Tenho vivido ao longo da minha vida momentos verdadeiramente marcantes. Acima de tudo, momentos que me marcaram especialmente pelas pessoas que os protagonizaram ao meu lado. Foi por essas pessoas que aceitei mais um enorme desafio na minha vida. E é a essas pessoas que devo a minha gratidão e o meu mais profundo e sincero reconhecimento.
Juntos, construímos um projecto de cidadania. Um projecto que integrou e continua a integrar pessoas dos mais variados quadrantes sociais, profissionais, