que não se pode resolver o problema da crise financeira da Câmara através do aumento das receitas à custa do esforço dos cidadãos. A débil situação financeira da Câmara deve resolver-se cortando nas despesas correntes, anulando gastos supérfluos.
Muito menos se percebe que, enquanto se perdoa milhões de euros a grandes empresas, se sacrifique os cidadãos. Não se percebe como é que a Câmara é capaz de sacrificar os cidadãos e perdoar à “Cepsa”, através de um acordo, milhões de euros. A “Cepsa” que tinha uma dívida, reivindicada judicialmente, para com a autarquia de 17 milhões de euros, que ficou reduzida a 715.935,36 euros!
Um acordo em que, ainda por cima, a “Cepsa” se “disponibiliza” para “contribuir para o desenvolvimento das vertentes sociais, culturais e desportivas do Município, em regime de mecenato, através de acordo a celebrar”. O que tem a Câmara a ver com o facto de uma instituição ou uma empresa querer fazer contratos com instituições da sociedade civil, ao abrigo da Lei da Mecenato? A qualquer entidade, instituição, empresa ou cidadão assiste toda a liberdade e legitimidade para o fazer, por sua conta e risco, com o seu dinheiro.
Em síntese, a Câmara perdoa, numa atitude benemérita, milhões de euros à “Cepsa”, enquanto esta procura “compensar” esta atitude, propondo-se a ajudar as colectividades do concelho, através da formação de “um saco”… não se sabe bem de que cor!
Os eleitos da lista “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” apresentaram uma proposta – rejeitada pela maioria da Câmara (PS e PSD) – para baixar o IMI em 20 por cento. Fizeram-no conscientes da conjuntura económica difícil que atravessa o país, de uma forma geral, e da qual Matosinhos não é, infelizmente, excepção e respeitando o compromisso eleitoral que assumiram.
Fizeram-no a pensar nos matosinhenses, nos milhares de famílias que enfrentam, actualmente, extremas dificuldades, inclusive para suportar os próprios encargos financeiros que contraíram. Fizeram-no com a consciência de que o índice de desemprego nunca esteve tão elevado no concelho.
Este é, assim, mais um encargo a pesar no “bolso” dos matosinhenses. Uma “factura” cara que os cidadãos vão ter de pagar. Uma medida que irá penalizar, de uma forma extremamente gravosa, as famílias de Matosinhos.
A estes, não se perdoa nada. Perdoa-se, sim, às grandes empresas, às que já ganham muito dinheiro. Vá-se lá perceber porquê e que tipo de política é esta!

Narciso Miranda


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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Não às portagens no Grande Porto!

A polémica está há muito instalada e o assunto tem estado em cima da mesa das discussões. Refiro-me ao possível avanço das portagens das SCUT no Grande Porto, que tem reanimado a discordância, sobretudo, de autarcas dos concelhos afectados. Falta de alternativa e cobrança indiferenciada têm motivado as mais variadas críticas do Grande Porto ao Minho. Pertenço ao grupo dos que discordam, claramente.

E falo, acima de tudo, na defesa dos interesses de Matosinhos e dos matosinhenses. Isto, porque não podemos começar por esquecer que o concelho de Matosinhos é atravessado, transversalmente, no sentido Norte/Sul pela estrada A28 e, no sentido Poente/Nascente, pela A41.
Mesmo sendo classificadas de estradas de carácter nacional, trata-se de duas vias verdadeiramente decisivas para a mobilidade dos cidadãos e, sobretudo, para a interligação das várias freguesias do concelho. Quem por elas tem de circular diariamente sabe bem desta importância fundamental a que me refiro.
Por outro lado, assumem-se, ainda, como vias estruturantes para o desenvolvimento económico, constituindo alavancas decisivas para a economia local de Matosinhos, designadamente para as pequenas e médias empresas e para o sector da restauração do concelho.
Por isso, não tenhamos dúvidas. Não nos iludamos. As portagens rebentarão a economia local, designadamente o parque da restauração, o turismo gastronómico e cultural, mas, também, as pequenas e médias empresas, que não aguentarão estes custos.
Os cidadãos, esses, sim, pagarão uma “factura” muito elevada se esta decisão de colocar portagens nas referidas estradas for avante. Sobretudo, considerando o índice de desenvolvimento económico e o significativo aumento do desemprego que contribui, de uma forma decisiva, para baixar a qualidade de vida dos cidadãos.
Por isso, me manifesto, como sempre me manifestei, radicalmente contra a colocação de portagens na A28 e na A41, por serem verdadeiramente penalizadoras da vida dos cidadãos.
Por isso, é responsabilidade dos autarcas, sobretudo dos concelhos mais afectados por esta medida, manifestarem-se contra e juntarem a sua voz à dos cidadãos.
Sobretudo num concelho, como Matosinhos, onde, mais importante que as portagens é resolver problemas sérios como o da requalificação da A28, desde o nó do IP4 até ao nó de Francos, passando de duas para três faixas, e acabando com o tormento diário do cruzamento com a Circunvalação, ou a construção do acesso para o Hospital Pedro Hispano
Isto, sim, é defender os interesses dos cidadãos e de Matosinhos. E é para com estes que temos responsabilidade.

Narciso Miranda


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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Zacarias La Fuente

Zacarias La Fuente, tipografia “Saúde & Sá”, Av. Afonso Henriques, em Matosinhos. Quem não conhece?
A última vez que me encontrei com este grande Homem, este grande amigo, este grande cidadão, Zacarias La Fuente ainda estava perfeitamente seguro, lúcido e muito sereno, foi num encontro com outro grande amigo, figura de enorme carisma, Mário Soares.

O Zacarias, como nós carinhosamente o tratávamos, retirou da carteira e mostrou ao Mário Soares, um calendário no qual eu estava com ele. Um calendário já com marcas visíveis provocadas pelo desgaste do tempo. E o Zacarias disse: “Aqui estão as duas pessoas que mais admiro, os meus ídolos, as minhas referências”.
Nada de mais injusto, nada de mais irrelevante ouvi de um Homem de regras, de valores e de princípios. Ele, sim, o Zacarias, foi uma grande referência. Uma referência marcante. Uma referência na política. Uma referência na vida. Uma referência para a família. Uma verdadeira referência dos valores e dos sentimentos.
Quando lhe prestava a verdadeira e sentida homenagem, assisti à conversa de circunstância de uma ilustre matosinhense com o filho do Zacarias, outro grande matosinhense, figura de grande prestígio, que orgulha Matosinhos, o Prof. Dr. José Maria La Fuente. Fixei bem algumas das frases que ouvi. “Temos que salientar e valorizar tudo o que de bom ele fez. E foi muito, mesmo muito. É nossa obrigação prestar-lhe a homenagem que merece e viver as recordações daquilo que nos ia transmitindo com a sua prática e a sua forma de vida”.
De facto, Zacarias La Fuente era um Homem bom. Um Homem generoso, fraterno, amigo, sempre muito atento a tudo e a todos. Era um Homem sempre pronto a ajudar, sobretudo quem mais precisava.
Zacarias La Fuente era um Homem de família. Um Homem muito ligado aos valores da família. Era o grande elo, o grande foco gerador de atracção, da união, da solidariedade, da fraternidade de toda a família. E não, exclusivamente, da família que lhe era mais próxima. Não. Zacarias La Fuente era um Homem de um coração enorme, onde cabiam todos, sobretudo, os que mais carências enfrentavam.
Sempre que conversava com o seu filho, o Prof. Dr. José Maria La Fuente, um grande amigo, quando lhe fazia alguma referência mais positiva e mais elogiosa, ele tinha sempre a preocupação de desvalorizar, por completo, o que ouvia, dizendo: “Essas palavras mais elogiosas não me devem ser dirigidas a mim. O meu pai é que merece esses elogios e esse reconhecimento. Eu sou demasiadamente pequenino, comparado com os meus pais, a Isabel e o Zacarias. Eles, sim, os meus pais merecem todos os elogios, aqueles a quem eu tudo devo, a quem continuo a ter como a maior referência”.
O José Maria La Fuente tem razão. Mas tenho a certeza que os filhos dele já pensam a seu respeito exactamente o mesmo.
Ao despedir-me desse grande amigo, Zacarias La Fuente, ao prestar-lhe a mais sentida homenagem revivi um pouco a minha relação com esse casal, com a Isabel e o Zacarias. Uma relação intensamente vivida, durante quase quatro décadas. Uma relação profunda e de grande cumplicidade.
Sempre, e acima de tudo em momentos de maiores dificuldades, a primeira pessoa de quem me lembrava era do Zacarias. E o Zacarias estava sempre lá. Estava sempre no local certo, no momento certo. Para ajudar.
E ao fazê-lo, lembrei-me, também, dos meus pais. Há momentos, de facto, nas nossas vidas, em que a emoção toma conta de nós… E em que as palavras são demasiadamente pequenas para a grandiosidade de pessoas como este grande amigo de quem, agora, nos despedimos…

Narciso Miranda


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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Prioridades da agenda política

A reforma constitucionalmente estabelecida de proceder à Regionalização, parece estar, agora, colocada no “fundo da gaveta” do Governo do PS. Isto, depois de ter sido dada a garantia, no princípio da legislatura anterior, pelo Governo do PS, de que prepararia todo o processo, no sentido de, na legislatura seguinte, avançar com o Referendo que concretizasse a Regionalização.

Pelo menos, são estes os sinais que começam a surgir em público, com vários membros do Governo a considerarem que essa questão não é prioritária, ou, pior ainda, que ainda não estão reunidas as condições para se poder avançar com este processo.
Por outro lado, surgem, ainda, alguns autarcas dos mais prestigiados do PS, como é caso de Mesquita Machado e Rui Solheiro, que, de uma forma resignada, parecem aceitar o adiamento “sine die” desta reforma constitucional.
Até aqui, pode compreender-se. Mas, se tivermos em consideração que foi colocada como grande prioridade da agenda política o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sem colocar em causa o princípio que dará abertura à resolução desta questão, parece-me que as prioridades estabelecidas para a agenda política do Governo não são, de facto, as mais adequadas.
Não coloco aqui em causa a legitimidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não sou contra, nem a favor. Respeito. É uma opção que cabe na consciência de cada cidadão. O que não tenho dúvidas em afirmar é que esta não é, não pode ser, a prioridade da agenda política.
Transformar este assunto na prioridade da agenda política do país para um Governo de esquerda não me parece a solução mais adequada. Sobretudo, tendo em consideração que, para além do tema da Regionalização, temos, neste momento, temas bem mais prementes que deveriam merecer a atenção de todos aqueles que têm, sobre estas matérias, responsabilidades políticas.
Falo do problema do desemprego, dos jovens que procuram o primeiro emprego, da pobreza, da exclusão social, da economia do país, das pequenas e médias empresas, que estão cada vez mais asfixiadas. Temos, em suma, problemas ligados ao desenvolvimento económico, cultural e social que envolvem os recursos humanos disponíveis no país, que vão sendo, cada vez mais, desperdiçados.
E quando olhamos para exemplos de outros países, com um crescimento económico muito mais significativo, e, no nosso país, vemos os sinais de pobreza a aumentar, os sinais das dificuldades das pequenas e médias em crescendo, e se coloca a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo como prioridade da agenda política, tenho vontade de perguntar: onde é que eu estou?

Narciso Miranda


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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Baixar o IMI é defender os matosinhenses

Prometemos e cumprimos. É esta, afinal, a minha, a nossa forma de estar e de encarar e viver a política. Ao longo do debate eleitoral, apresentamos, como uma das nossas “bandeiras”, a redução, em 20 por cento, do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Fizemo-lo conscientes da conjuntura económica difícil que atravessa o país, de uma forma geral, e da qual Matosinhos não é, infelizmente, excepção.

Fizemo-lo a pensar nos matosinhenses, nos milhares de famílias que enfrentam, actualmente, extremas dificuldades, inclusive para suportar os próprios encargos financeiros que contraíram.
Fizemo-lo porque sabemos que o índice de desemprego no concelho nunca esteve tão elevado, que, diariamente, dezenas de Matosinhos ficam sem emprego, que milhares de matosinhenses enfrentam uma situação de desemprego de longa duração verdadeiramente assustadora e angustiante.
Este é, assim, sem dúvida, mais um encargo a pesar no “bolso” dos cidadãos. E foi, tendo em consideração toda esta conjuntura, que quisemos, e vamos continuar a lutar por uma proposta que apresentamos, esta passada terça-feira, na última reunião da Câmara de Matosinhos, contra, aliás, a solução da maioria do bloco central, que decidiu aplicar a taxa máxima (0,40%).
Não temos dúvidas – e sabemos que os cidadãos que vão pagar esta cara “factura” nos acompanham – que esta medida aprovada pela maioria do bloco central irá penalizar, de uma forma extremamente gravosa, as famílias de Matosinhos.
Por isso, os eleitos do GCE “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” apresentaram uma proposta para se baixar o IMI, durante o ano de 2010, em 20 por cento, propondo que, no intervalo de pagamento do IMI de 0,2 por cento mínimo, até ao máximo de 0,4 por cento, se aplique a taxa de 0,32 por cento.
Por isso, propusemos, ainda, baixar, igualmente, em 20 por cento, o IMI de todos os prédios abrangidos pelas AUGI’s (Casas de Génese Ilegal), como forma de compensação por terem construído, na maioria dos casos, as habitações há mais de 25 anos. Estes já suportam os custos de serem considerados como “habitantes de casas clandestinas”.
Acreditamos que defender os interesses dos cidadãos, dos matosinhenses, se faz desta forma. A encontrar, com criatividade e imaginação, as soluções necessárias para, face às conjunturas que se apresentam no momento, ajudar a contribuir para a sua qualidade de vida.
Foi sempre a isto que nos propusemos. É a esta via que continuamos e iremos continuar a seguir e a trabalhar. Os matosinhenses continuam a estar, como sempre estiveram, para nós, em primeiro lugar.
Somos, neste momento, a única grande força da oposição em Matosinhos. Responsabilidade que abraçamos com a garra que sempre me caracterizou e que nos caracteriza. Por Matosinhos e pelos matosinhenses. Na defesa dos seus interesses seremos, sim, implacáveis.

Narciso Miranda


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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Aos leceiros... as responsabilidades da oposição

Instalada que está a Assembleia de Freguesia de Leça da Palmeira e eleito que foi o Executivo da Junta de Freguesia, é tempo de todos ocuparmos os nossos lugares que, obviamente, são distintos.

Quem venceu deve dirigir, mesmo quando algumas maiorias são conseguidas com construções pouco nítidas ainda que perceptíveis. Quem não venceu deve assumir, com a mesma clareza, as suas responsabilidades de oposição, embora as fronteiras de uma eventual colaboração entre os dois lados devam ser desenhadas por quem detém o poder.
Já o escrevi e repito-o hoje: não terei qualquer dúvida em votar favoravelmente o que me parecer bom para os leceiros.

Não se deduza que isto traduz uma postura meramente contemplativa.

Acredito que muito do que vai ser o mandato agora iniciado passará por aspectos fundamentais do Regimento da Assembleia de Freguesia, que recebi recentemente. A partir do que for este documento fundamental, será possível perceber as regras do jogo que todos deveremos cumprir.

Não duvido que o documento já estava suficientemente bem elaborado e estruturado. Mas, hoje, a realidade política da freguesia (e do próprio concelho de Matosinhos) é outra, o que poderá permitir algumas alterações e inovações.
Pelo que me toca, emprestarei aberta colaboração e não enjeitarei esta ou aquela sugestão, que defenderei com a convicção de quem acredita no que propõe.

Como é público, fui eleita na lista de uma associação política que me merece todo o respeito. E que, ela própria, também é balizada por regras. Regras que, tenho a certeza, jamais colidirão com os leceiros, os seus legítimos interesses e as suas naturais ansiedades.

Estarei, pois, do lado da oposição consciente e activa, honrando os votos que nos foram entregues. Não os “venderei” por acordos que nada dizem aos eleitores, como não os “emprestarei”, por omissão. Neste, como em todos os aspectos da vida, o melhor é chegar ao fim da caminhada com a certeza de que sempre nos olhamos frontalmente, olhos nos olhos. Nós, eleitos, e aqueles que nos elegeram, que são os que mais importam.

Elvira Castanheira


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II Reunião Ordinária da CMM

Os eleitos do GCE “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” participaram, hoje, na segunda Reunião Ordinária da Câmara de Matosinhos, deste mandato. Conheça as suas propostas.

Os vereadores do GCE "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" começaram por lamentar o facto de todos os assuntos que se encontravam em agenda terem sido previamente abordados, apontando-se a decisão para cada um deles, em “praça pública” e numa atitude de profundo desrespeito e desconsideração para com o órgão colegial que é a Câmara Municipal e, naturalmente, para cada um dos seus membros.

Não é, desta forma, que se consegue criar um espaço de debate aberto, franco e, sobretudo, gerador do princípio da gestão sustentada nos valores da responsabilidade e da defesa intransigente dos interesses do concelho de Matosinhos e da sua população.

Sobre os temas em agenda:
Fixação das taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis para 2009
Os quatro vereadores eleitos do GCE “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” lamentam, profundamente, que, em matéria tão relevante para milhares de famílias, como é o estabelecimento da taxa do IMI, a suportar na factura que será enviada para todas as famílias proprietárias de imóveis no próximo ano de 2010, a maioria do bloco central aponte a aplicação da taxa máxima do referido imposto.

Tal decisão irá penalizar, de uma forma extremamente gravosa, as famílias de Matosinhos, numa conjuntura já por si complexa, em que muitas delas enfrentam enormes dificuldades para suportar os próprios encargos financeiros que contraíram.

Nesse sentido, os eleitos do GCE “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” apresentaram uma proposta, no cumprimento, aliás, da promessa que fizeram no debate eleitoral, para se baixar o IMI, durante o ano de 2010, em 20%, propondo que, no intervalo de pagamento de IMI de 0,2%, mínimo, até ao máximo de 0,4%, se aplica a taxa de 0,32%, contra a solução da maioria do bloco central, que decidiu aplicar a taxa máxima (0,40%).

Propuseram, ainda, nos termos do ponto 6, do artigo 112º, do CIMI, baixar, igualmente em 20%, o IMI de todos os prédios abrangidos pelas AUGI’s (Casas de Génese Ilegal), como forma de compensação de terem construído, na maioria dos casos, as habitações há mais de 25 anos. Estes já suportam os custos de serem considerados como “habitantes de casas clandestinas”.


Pedido de demolição de edifício da “Algarve Exportadora”
Os eleitos do GCE “NMMS” ficaram espantados, para não dizer, estupefactos, com a proposta que, a este nível, é apresentada.

Senão vejamos: um requerente faz um pedido para demolir a carcaça de uma indústria e, para contornar a lei, resultante do facto do processo se encontrar em debate público e impedir qualquer alteração a qualquer prédio na área em discussão, é utilizado o “expediente” de se afirmar que, após uma vistoria, e depois de se ter concluído que “parte das fachadas estão em ruína iminente”, se determine a sua demolição.

Considerando que se trata de um marco e de uma referência importante da arqueologia industrial que faz parte da memória colectiva dos matosinhenses, permitir a demolição do que resta deste edifício, sobretudo das carcaças dos edifícios industriais que ali estiveram instalados, é dar cobertura a uma verdadeira estratégia especulativa.

A autarquia não pode funcionar ao sabor do mercado e, muito menos, ao sabor dos interesses do proprietário destas indústrias.

O que a Câmara deve fazer é preservar o que resta destes edifícios e notificar o seu proprietário, no sentido de criar as condições necessárias para impedir a sua demolição, nomeadamente ao nível da segurança, para, depois, avançar para a sua aquisição e aí desenvolver um equipamento de carácter cultural, quer seja o Museu de Matosinhos, o Museu de Arqueologia Industrial, ou o Museu da Indústria Conserveira.

Os eleitos do GCE “NMMS” questionam, ainda, sobre este tema: o que aconteceu ao PIP, aprovado há mais de dois anos, cujo prazo de validade, nos termos legais, é apenas de um ano?
O que aconteceu ao acordo estabelecido, na altura fortemente contestado, só obtendo os votos a favor da maioria do PS, entre a Câmara e a “Algarve Exportadora”, protagonizado pelo bem conhecido cidadão Álvaro Nazaré Fernandes?
Onde estão os projectos para o local, designadamente a prevista construção de um hotel e do Centro de Ciências do Mar?
O que se pretende com esta demolição? Será dar cobertura à caducidade do PIP e ao não cumprimento de um acordo que foi estabelecido e foi polémico, arrasando, pura e simplesmente, um património histórico-cultural?

Esta demolição seria, sem dúvida, um acto lesivo do nosso património histórico-cultural, por se tratar de um pedaço da nossa história, da nossa cultura, da nossa memória colectiva.

Por isso, os eleitos do GCE “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” manifestaram-se contra.




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Arqueologia industrial de Matosinhos

Ao consultar o livro de “Arquitectura e Indústria em Portugal no século XX”, de José Manuel Fernandes, reconhecido arquitecto, historiador e crítico de arquitectura e urbanismo, verificamos que, nessa mesma obra, são feitas variadíssimas referências a um prédio extremamente marcante situado no concelho de Matosinhos.
Trata-se do prédio onde funcionaram as indústrias de conservas da “Algarve Exportadora” e da “Rainha do Sado”, da autoria do arquitecto António Varela.

Recorde-se que o edifício da “Algarve Exportadora” data de 1938, tendo sido inaugurado um ano depois, enquanto a “Rainha do Sado”, surge em 1941.
A esta fábrica são feitas referências, entre outros, na Revista de Arquitectura Portuguesa (edição nº 40), em 1938, como sendo um importante exemplar da arquitectura moderna em Portugal.
Afirma-se, nessa mesma revista: “Em Matosinhos, ao contrário do que vinha a acontecer, aparecem, pela primeira vez, edifícios destinados à indústria, desenhados de raiz, para responderem, de uma forma eficaz, ao programa que se exige. Longe vão os tempos em que os edifícios destinados a fins industriais nada mais eram que edificações comuns, grandes casas, extensos edifícios, de muitas portas e janelas, e era tudo”.
As duas fábricas constituem um conjunto arquitectónico modernista, de linguagem racionalista, que apresentam nas diversas fachadas. Apesar de estarmos perante um conjunto do qual só restam as fachadas, as paredes interiores e os elementos de suporte da cobertura, as referências racionalistas estão, ainda, bem patentes nas diversas alçadas.
Por isso mesmo, constituem um marco, uma referência importante da nossa arqueologia industrial e fazem parte da memória colectiva dos matosinhenses.
Permitir a demolição do que resta deste edifício, sobretudo da carcaça dos edifícios industriais que ali estiveram instalados, é dar cobertura a uma estratégia especulativa, com sucessivas tentativas, através dos mais variados projectos imobiliários que, à medida que iam sendo inviabilizados, ou que o próprio mercado os não conseguia absorver, iam aguçando, cada vez mais, o apetite da especulação.
Ora, a autarquia não pode funcionar ao sabor do mercado e, muito menos, ao sabor dos interesses do proprietário destas indústrias, ou do intermediário que, normalmente, nem identificado aparece, mas que pretende avançar com processos verdadeiramente especulativos.
O que a Câmara deve é preservar o que resta destes edifícios, sobretudo a carcaça industrial, e notificar o seu proprietário, no sentido de criar as condições necessárias para impedir a sua demolição, mesmo que, depois, avance com a sua aquisição para aí poder desenvolver um equipamento de carácter cultural, seja o Museu de Matosinhos, o Museu da Arquitectura Industrial, o Museu da Indústria Conserveira.
Não se pode, não se deve, não podemos permitir que se apague, assim, um pedaço da nossa história. Matosinhos e os matosinhenses não esquecem. Não querem esquecer. Não vão deixar esquecer.

Narciso Miranda


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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Leio que no interior do Partido Socialista há quem teime em avançar com o processo que conduza à expulsão de Narciso Miranda e outros duzentos militantes que cometeram o "pecado" de integrar listas independentes nas últimas eleições autárquicas. No mínimo extraordinário, especialmente se nos lembrarmos em tudo o que, ao longo de mais de três décadas, o antigo presidente da Câmara Municipal de Matosinhos deu ao seu partido. De vez em quando, é preciso ter alguma memória e recordar que enquanto Narciso "dava o peito às balas" nas trincheiras socialistas, os que hoje defendem ou pactuam com a sua "defenestração" entoavam hossanas aos camaradas Mao ou Stalin e rotulavam o dr. Soares de perigoso "agente da reacção" ou "lacaio do imperialismo" ou, como José Sócrates, "navegavam" em águas laranjas como aplicados e dedicados "jotinhas"...
José Paulo Fafe




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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Notícia

Matosinhos, 05 Nov (Lusa) - Narciso Miranda reagiu hoje duramente contra o “processo virtual” que visa a sua expulsão e de outros militantes do PS, por terem concorrido como independentes nas eleições autárquicas, e acusou o líder da distrital do Porto de “atitude agressiva, arrogante e quezilenta”.

O ex-autarca - que concorreu à presidência da Câmara Municipal de Matosinhos e perdeu para o candidato socialista, Guilherme Pinto - decidiu tomar posição sobre “os últimos dados” que surgiram esta semana sobre esse processo, anunciando que hoje mesmo decidiu “passar procuração a sete advogados” para, sobre esta matéria, actuarem sem balizas de intervenção” na defesa dos seus direitos.
Em conferência de imprensa na sede da sua candidatura, em Matosinhos, Narciso Miranda prometeu “ir até às últimas consequências, nem que fique sem nada”, admitindo levar o caso até ao Tribunal Constitucional para defender o seu “bom-nome”.
O alvo das suas críticas foi o líder distrital do PS, Renato Sampaio, que acusou de, com este processo disciplinar, promover “um degradante espectáculo” e de agir com base num “atitude obsessiva e esquizofrénica politicamente”.
Narciso garante desconhecer qualquer processo interno com vista à sua expulsão do PS, apesar das várias notícias já publicadas sobre este caso.
“O objectivo é atingir a minha idoneidade política, partidária, autárquica e o meu bom-nome”, considera, argumentando que a sua candidatura como independente “não é um problema de dissidência política”, mas sim de “divergência”.
Narciso entende que este processo pretende “fazer uma limpeza de tudo o que diverge, de tudo o que assume o contraditório”, tendo acrescentando haver mesmo “sinais evidentes de uma purga na vida política portuguesa”.
Face a esta situação, Narciso Miranda anunciou que vai “propor ao líder do PS, José Sócrates, que avance com um código de conduta para aqueles que, em nome do partido, sustentam, alimentam e intervêm no chamado tráfico de influência do ponto de vista política ou de outros pontos de vista”.
Narciso compara o seu caso ao de outros socialistas que, no passado, concorreram também como independentes a órgãos autárquicos.
É o caso, apontou, do ex-presidente da Câmara de Famalicão, Agostinho Fernandes, que em 2001 “foi candidato independente à mesma câmara”, não tendo por isso sido alvo de qualquer acção disciplinar.
Narciso realçou também que, “nas últimas eleições presidenciais, milhares de prestigiados militantes de várias estruturas do PS apoiaram expressamente” a candidatura de Manuel Alegre, contrariando as orientações do Partido, que preferiu apoiar Mário Soares.
“Em nenhum dos casos apontados existiu qualquer processo disciplinar, não se conhecem ameaças e condenações públicas, e os prestigiados militantes, não tendo sido expulsos, mantêm-se, e bem, como militantes do partido”, concluiu Narciso.
Por outro lado, afirmou, “mais de 700 militantes das dez secções do PS de Matosinhos apoiaram as candidaturas dos visados pelo presente processo, mas desconhece-se porque motivo também estes não são alvo de igual tratamento”, observou.
AYM.
Lusa/fim
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Carta aberta a Narciso

Tenho andado a pensar nos propósitos de alguns dirigentes regionais do PS - o partido que, sem ti jamais teria sido o que é – e começo a ficar preocupado.
Vim até aqui ao Minho profundo, que como sabes fica perto de Viana, e resolvi reflectir sobre a coisa. Ou seja, pensar profundamente no modelo judicial socialista, o qual, parece-me, não difere muito do modelo judicial português.

O modelo judicial português (o socialista parece-me igual) diferencia-se dos restantes – e tu sabe-lo bem! – pela originalidade no que toca aos alvos de penas e condenações.
Por exemplo (e esta devo-a a um bom amigo que estudou bem o caso, a partir da posição privilegiada no Governo): se um banqueiro delapida os fundos do banco, prejudicando os accionistas, na maioria dos modelos judiciais, vai preso. Pois em Portugal, terra de brandos costumes e de ainda mais brandos julgamentos, vai preso o gerente da agência bancária, que a seu pedido abriu conta num «off-shore»!
Outro exemplo: se um ministro despacha (e despacha-se) que se farta, pode em qualquer modelo judicial comum ser chamado a contas no Parlamento, em sede de Comissão de Inquérito, ou mesmo na Procuradoria. No nosso modelo não se incomoda o ministro; parte-se do princípio que a culpa – a haver, coisa que raramente acontece - é do contínuo que deixou acumular os despachos e do chefe de Gabinete que já faleceu, ou, já emigrou.
Esta é a lógica justiceira dos dirigentes que agora querem julgar-te.
Toda a gente sabe que não podes comparar-te a eles. És um homem de carácter, de princípios, de causas e de valores. Um socialista a sério!
Poderão, os que agora se arvoram em teus juízes, proclamar o mesmo?
Comparado com o teu, que passado têm eles, para que os acreditemos no presente, e lhes confiemos o futuro?
Toda agente sabe que a tua corrida por fora do PS se ficou a dever à firme determinação de recolocares Matosinhos na calha do progresso e desenvolvimento. Corrigir a rota, ou retomar o rumo, como tantas vezes o disseste. Porque foram eles que se desviaram, e não tu!
Tiveste a lucidez de denunciar, a tempo, o desgoverno municipal.
Tiveste a coragem de enfrentar uma máquina partidária que, desta vez, nos venceu.
Contigo estão muitos dos que nas autárquicas votaram PS.
Sobre este “engano” eleitoral, ainda um dia hei-de dedicar-te um livro!...
Lembra-te das palavras oportunas e certeiras do Presidente da República na tomada de posse do novo Governo, e que podes muito bem interiorizar:
“Se os cargos públicos são efémeros”… “o carácter dos homens é duradouro…”, pelo que “não são os cargos que definem a nossa personalidade, mas aquilo que somos em tudo aquilo que fazemos…”.
E se pensas que, depois de tanto esforço, o reconhecimento não existiu, pensa na resposta daquela criança à ministra Lurdes Rodrigues, depois das obras e dos “Magalhães” (Público 15/10/2009):
“E o que é que gostas mais nesta escola nova?” – perguntou a ministra.
“Da professora”- respondeu o rapaz!

Heitor Ramos

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"Bloco central"

35 anos depois do 25 de Abril, a extrema direita e a direita de Matosinhos acabaram por chegar à área do poder. De facto, a direita radical de Matosinhos soube aproveitar, muito bem, a oportunidade para se vingar do principal protagonista do processo da Democratização da vida económica, social e cultural de Matosinhos, afastando muitos dos que se habituaram aos privilégios do totalitarismo, do orgulhosamente sós, do poder autoritário.

Durante 35 anos, em consequência das transformações políticas, económicas e sociais, resultantes do 25 de Abril, não só se deu a voz ao povo, como se passou a respeitar os cidadãos e, por isso, progressivamente, se foram adaptando as instituições da sociedade civil, as empresas, os organismos e as pessoas aos valores da liberdade, da democracia e dos direitos humanos.
Acabaram-se com os privilégios, com os “donos” de Matosinhos, com os donos da verdade, com os autoritarismos.
É evidente que, 35 anos depois, a extrema-direita e a direita souberam aproveitar, muito bem, a oportunidade que lhes surgiu para transformar o seu voto, num voto útil, “aliando-se” às plataformas que os poderá sustentar, face a sinais evidentes que foram surgindo, aqui e ali, durante estes anos mais recentes.
Não, meu caro leitor. Ainda não me estou a referir à nova maioria de Matosinhos, bloco central de interesses, que resultou da “fusão” do projecto do PS, que se diluiu por completo, com o projecto do PSD/CDS, que se diluiu, da mesma forma. “Fusão”, essa, que acabou por dar origem a um novo projecto, sustentado em outros objectivos, princípios e valores e que, citando o antigo Primeiro-Ministro, António Guterres, resulta do “pantanal político”, que gerou uma nova maioria inspirada naquilo que, habitualmente, se vai designando por “bloco central”.
De facto, dois cenários diferentes se vêm constituindo. Por um lado, a extrema-direita, indirectamente, volta a “partilhar” o poder municipal. Por outro lado, pela primeira vez, na história recente de Matosinhos, ou se preferirmos, no Matosinhos democrático, o PSD e o CDS são poder.
E de uma forma muito marcante. Um vereador a tempo inteiro, dois administradores (um na Matosinhos Sport, outro na Matosinhos Habit) e ainda um pelouro do Desporto atribuído – esperemos que, com isto, as nossas colectividades desportivas ganhem mesmo muito pelo facto do Desporto passar a ser gerido pelo “bloco central”, através do vereador da ala já não sei se mais da esquerda ou da direita.
Sobretudo, depois de tantos terem dito que, caso eu vencesse as eleições, o Leixões poderia descer de divisão, espero que a nova maioria do bloco central garanta, de facto, que o Leixões não desça de divisão, tal como garanta que o Padroense não vai descer, que o Infesta não vai descer.
Do lado oposto a este cenário, estão, por isso, os eleitos dos órgãos municipais da candidatura “Narciso Miranda Matosinhos Sempre”. No poder autárquico com sentido de responsabilidade, criatividade, elevação, tolerância e respeito pelas regras democráticas. Por Matosinhos. E pelos matosinhenses.

Narciso Miranda


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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Aos leceiros...

Quem, de algum modo, tem acompanhado o meu percurso, sabe que, fundamentalmente, ele está ligado à investigação, ao associativismo e à cultura. São áreas de que gosto, que me são particularmente caras e que representam uma enorme fatia da minha vivência.
Elvira Castanheira

Após a “Declaração de Intenções” que aqui fiz publicar a semana passada, podem os leceiros ter a certeza de que os sectores que atrás enumerei merecerão alguma especial atenção da minha parte. Dou, assim, continuidade ao que tem sido a minha vida, na parte que tem a ver com a entrega à comunidade.
Neste particular, a minha intenção é prosseguir o que sempre fiz: apoiar, estar presente, fazer, colaborar.
Posto isto, é óbvio que fico feliz quando alguém adere a uma das três causas que mais me motivam. Nesta vida cheia de esquinas, pode ser surpreendente mas não menos gratificante o anúncio público de quem quer juntar-se aos que de há muito se decidiram por um caminho inequívoco.
A investigação, o associativismo e a cultura precisam de todos e, tanto mais, se tiverem poder de decisão.

Não querendo parecer infundadamente céptica, fico todavia desconfiada quando estas chegadas a destinos novos são anunciadas com pompa, circunstância e alguma pitada de populismo.

A cultura, por exemplo, nunca deverá ser um comboio que já não se apanha em andamento. As carruagens terão sempre portas abertas, pelas quais se poderá entrar sem dificuldades, a não ser que o salto dado da plataforma tenha como único impulso o exercício deste ou daquele cargo. Nestes casos, cheira a gesto politicamente correcto (e, quiçá, preocupado) e não a adesão sincera e militante.

A vida ensina-nos que esperemos para ver e crer. Recuso os processos de intenções, do mesmo modo que tenho direito a sustentar uma margem de dúvidas, quando me parece exuberância a mais e sinceridade a menos. Quanto a mim, continuarei do mesmo lado da barricada, com convicções e por convicções, escusando-me a dizê-lo em momentos mais ou menos solenes, porque tenho passado que o prova e, seguramente, futuro que reforçará o que me guia e motiva.

Vamos dar tempo ao tempo.




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Defesa de valores e princípios

Passou, já, tempo suficiente para que possamos fazer uma avaliação mais pragmática do processo eleitoral que encerrou no passado dia 11 de Outubro.
As consequências são bem conhecidas: uma maioria na Câmara, sustentada nos valores e princípios cujos contornos são normalmente designados como “projecto do bloco de central de interesses” e que contribui, de uma forma incontornável, para o reforço do papel relevantíssimo que cabe aos eleitos da candidatura do Grupo de Cidadãos Eleitores “Narciso Miranda Matosinhos Sempre”.

De facto, sem qualquer eleito de qualquer outra candidatura seria politicamente inaceitável se permitíssemos um projecto de pensamento único, com a agravante de ser suportado pelas empatias de ocasião e por objectivos cujos contornos são a face mais perversa e mais negativa da participação cívica e da defesa de uma ideia sustentada em objectivos de futuro para uma comunidade tão dinâmica como é Matosinhos.
Percebe-se pelos resultados eleitorais que a extrema-direita e a direita mais conservadora, normalmente afastada do poder de decisão em consequência do 25 de Abril e solidificada desde as primeiras eleições livres e democráticas para o poder local, em 1976, aproveitou agora a única oportunidade de concentrar o seu voto na única candidatura que deixou as portas abertas para aí puderem entrar.
Assim, a direita conservadora de Matosinhos aproveitou bem a oportunidade de transformar o seu voto em voto útil e, indirectamente, das mais diversas formas, partilhar o poder, pela primeira vez, após o 25 de Abril.
Os eleitos dos órgãos municipais da candidatura “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” estão neste processo autárquico com o mesmo sentido de responsabilidade de sempre e saberão defender, com criatividade, elevação, tolerância e respeito pelas regras democráticas que o voto popular estabelece o melhor projecto para Matosinhos.
E, por isso, terão sempre um comportamento responsável, mas intransigente na defesa dos seus valores e dos princípios que orientaram, desde o início, a candidatura.
Os sinais de intolerância, arrogância e mesmo de falta de respeito e consideração que atingiram os limites da má criação foram demonstrados no acto de posse.
Nenhum eleito do núcleo duro (eleitos do PS) da maioria do bloco central cumprimentou, sequer verbalmente, os outros eleitos da candidatura “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” que, discretamente, nos seus lugares, aguardavam o início do processo de tomada de posse.
Não admira, nem surpreende, que isso não acontecesse comigo, porque o ódio, a sede de vingança e a intolerância são bem visíveis há muito tempo.
Mas não era expectável, aceitável ou admissível que nenhuma das cinco personagens da candidatura do PS tenha sequer esboçado um gesto de cumprimento para com os outros eleitos da candidatura “NMMS”.
É por isso que, quando muitas vezes alguns daqueles que, desinteressadamente, aderiram ao projecto que liderei, me davam sinais de eu ser exageradamente exigente em questões de carácter, ficaram, agora, verdadeiramente chocados e impressionados com este intolerável comportamento.
Repito: não esperava, não espero, nem esperarei qualquer gesto para comigo, porque sei do ódio e da sede de vingança que move pessoas que me teceram, já, os mais incontidos elogios. Falta saber onde está a atitude hipócrita e perversa, se nos elogios do passado, se nos ódios do presente.
É por isso, que presto a minha homenagem e solidariedade ao comportamento de elevado sentido de respeito, humildade, tolerância e “fair-play” da Drª Ana Fernandes, do General Alfredo Assunção e da Drª Alexandra Gavina. Exemplos que, juntamente com outros como o dos doutores, Manuela Machado da Silva, La Fuente de Carvalho, Pereira Pinto e Orlando Magalhães, demonstram bem que este é um projecto sustentado nos mais profundos e nobres sentimentos de democracia, tolerância, abertura de espírito.
A estes, aos vereadores “ofendidos” e a todos aqueles e aquelas que protagonizam este projecto quero prestar a minha homenagem, pedindo desculpa por estas atitudes que nunca, nunca mesmo, lhes havia passado pela cabeça que existissem numa terra de liberdade, tolerância e solidariedade.
Afinal, nós todos cometemos o “crime” de sermos diferentes, defendermos a liberdade e avançarmos com o contraditório.
Narciso Miranda
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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

"Fome" de cidadania

Passaram-se quinze dias das eleições autárquicas. Tempo mais do que suficiente para, de uma forma mais serena e mais profunda avaliarmos o trabalho desenvolvido, as acções que encetamos, os resultados obtidos. Foi um processo longo, de muito trabalho, que foi ganhando força a cada dia que passava e que uniu pessoas dos mais variados quadrantes sociais, profissionais e políticos. Gente séria. Gente determinada e empenhada em fazer cidadania. Gente competente, com causas, valores e princípios. Gente que tudo fez a pensar, exclusivamente, em Matosinhos e nos matosinhenses.

Hoje, temos sobre os nossos ombros a responsabilidade – que muito nos honra – de representar 27 mil matosinhenses que confiaram em nós e que representam 31 por cento do total da votação. Milhares e milhares de cidadãos que confiaram em nós, que apostaram neste projecto, que se viram representados numa candidatura virada para o futuro, sustentada em valores, causas e princípios, sem qualquer máquina partidária por trás.
Bem pelo contrário, com todas as máquinas partidárias contra, todo o peso de um Governo contra e, também, com o peso contra de algumas instituições da sociedade civil, que se deixaram “anestesiar” pela dependência total.
Não podemos esquecer que, durante 30 anos, o projecto que liderei e o protagonismo gerado afastou a direita profundamente conservadora e até mesmo retrógrada da área do poder e que, por razões políticas que até compreendo, esperou este tempo todo para exercer a sua vingança.
Reconheço que fui, neste combate eleitoral, inimigo dos aparelhos partidários que vivem da subsídio-dependência, da direita mais retrógrada, que se uniram em torno do único projecto que lhes poderia dar oxigénio para a sua sobrevivência. Protagonizaram o chamado voto útil e votaram em quem os pode “alimentar”.
Neste sentido, estes resultados só foram possíveis pela construção de um projecto com a credibilidade suficiente, a solidez indispensável, mas, sobretudo, gerador de uma esperança capaz de avançar com soluções no médio e longo prazo. E um projecto destes dá sempre resultados.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, eu não sou daqueles que faz uma avaliação da vida política no imediato, no curto prazo. Prefiro, tal como acontece com os corredores de fundo, saber esperar, saber olhar em frente, saber ver mais longe.
Por outro lado, são resultados, sem dúvida, baseados na equipa, nas pessoas que este projecto foi conseguindo mobilizar, foi conseguindo atrair. Pessoas com “fome” de cidadania. Pessoas que “vestiram a camisola” de Matosinhos por cima de qualquer outra. Pessoas que encontraram nesta candidatura um espaço de ideias concretas, de defesa dos interesses reais dos matosinhenses, de políticas a pensar nas pessoas, no combate ao desemprego, no combate à exclusão social, na ajuda, sobretudo, aos mais desfavorecidos.
E não me refiro apenas aos eleitos, mas a todos os que integraram as minhas listas e a todos os que, não sendo candidatos a nenhum lugar, se dedicaram a este projecto com o mesmo empenho e dedicação.
Pessoas que, ainda hoje, mantendo este projecto vivo, diria mesmo, cada vez mais vivo, dão a melhor resposta que se poderia dar a quem pensava que este era um projecto de um pessoa só, de um líder só. Nada mais errado. Este projecto é meu, é de todos os que nele se empenharam e continuam a empenhar. Este projecto é de Matosinhos.
Este é o projecto que acabou por se tornar na única grande força política da oposição em Matosinhos. Uma enorme responsabilidade à qual nunca viraria, à qual nunca viraríamos as costas.
Estamos, a cada dia que passa, ainda mais vivos politicamente. Com mais “fome” de cidadania e mais garra para defender Matosinhos. À espera de arregaçar as mangas e começar a trabalhar. Porque ninguém se engane. Temos muito trabalho pela frente.

Narciso Miranda

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Por Matosinhos e pelos Matosinhenses

Tenho vivido ao longo da minha vida momentos verdadeiramente marcantes. Acima de tudo, momentos que me marcaram especialmente pelas pessoas que os protagonizaram ao meu lado. Foi por essas pessoas que aceitei mais um enorme desafio na minha vida. E é a essas pessoas que devo a minha gratidão e o meu mais profundo e sincero reconhecimento.

Juntos, construímos um projecto de cidadania. Um projecto que integrou e continua a integrar pessoas dos mais variados quadrantes sociais, profissionais, políticos. Um projecto que é, já, impossível de travar e que ganha mais força a cada dia que passa.
O poder pelo poder é “afrodisíaco”. Atrai as pessoas. Atrai os mais variados interesses. Bem diferente é conseguir manter viva a “chama” dos cidadãos quando, como foi o nosso caso, avançamos para umas eleições e não conseguimos a vitória. A vitória apenas de me voltarem a ter como presidente da Câmara de Matosinhos. Já que, no mais, saímos, sim, deste processo, vitoriosos.
Há um ano atrás, poucos acreditavam na força deste projecto. Poucos acreditavam que iríamos conseguir chegar onde chegamos. Há um ano atrás, poucos acreditavam que estaríamos, hoje, aqui. Aqui como a enorme força política capaz de ser a única e verdadeira oposição em Matosinhos, uma oposição séria e credível.
Mas estamos. E é extremamente gratificante para mim ver a força e o empenhamento de todos os milhares e milhares de cidadãos que abraçaram este projecto e que nele continuam de pedra e cal. Tem sido para mim extremamente gratificante ouvir os seus apelos para continuarmos em frente, para não cruzarmos os braços, para seguirmos na luta pela defesa dos interesses de Matosinhos e dos matosinhenses, receber as suas mensagens de que “valeu a pena” e que “continua a valer a pena”.
É esta, aliás, a melhor resposta aos pensamentos mesquinhos e à sede de vingança e de ódio. Nós respondemos com o FUTURO. O futuro de Matosinhos pelo qual vamos lutar com unhas e dentes, de mangas arregaçadas e demonstrando que abraçamos este projecto porque temos ideias, porque queremos construir, porque queremos combater o elevado desemprego no concelho, porque queremos combater a exclusão social, porque queremos ajudar quem mais precisa.
Temos sobre os nossos ombros uma enorme responsabilidade. Uma responsabilidade à qual nunca viraria as costas. Estamos cá. Vamos continuar cá. A representar os milhares e milhares de cidadãos que estão connosco e que acreditam em nós. E são muitos. São cada vez mais. Os muitos que sempre perceberam as nossas motivações e os muitos que não se revêem em políticas movidas por interesses pessoais e por “tachos”. Afinal, representamos tantos milhares de votos (27.000) que correspondem a 31% dos matosinhenses que votaram. Afinal, na Câmara de Matosinhos teremos dois projectos: o projecto do poder, que resulta de uma nova força, um “bloco central” na sua expressão mais negativa; e a oposição sustentada num projecto recheado de propostas, de esperança, de futuro.
Tenho, modéstia à parte, muita experiência política. Constituí e liderei muitas equipas autárquicas. E tenho, por isso, um enorme orgulho em afirmar que, desta vez, tenho do melhor que há, do mais construtivo que há, pessoas que não pertencem ao grupo dos dependentes, pessoas com sucesso na vida profissional, na vida cívica, pessoas com competência técnica e profissional, mas, sobretudo, pessoas muito, mas mesmo muito, competentes numa área que nem sempre valorizamos e enaltecemos – pessoas competentes no amor a Matosinhos, no respeito por Matosinhos e pelos matosinhenses, nas regras da vida, na tolerância, na cidadania, nos valores e nos princípios, pessoas competentes contra os ódios, o espírito de vingança, contra a hipocrisia, a inveja, a mesquinhez, a mediocridade. E não me refiro apenas aos eleitos, mas a todos os que integraram as minhas listas e a todos os que, não sendo candidatos a nenhum lugar, se dedicaram a este projecto com o mesmo empenho e dedicação.
Uma nota final, apenas para deixar ao meu caro amigo e insuspeito profissional pela sua capacidade intelectual, Joaquim Letria, a minha gratidão pelo que escreve sobre mim, hoje (dia 26 de Outubro), na sua “25ª coluna”, no jornal “24 Horas”.
Narciso Miranda


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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Reduzir o debate a questões pessoais e fazer acordos sustentados em interesses ou em empatias pessoais é ferir a inteligência dos cidadãos. Para ler este texto na íntegra, clique aqui.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Agenda de campanha - 9 de Outubro

Último dia de campanha eleitoral e a candidatura independente "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" continua no terreno. Hoje, o dia começa com uma arruada em Matosinhos, durante a manhã e continua com acções de campanha por todas as freguesias.

No último dia de campanha eleitoral, Narciso Miranda, candidato independente à C.M.Matosinhos, lidera a arruada pelas ruas de Matosinhos. Com encontro marcado pelas 9h na sede de campanha, a candidatura continua no terreno a contactar com os matosinhenses.

Durante todo o dia, os candidatos às Juntas de Freguesia promovem acções de campanha paralelas, num crescendo para a mega-caravana em direcção à festa de encerramento da campanha, que está marcada para as 21h30, na Praça Guilhermina Suggia em Matosinhos.



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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Agenda de Campanha - 8 de Outubro

Faltam apenas 3 dias para as eleições autárquicas de 11 de Outubro e a candidatura independente "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" continua no terreno, no contacto com os matosinhenses.

As acções de campanha começam pelas 9h, com uma arruada a partir do Padrão da Légua (com ponto de encontro na Av. Xanana Gusmão) e que se irá prolongar até ao início da tarde.

Pelas 14h30, Narciso Miranda e Pedro Tabuada, candidato à Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, partem para Monte Espinho. A tarde fica ainda marcada pelo debate no Rádio Clube de Matosinhos, com a participação de todos os candidatos à Presidência da Câmara Municipal de Matosinhos.

O dia termina com uma grande acção de campanha em S.Mamede de Infesta. Pelas 21h30, a Avenida do Conde recebe um espectáculo que irá contar com a participação de Mónica Sintra.
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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Agenda de campanha - 7 de Outubro

Na recta final da campanha, o Grupo de Cidadãos Eleitores "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" não abranda. Hoje, 7 de Outubro, a agenda fica marcada por um jantar de apoio muito especial, no Centro de Desportos e Congresso.

A apenas quatro dias das eleições autárquicas, a candidatura independente continua no terreno, a mobilizar os matosinhenses de todas as dez freguesias do concelho em grandes acções de campanha.

Amanhã, a campanha começa às 09h, com um arruada em Perafita. Com o ponto de encontro marcado para o Café Record, a arruada vai percorrer vários pontos da Freguesia. Pelas 11 horas, Narciso Miranda reúne-se com a comunicação social para apresentar o seu programa e estratégia de actuação nas áreas da Solidariedade Social, Saúde e Educação.

Também hoje, às 20h00, Narciso Miranda recebe o apoio de mais de mil mulheres matosinhenses que lhe prestam homenagem num mega-jantar no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos. Narciso Miranda fará uma intervenção de agradecimento e apresentará a sua visão para um concelho onde as mulheres deverão assumir um papel mais activo e participativo.
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Agenda de Campanha – 2 de Outubro

Dia preenchido para a candidatura independente “Narciso Miranda Matosinhos Sempre”, com acções de campanha em Leça do Balio, Matosinhos, Guifões e Lavra.

Logo pelas 10h30, Narciso Miranda e Fernandino Santos, candidato à J.F. Leça do Balio, conduzirão uma arruada em Leça do Balio, que irá começar na Feira de Santana e irá percorrer vários pontos da vila.

Pelas 16h30, a campanha eleitoral segue pela Rua Brito Capelo, numa arruada que promete mobilizar muita gente. Pelas 17h30, Narciso Miranda segue para Guifões, onde irá visitar a Ponte do Carro para, logo de seguida, às 18h30, visitar o Bairro de Sarilhos em mais uma acção de campanha.

O final das acções de campanha para 2 de Outubro fica marcado pela actuação de Romana, num espectáculo musical, na freguesia de Lavra. O espectáculo está marcado para as 21h30.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

No "Público" - O popular Narciso Miranda reencontrou os seus "amigos"

Artigo do jornalista Aníbal Rodrigues, publicado no "Público" de 1 de Outubro.


A facilidade com que Narciso Miranda aborda as pessoas é desconcertante. Trata-os por "amigo/a". Como se fossem conhecidos de há longa data. Cumprimenta os homens com um aperto de mão e as mulheres da mesma forma, mas com mais dois beijos nas faces. Há sempre um pequeno diálogo em que Narciso insiste na necessidade de votarem no seu símbolo, um coração com as letras NM inscritas, exemplificando com uma simulação do boletim de voto já com o xis na sua candidatura.

Vereador durante dois anos e presidente da Câmara de Matosinhos durante 24, sempre pelo PS, o antigo presidente e agora candidato independente teme que ainda pensem que concorre pelos socialistas. Quer explicar a todos que já não é assim. "Se eu conseguir levar a minha mensagem a cada cidadão, ganho por maioria absoluta", desabafa ao jornalista. Quase todas as pessoas lhe desejam "boa sorte" e os que não votam em Matosinhos afirmam que, se aí votassem, seria nele.

Perto da estação de metro da Senhora da Hora, os elementos da campanha distribuem brindes após a passagem de Narciso. Lápis, canetas, réguas, porta-chaves,T-shirts, bolsas de cintura ou sacos em tecido sintético. O candidato entra numa pizzaria e aborda uma mesa com três estudantes, pedindo licença para tirar um Cheetos do pacote que uma delas tinha da mão. Acabou por tirar mais dois ou três. A estudante pede-lhe para arranjar emprego para as colegas, alunas de Enfermagem, e Narciso responde: "Já tenho que arranjar emprego para tantos jovens!"

Quando entra nos restaurantes, não hesita em interromper uma refeição ou tirar uma batata frita de um prato. Sai um elogio para uma empregada de balcão: "Tem uns olhos bonitos, lindíssimos". "Bom apetite", repete, ao afastar-se dos comensais. Nas ruas da Senhora da Hora há pessoas que o abordam a falar dos problemas que sentem. Pedem habitação, falam de jardins descuidados ou obras por concluir. Muitos carros que passam acenam-lhe e apitam.

Ontem, Narciso dedicou a sua campanha à mobilidade e garantiu que, se for eleito presidente no próximo dia 11, "não vai haver portagens na A28 e na A41" ao nível das deslocações concelhias. Quanto a estacionamento, prometeu construir estruturas subterrâneas no castelo de Leça da Palmeira e "ao longo de toda a Avenida de Serpa Pinto". Assegurou ainda que quer acabar com as barreiras arquitectónicas que dificultam a vida aos deficientes.

Artigo disponível no sítio do "Público".
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Em campanha – Segundo dia da campanha eleitoral com arruada na Senhora da Hora

Depois de um primeiro dia marcado por uma grande mobilização nas ruas de Matosinhos, a candidatura independente “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” rumou à Senhora da Hora, onde percorreu as principais artérias da cidade numa arruada.

Segundo dia de campanha eleitoral para as autárquicas de 11 de Outubro. Narciso Miranda e Alexandre Lopes, que encabeça a lista à Assembleia de Freguesia da Senhora da Hora, seguiram logo de manhã para uma arruada que percorreu as principais ruas da cidade. Mais uma vez, a arruada ficou positivamente marcada pela grande recepção por parte dos senhorenses, tal como já havia acontecido na arruada pelas ruas de Matosinhos.

Na estação de Metro de Pedro Hispano, Narciso Miranda apresentou Plano de Mobilidade

Na estação de Metro de Pedro Hispano, em Matosinhos, Narciso Miranda apresentou o Plano de Mobilidade que pretende implementar assim que regressar à presidência da Câmara Municipal de Matosinhos. E de forma clara e inequívoca garantiu que enquanto for presidente não existirão portagens dentro do concelho, nem na A28 nem na A41. “É uma ideia que não cabe na cabeça de ninguém. Só mesmo na de quem está longe, em Lisboa”, referiu.

O candidato independente pelo Grupo de Cidadãos Eleitores “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” revelou um plano ambicioso e intermodal, que visa um desenvolvimento sustentável na área dos transportes e acessibilidades. Um dos eixos apresentados visa a reformulação da A28. Narciso Miranda sugere uma terceiro desnivelamento da Rotunda AEP (rotunda dos Produtos Estrela), acesso directo da A28 ao hospital Pedro Hispano – e também ao centro de Lavra – e a construção do VILGA28 – Via Interna de Ligação da Galp à A28.

Relativamente à rede de Metro, as propostas objectivam a ligação de Matosinhos a Leça da Palmeira (com prolongamento a médio prazo ao aeroporto), a reformulação da estação da Senhora da Hora (com enterramento de linhas), a ligação da Linha de Matosinhos à zona Ocidental do Porto e o enterramento da linha, como solução alternativa, na Avenida da República, para eliminar os focos de constrangimento.

O candidato propõe ainda alterações viárias que considera de fulcral importância, como a requalificação da Via Norte com acesso à EFACEC, a reconversão da Circunvalação em Via Urbana e a ligação da Avenida Marechal Gomes da Costa, em São Mamede Infesta, à Circunvalação. O Plano apresentado engloba a reformulação do acesso da A28 à Exponor, criando novas condições para uma melhor acessibilidade, e a eliminação total das barreiras arquitectónicas no concelho.

Um dos obstáculos referidos foi a rampa de acesso ao hospital Pedro Hispano. Narciso Miranda garante a resolução imediata do problema, que dificulta o acesso de doentes e pessoas portadoras de deficiência. “Bastava para isso reduzir o número de revistas promocionais da autarquia, com tiragens superiores a 80 mil exemplares, para garantir verba suficiente para a substituição da rampa”, disse.

Para terminar, e porque Ambiente e Desporto se cruzam com o conceito de Mobilidade Sustentada, promete a construção da Via Atlântica de prolongamento da Marginal de Leça e ligando Angeiras e Labruge. Promete ainda a correcção de graves agressões ambientais ao longo da A4. O Plano encerra com a proposta de construção de vias pedonais e de uma rede de Cicloturismo, integrada e interconcelhia, com possibilidade de aluguer de bicicletas no concelho.

Uma grande jornada de campanha, junto do povo de Matosinhos e pelo povo de Matosinhos.
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Agenda de campanha – 1 de Outubro

Depois da arruada em Matosinhos e na Senhora da Hora, o Grupo de Cidadãos Eleitores “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” segue, hoje, para uma arruada em São Mamede de Infesta, na companhia do candidato à Assembleia de Freguesia, Joaquim Ferreira.

A candidatura independente não abranda e hoje, dia 1 de Outubro, dedica o dia à cidade de São Mamede de Infesta, numa arruada que irá percorrer as principais ruas da cidade. O dia de hoje é ainda marcado pela presença do candidato independente, Narciso Miranda, num debate na RTP N, às 21 horas, moderado pelo pivô Hélder Silva.
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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Candidatura "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" com grande mobilização no arranque da campanha eleitoral

29 de Setembro, dia 1 da campanha eleitoral. Faltam 13 dias para o derradeiro dia e o Grupo de Cidadãos Eleitores "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" mostra estar à altura do desafio, iniciando a campanha eleitoral com grande mobilização.

Eram apenas 07h15 e nas ruas de Matosinhos já se concentrava um grande número de apoiantes, para acompanhar o candidato independente Narciso Miranda nas acções de campanha agendadas para o dia.
Com a primeira paragem do dia marcada para a Lota de Matosinhos, Narciso Miranda, acompanhado por vários candidatos aos órgãos autárquicos (como António Crispim, candidato à J.F. Matosinhos e Manuela Machado, candidata à Assembleia Municipal), encheram as ruas de Matosinhos com o acenar de bandeiras com o símbolo da candidatura, o coração.

Extraordinário ambiente na Lota de Matosinhos

Um curto percurso marcado por diversas paragens para saudar os matosinhenses que iniciavam o seu dia (paragens que viriam a revelar-se uma constante durante todo o percurso percorrido). Chegados à Lota de Matosinhos, Narciso Miranda dirigiu-se aos cais onde os pescadores descarregavam a pesca da noite anterior.


Foi cumprimentado e incentivado por todos os que ali se encontravam, seguindo depois para o interior da Lota – com uma breve passagem pelo Leilão de peixe, onde recebeu uma grande ovação. Depois da entrada na Lota de Matosinhos, os corredores tornaram-se pequenos para acomodar os comerciantes e as pessoas que ali estavam. Avançando lentamente e cumprimentando todos os vendedores, por várias vezes se ouviram coros de incentivo à candidatura, gritando bem alto “Narciso, amigo, o povo está contigo” ou “O povo vai votar e o Narciso vai ganhar”, chegando o candidato independente a ser levantado em ombros pelas vendedeiras.



À saída da Lota, uma breve paragem na cantina, onde Narciso Miranda ouviu muitas críticas ao actual executivo camarário e também sugestões. “Podíamos ter uma marginal alegre, para passear. Mas temos uma marginal escura…Onde é que já se viu, passear às escuras?”. 1h30 depois de ter entrado na lota, Narciso Miranda dirigiu-se então para o Mercado de Matosinhos.

No Mercado de Matosinhos

A arruada seguiu para o Mercado de Matosinhos, onde, mais uma vez, Narciso Miranda foi recebido com carinho e incentivos de apoio, fazendo questão de cumprimentar todos os comerciantes presentes. Depois da visita aos dois pisos do Mercado, o candidato independente prestou declarações à Comunicação Social, apresentando medidas relacionadas com a economia do mar e pescas.

Destacando o capital humano existente em Matosinhos, assim como os recursos que podem ser potenciados para a criação de capital económico, Narciso Miranda afirmou que a Lota de Matosinhos deve ser requalificada – dando, como exemplo, a inexistência de um cais de reparação de embarcações e as condições estruturais de alguns armazéns.

Considerou, como prioritária, a construção do prometido Portinho de Angeiras e a exigência da conclusão deste projecto ao Governo - “tenho muito orgulho por, em 2000, ter sido considerado um Projecto de Interesse Nacional (PIN)”. Agora é necessário que haja um entendimento entre o Ministério que tutela as Pescas e o Ministério das Obras Públicas – tanto para o Portinho de Angeiras, como para a requalificação da Lota.”

Entre outras medidas, destacou o apoio à criação de um salário mínimo para os pescadores de sardinha e da pesca de arrasto, a rentabilização dos excedentes de peixe e o apoio à renovação das frotas, visando a sua especialização, aumentando a tecnologia e a segurança para os pescadores.
Depois das declarações aos jornalistas, a arruada seguiu pelas principais artérias de Matosinhos, com paragens para contactar com os comerciantes e com as muitas pessoas que andavam nas ruas.

Numa paragem no Parque Basílio Teles, da calorosa manifestação de apoio recebida, destacou-se a de uma matosinhense – que, abraçando-se a Narciso Miranda, exclamava “Só quero este coração para Matosinhos, o coração do senhor Narciso Miranda”.

No final da arruada, pelas 12h30, já na sede de candidatura e perante cerca de 100 apoiantes, o candidato independente mostrava-se satisfeito, pelo apoio recebido e pela confiança na sua vitória nas, eleições de 11 de Outubro, demonstrada pela população de Matosinhos.
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"Vamos ganhar"

Mensagem de José Leite, habitante na Senhora da Hora

Caro Narciso Miranda (futuro Presidente da continuidade da modernidade de Matosinhos):

Em primeiro lugar os meus sinceros PARABÉNS pela intervenção cívica em defesa das linhas programáticas do nosso programa eleitoral e da desmistificação da demagogia de uns candidatos apoiados pelo aparelho partidário e da confirmação dos pára-quedistas que nestas alturas caem no nosso concelho.

Sinceramente, como senhorense, só não gostei de ouvir o Honório Novo acusar o meu candidato que conjuntamente com o actual presidente, enquanto vereador do ambiente, votaram a favor de não enterrarem a linha do Metro da Circunvalação à Senhora da Hora. Todavia, o meu Presidente Narciso Miranda poderá beneficiar a Senhora da Hora nas questões do Metro no futuro a médio prazo.

Na oportunidade, quero colocar a questão junto do nosso Narciso Miranda e o Director de campanha Orlando Magalhães se neste momento é oportuno apresentar sondagens de VITÓRIA CLARA junto dos nossos apoiantes, uma vez que de certa forma poderá desmobilizar alguns com a ideia que já está ganho. O Orlando Magalhães e o nosso Narciso Miranda são experts na matéria para saber o que é melhor, todavia, a mim preocupa-me esta situação.

NARCISO MIRANDA, futuro Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, é uma referência para mim, enquanto munícipe de Matosinhos e senhorense em particular. Matosinhos 1978-2005 tem um NOME e com a sua humildade, ele diz uma equipa. Se a direcção de campanha mostrasse as fotos de MATOSINHOS EM 1978 e as fotos de MATOSINHOS EM 2005 evidenciavam A OBRA DO HOMEM. Porém, lamentamos que na hora da verdade, muitos que se dizem dessa equipa, abandonaram-no como RATOS DE PORÃO. Alguns ainda continuam a lanchar com ele e a jantar no mesmo dia com o Guilherme Pinto, todavia ele saberá na hora própria escolher a sua equipa, e demonstrar quem são os verdadeiros apoiantes da sua candidatura e quem são as “libelinhas” que pousam aqui e acolá. Tenho-me mantido à distância porque é o meu lugar e chegar a 11 de Outubro e VOTAR NARCISO, porque conforme o meu pai me ensinou A GRATIDÃO NÃO É PALAVRA VÃ.
O dever perante o Homem é junto de cada familiar, amigo e conhecido clarificar a obra de NARCISO MIRANDA.

NARCISO MIRANDA À VITÓRIA! NARCISO MIRANDA POR MATOSINHOS SEMPRE!

José Leite
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Agenda de Campanha - 30 de Setembro

Depois de um início de campanha eleitoral marcado por grande mobilização dos matosinhenses, em visita à Lota de Matosinhos, seguida por uma arruada pelas principais artérias da cidade de Matosinhos, o Grupo de Cidadãos Eleitores "Narciso Miranda Matosinhos Sempre"

Depois de o primeiro dia de campanha ter sido marcado por grande mobilização, demonstrado na visita à Lota de Matosinhos e na arruada pela cidade, a candidatura independente não pára. Para o segundo dia de campanha está marcada mais uma arruada para contacto com a população, desta feita na Senhora da Hora.

A partir das 9h e durante todo o dia, Narciso Miranda, candidato à Presidência da C.M.Matosinhos, e Alexandre Lopes, candidato à Junta de Freguesia da Senhora da Hora, irão encabeçar a arruada que irá percorrer vários pontos da cidade - como o centro da Senhora da Hora e o Bairro da Cruz de Pau, num dia dedicado à Senhora da Hora e aos senhorenses.
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Todos com o PARTIDO DO CORAÇÃO

Artigo de opinião publicado no jornal "Matosinhos Hoje"

Tive, esta semana, mais uma prova de que estamos no caminho certo. Mais uma prova de que a candidatura independente que lidero, o Grupo de Cidadãos Eleitores “NARCISO MIRANDA MATOSINHOS SEMPRE”, é uma candidatura com força, que se afirma como uma resposta capaz aos tempos díficeis que Matosinhos e os matosinhenses atravessam.

Uma resposta supra-partidária – porque a democracia não se esgota nos partidos - composta por cidadãos dos mais diversos quadrantes ideológicos, unida pelo amor à sua terra e por uma imensa vontade de arregaçar as mangas, ir para o terreno e fazer o melhor pelo concelho e por cada uma das suas dez freguesias.

O Grupo de Cidadãos Eleitores “NARCISO MIRANDA MATOSINHOS SEMPRE” afirmou-se, desde a sua criação, como um espaço de exercício de cidadania, de discussão e de cidadania – aberto a todos os matosinhenses, independentemente da sua orientação partidária. Desde o início, matosinhenses de todos os quadrantes manifestaram um apoio entusiástico, uma vontade de retomar o rumo que sentiram que, ao longo destes últimos quatro anos, tinha sido perdido. No passado dia 8 de Setembro, tive uma grande prova disso, quando num jantar de apoio a esta candidatura se juntaram mais de 300 militantes de vários partidos – CDS-PP, PCP, PPD-PSD – até ex-autarcas e antigos candidatos à Câmara Municipal de Matosinhos, que vestem a camisola por Matosinhos. Porque acreditam que esta candidatura é a solução certa.

Na semana anterior, outra prova, com um sabor muito especial. Num espaço emblemático no passado do Partido Socialista, onde começou a vitoriosa campanha de Mário Soares rumo à Presidência da República, mais de 500 militantes do Partido Socialista, de todas as secções de Matosinhos, fizeram questão de vir demonstrar o seu apoio a esta candidatura – demonstrando que o verdadeiro socialismo não está apenas em usar o nome do partido, mas em comungar dos seus princípios e valores que, ao longo da minha carreira como autarca, mudaram a face de Matosinhos para uma terra mais desenvolvida, solidária e moderna.

Foi uma experiência emocionante, ver tantos militantes convictos do PS, e ter a oportunidade de ouvir as palavras de destacados militantes - do Júlio Vasconcelos, do João Lourival, da Alexandre Gavina, do Alexandre Lopes ou do Pedro Tabuada. Socialistas que relembraram a cultura política desta nossa terra de horizonte e mar – onde a fraternidade e a solidariedade, a política com coração, sempre foram pedras de toque do exercício político. Esta candidatura é uma candidatura em que se faz política com coração. É uma candidatura que faz política com sentimento, com afecto. Fazer política com coração é fazer política com ética, política com valores, política de uma forma positiva, política solidária. É fazer política com a força que só as verdadeiras convicções conferem à razão.

No dia 11 de Outubro vamos levar esta força, esta vontade de retomar o rumo, este movimento crescente de entusiasmo e dinamismo, às urnas de voto. Não só com o apoio dos socialistas mas com o apoio de todos – comunistas, democratas-cristãos, sociais-democratas, bloquistas, independentes - cidadãos com as mais variadas orientações ideológicas e partidárias que agora vestem a camisola do partido do coração, o partido de Matosinhos. Matosinhenses que, apesar de opiniões diversas, quando chega a hora de decidir o que querem para o seu concelho não hesitam – votam com o coração e no coração, pois querem que o coração de Matosinhos volte a pulsar, após quatro anos ligado às máquinas.
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sábado, 19 de setembro de 2009

Narciso Miranda visitou JP Sá Couto e apontou soluções para a economia de Matosinhos

O candidato independente à Câmara Municipal de Matosinhos, Narciso Miranda, visitou, na sexta-feira, a empresa J.P. Sá Couto, cumprindo o programa de visita a todas as Instituições Sociais, Desportivas e Recreativas assim como às empresas mais emblemáticas do concelho de Matosinhos.

Narciso Miranda foi recebido pela administração da JP Sá Couto, que proporcionou uma visita às linhas de produção e apresentou o plano desenvolvido ao longo de 10 anos, recordando ao candidato independente o momento em que, enquanto presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, inaugurou as instalações do grupo, que agora se situam em Perafita.

O administrador relembrou a origem desta empresa, em espaço da cooperativa de habitação económica “Água Viva”, em Matosinhos, e explicou em pormenor a evolução verificada durante os anos de vida da empresa, salientando o importante papel desempenhado pela Câmara. João Paulo Sá Couto fez uma exaustiva exposição sobre a carteira de encomendas actualmente existente e apresentou a aposta num novo computador, de gama superior ao Magalhães, que vai ser lançado no mercado até ao final deste ano.

Narciso Miranda saudou a capacidade inovadora e a ambição demonstrada por esta empresa e particularmente, pelos seus responsáveis, referindo que “é disto que nós precisamos em Matosinhos, são experiências destas que queremos multiplicar e é também disto que o nosso país precisa”.

Referiu ainda que uma das soluções mais eficazes se encontra na produção de artigos vocacionados para a exportação, no sentido de diminuir o défice comercial e a dívida do país que “poderá, se não for travada, comprometer o futuro e é por isso que o exemplo desta empresa é um exemplo que deve, que tem de ser enaltecido”.

Soluções para a economia de Matosinhos

O candidato independente pelo Grupo de Cidadãos Eleitores “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” relevou que é “exactamente isso que defende para Matosinhos”. Numa primeira fase, pretende estancar o crescimento da dívida da autarquia e apostar numa política de emagrecimento da mesma. “Isto só pode ser feito reduzindo gastos correntes, acabando com medidas que só consomem dinheiro e não produzem nada em especial – não trazem riqueza, não criam emprego, não resolvem os problemas da crise que afectam as PME’s e também as famílias.”

Narciso Miranda sublinhou ainda a sua determinação em apoiar as Pequenas e Médias Empresa e apoiar o comércio tradicional. A redução da derrama paga por empresários e industriais, em 10% por cada posto de trabalho criado a médio prazo é também apontada como uma medida eficaz. “Isto quer dizer que uma empresa que crie dez postos de trabalho, a médio prazo, pagará zero de derrama”, explicou o candidato.

As medidas para a economia passam ainda pela redução do Imposto Municipal de Imóveis (IMI) e pela criação de um ninho gerador de novas empresas, “mesmo que sejam empresas unipessoais, microempresas, pequenas empresas para encontrar essas respostas adequadas para o crescente e preocupante número de desempregados, em especial o desemprego que atinge os mais jovens – em Matosinhos, em cada três jovens um está desempregado e desesperadamente à procura de uma oportunidade.”
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Agenda para o fim-de-semana - 19 e 20 de Setembro

Fim-de-semana preenchido para a candidatura independente “Narciso Miranda Matosinhos Sempre”, com destaque para a apresentação dos candidatos à J.F. Senhora da Hora, no domingo.

Depois de uma visita ao Mercado de Angeiras e ao Bairro de Angeiras (na manhã de sábado), a candidatura independente “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” ruma a Custóias, onde irá visitar a Feira de Custóias(pelas 15 horas).

Depois da visita à feira, Narciso Miranda irá visitar vários Bairros: pelas 16 horas, visita o Bairro da Bataria e Monte Espinho, em Leça da Palmeira; pelas 17 horas, o Bairro da Cruz de Pau, em Matosinhos; pelas 18 horas, visita o Bairro do Estádio do Mar, na Senhora da Hora; terminando a agenda para a tarde de sábado com uma visita ao Bairro de Carcavelos, em Matosinhos, pelas 19 horas.

À noite, a candidatura promove dois eventos musicais que prometem animar o serão. Em Perafita, no Bairro da Guarda, e em São Mamede de Infesta, na Praça da Cidadania. Os eventos musicais têm início marcado para as 22 horas.

No domingo, o grande destaque vai para a apresentação dos candidatos à Assembleia de Freguesia da Senhora da Hora, às 17h30, que terá lugar no Parque das Piscinas da Senhora da Hora e será animada pelo cantor Fernando Correia Marques.
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Mais de 500 militantes do Partido Socialista em jantar de apoio a Narciso Miranda

O candidato à presidência da Câmara de Matosinhos, Narciso Miranda, recebeu ontem, em Perafita, o apoio de mais de 500 militantes socialistas das diversas secções do PS do concelho de Matosinhos.

Um encontro emotivo que contou com intervenções de várias figuras de relevo, como Júlio Vasconcelos – militante mais antigo do PS de Matosinhos, fundador da primeira secção do PS e actual membro da Assembleia Municipal eleito pelo PS –, João Lourival – actual membro das Assembleia Municipal, Assembleia Metropolitana e ainda presidente da Assembleia de Freguesia de Matosinhos, eleito pelo PS – Alexandra Gavina – que pertence à actual equipa do PS da Câmara Municipal de Matosinhos – e ainda os presidentes das juntas de Leça da Palmeira e da Senhora da Hora, eleitos pelo PS, Pedro Tabuada e Alexandre Lopes.

Narciso Miranda começou por relembrar a sua forte ligação ao PS e as “grandes caminhadas” que, de Matosinhos, levaram às vitórias de Mário Soares e de António Guterres. “Que saudades do PS que respeitava tudo e todos e respeitava, sobretudo, os seus militantes”, disse. O candidato não escondeu a sua ligação afectiva ao PS: “O PS é o meu partido. O problema não está no PS; está em alguns dos seus actuais dirigentes”.

Depois, relembrou a forma como o actual presidente da Câmara se apresentou como candidato do PS: “Pela primeira vez na história do PS o seu candidato não foi eleito na Comissão Política Concelhia. Porquê? Porque existem dirigentes do PS que têm um desrespeito total pelos valores do PS, pelo contraditório, pela diferença. É uma nova cultura política.”. Mas esse não é o único problema do actual executivo. Narciso Miranda relembrou a falta de obra dos últimos quatro anos, referindo que “o actual presidente apenas terminou as obras iniciadas anteriormente”.

Dívida crescente

Uma das preocupações do candidato, espelhadas na sua intervenção de ontem, é a dívida crescente da autarquia. “Quando deixei a Câmara havia uma estrutura financeira sólida. Neste momento a autarquia tem a maior dívida acumulada criada num período de quatro anos, com mais de 120 milhões de euros por pagar”. E acrescentou: “A Câmara de Matosinhos optou pelo caminho da despesa corrente e não pelo investimento. Por isso mesmo está a contrair vários empréstimos com várias entidades financeiras”.

Como se resolve este problema? Para Narciso Miranda o caminho é apenas um: “Cortar na despesa e acabar com o esbanjamento. Vou acabar com as viagens, com os almoços e jantares, os excessos de gastos nas comunicações, com as assessorias e consultorias”. Narciso Miranda apontou o caminho do rigor como única forma possível de gerir a autarquia.

Mas as críticas ao actual executivo não se resumem apenas os gastos supérfluos. “Nos últimos quatro anos nem mais um centímetro de Metro foi construído em Matosinhos”. A culpa, segundo Narciso Miranda, não é do Governo, mas antes “da falta de um autarca experiente e com força política”. Por isso mesmo afirmou de forma inequívoca: “Como presidente da Câmara não serei funcionário de nenhum Governo, seja da esquerda ou da direita”.

Alma Socialista

E porque de um jantar entre socialistas se tratava, Narciso Miranda não escondeu o seu passado e a sua alma socialista. Por isso mesmo fez um apelo: “Vamos votar no PS no próximo dia 27 de Setembro. Mas vamos votar nesta candidatura, na candidatura do coração, em Matosinhos no dia 11. Vamos ganhar, mas não apenas na Câmara. Vamos ganhar também as Juntas e a Assembleia Municipal. E pela primeira vez, vamos ter à frente da Assembleia uma mulher”.

Por fim relembrou: “Não estou zangado com o PS. Tenho apenas pena deste partido que no distrito do Porto se anestesiou, não apresenta ideias e que, por isso mesmo, vai pagar uma factura pesada no dia 11 de Outubro”. Quanto a José Sócrates, deixou um conselho: “Reponha o projecto no caminho certo e não comprometa o património político deixado por Mário Soares”.
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Agenda de campanha para 18 de Setembro

Depois do sucesso do jantar que juntou 500 militantes do Partido Socialista em Matosinhos para apoiar a candidatura do Grupo de Cidadãos Eleitores “Narciso Miranda Matosinhos Sempre”, o ritmo não abranda e este é mais um dia em contacto com os matosinhenses.

Pelas 10h30, Narciso Miranda visita a empresa responsável pela fabricação do portátil Magalhães, J.P. Sá Couto, após a qual prestará declarações sobre a situação do desemprego no concelho de Matosinhos.

Após as 14h30, acompanhado pelo candidato à J.F. de Leça do Balio, Fernandino Santos, visitará a Feira de Santana. Algumas horas depois, a candidatura ruma a São Mamede de Infesta onde irá visitará a Associação Solidariedade Social Urbanização do Seixo e o F.C. Infesta (às 17h30 e às 18h30, respectivamente).

Pelas 19 horas, Narciso Miranda visita o Bairro do Esquinheiro e logo de seguida a Associação Social e de Desenvolvimento de Guifões.

Pelas 21h30, o Centro Cívico de Custóias recebe a apresentação da Candidatura à Assembleia de Freguesia de Custóias, liderada por Adelino Lemos.

A agenda para o dia 18 de Setembro termina com um concerto de música de baile, no Bairro da Biquinha, em Matosinhos.
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Um novo modelo de desenvolvimento para Matosinhos

Artigo de opinião publicado no Jornal de Matosinhos

Quando assumi, pela primeira vez, a Presidência da Câmara Municipal de Matosinhos, Matosinhos era um concelho com graves problemas, a vários níveis: desde a habitação (quem não se lembra das barracas), ao saneamento, à falta de qualidade e condições nos equipamentos sociais existentes. Era um concelho pouco desenvolvido, um concelho de pescadores, pouco urbanizado – causando assimetrias notáveis entre as diversas freguesias.

Nessa altura, era necessário e premente optar por um modelo de desenvolvimento que conseguisse colmatar essas graves lacunas. Um modelo de desenvolvimento alicerçado no crescimento – um modelo de desenvolvimento que conseguiu afirmar Matosinhos como concelho apetecível para o investimento, para a fixação de famílias, de negócios. Um modelo de desenvolvimento com resultados, que leva a uma constatação: Matosinhos ficou diferente – não obstante os últimos quatro anos de marasmo.

Neste momento da vida do concelho, considero que tão importante como fazer a avaliação do impacto deste modelo é saber se é proveitoso insistir na sua aplicação.

Defendo uma mudança de paradigma – defender um modelo de “crescimento como desenvolvimento”, que se baseie no aumento do número de habitantes e na grande urbanização, é, hoje em dia, um anacronismo e fazendo uma análise clara e objectiva da realidade de Matosinhos é também um erro.

Porque motivos é a defesa deste modelo um erro? Por várias razões – em primeiro lugar, só pode haver crescimento se houver atracção de habitantes de outros concelhos, contribuindo para a desertificação dos mesmos e não aumentando em nada a qualidade de vida dos cidadãos matosinhenses. Segundo, não se pode apostar perpetuamente num modelo de crescimento, há que ter em conta a realidade física e geográfica do concelho. Terceiro: Matosinhos não pode assumir o papel de “concelho-dormitório”, há que ter a capacidade de criar emprego, fixar famílias, gerar verdadeira qualidade de vida.

Por isso é que proponho um modelo de desenvolvimento sustentado e sustentável, que se apoie em três vectores essenciais (embora não exclusivos) – qualidade de vida, ambiente, criação de riqueza. Só com um plano estratégico que se articule entre estes três vectores podemos tornar Matosinhos melhor e com mais qualidade de vida para os Matosinhenses.

Assim, algumas das medidas ao nível do urbanismo e ambiente, como a redução em 30% do índice de construção e o aumento em 40% do solo disponível para a construção de equipamentos colectivos e áreas verdes, o incentivo ao uso e produção de “energia verde”, a deslocalização dos parques de combustíveis ou medidas para agilizar a mobilidade no concelho, contribuem efectivamente para o aumento da qualidade de vida. Medidas inovadoras ao nível dos apoios sociais, como a diminuição do IRS (5%, 2.5% ou 1% consoante o escalão de rendimentos) e a diminuição do IMI (em 20% em 2010 e 25% em 2011).

Medidas solidárias para com as famílias mais carenciadas, que necessitam e que vão ser apoiadas – nas rendas, nos custos com creches e jardins de infância, em custos com receitas médicas ou lares de idosos.

Em articulação com estas medidas, tem que haver um esforço no investimento, por parte da autarquia. Só com uma gestão transparente e sem despesismo, se pode conseguir um nível de investimento significativo – comigo, 60% (numa primeira fase) das receitas da autarquia serão usadas para investir. Investimento que contempla a criação de emprego e o incentivo às PME's que se fixem em Matosinhos – criação de emprego que torna Matosinhos mais atractivo.

Um modelo de desenvolvimento que não se contente com as “côdeas do possível” mas que se assuma como um motor para a melhoria contínua de Matosinhos e da vida dos matosinhenses.
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Narciso Miranda a favor da Exponor, contra Portagens

Na visita que hoje fez às instalações da Exponor, Narciso Miranda salientou a importância deste Parque Internacional de Exposições. Por estar situado em Leça da Palmeira, Matosinhos, a Exponor assumiu-se, desde sempre, como uma importante alavanca de desenvolvimento socioeconómico e turístico - numa perspectiva local, regional e mesmo nacional.“A Exponor funcionou e funciona como uma janela de trabalho virada para a Europa” afirmou.

Narciso Miranda relembrou que sempre considerou que o projecto apresentado, há cerca de quatro anos, para a construção dum novo complexo e a transferência do Parque Internacional de Exposições/Exponor para Santa Maria da Feira, “uma ideia megalómana, sem qualquer viabilidade para a sua concretização e felizmente a nova direcção da AEP e da Exponor reconheceu o erro estratégico que esteve na base do projecto virtual, que foi amplamente anunciado e que, para além do mais, referia a criação de cerca de 4000 postos de trabalho”.

O candidato independente saudou vivamente esta alteração na linha de orientação que vinha sendo seguida, concordando enfaticamente com a “visão estratégica e de futuro, assumida publicamente pela actual direcção da AEP e da Exponor, e que no essencial mantém o parque de exposições em Leça da Palmeira, sublinhando a necessidade de uma intervenção de requalificação”

Manifestando o seu total acordo com a necessidade de apresentar um plano de reordenamento e requalificação de todo o espaço da Exponor, Narciso Miranda sublinhou a necessidade de requalificar as acessibilidades ao Parque de Exposições, defendendo a ligação do Metro a Leça da Palmeira, maior número de espaços de aparcamento automóvel e acessibilidades directas nos dois sentidos, com uma nova passagem superior pela A28, com saídas prolongadas para evitar “afunilamentos” na entrada da mesma. Refere igualmente, a necessidade de uma intervenção urgente na Rotunda AEP (nó dos “Produtos Estrela”).

No que concerne à requalificação da Exponor, Narciso Miranda defende a introdução de novas valências e de novos equipamentos urbanos para dinamizar o Parque nos intervalos das Feiras mais emblemáticas, “mesmo que à custa da substituição dos pavilhões mais antigos, já desajustados da nova realidade”.

Lamentando que a visão da actual maioria do executivo camarário reduza este emblemático espaço a um “causador de engarrafamentos e congestionamento de trânsito”, o independente considera que a Exponor “foi muito importante para a economia matosinhense e é e será decisiva para o desenvolvimento económico, cultural e turístico, quer de Leça da Palmeira, quer de Matosinhos.”, reiterando a importância da manutenção do Parque de Exposições na sua actual localização.

Aproveitou ainda a oportunidade para reafirmar, categoricamente, a sua total discordância com a instalação de portagens na A28, relembrando que esta auto-estrada atravessa transversalmente todo o concelho de Matosinhos. “As portagens rebentarão a economia local, designadamente o parque da restauração, do turismo gastronómico e cultural mas também para as PME’s que não aguentarão estes custos”.

Afirmou ainda que “ainda mais importante que as portagens é resolver o problema da requalificação da A28, passando para 3 faixas de rodagem; construir o acesso através desta estrada para o Hospital Pedro Hispano; acabar com o nó dos Produtos Estrela e requalificar a estrada da Via Norte e criar um acesso para uma das empresas mais modernas e de maior sucesso no país, a EFACEC.”

No final da visita às instalações da AEP e Exponor, Narciso Miranda apresentou ainda várias medidas para a área da Economia. Criar condições para cativar investimentos na área do tecido empresarial, seja privado, sector público ou cooperativo, é fundamental para ultrapassar a grave situação de desemprego em Matosinhos. Como segunda medida, destacou o apoio vigoroso às PME’s – por cada posto de trabalho criado a médio prazo, haverá a redução da derrama em 10%. Criar um ninho de empresas, gerador de empresas unipessoais, microempresas e pequenas empresas, capazes de absorver mão-de-obra disponível, é uma terceira medida que considera essencial como factor de criador de riqueza.

Destacou ainda o apoio ao comércio tradicional e a criação de condomínios empresariais, isto é, reajustar espaços disponíveis para fomentar investimentos a todos os níveis – comércio, indústria, tecnologias de ponta e serviços.
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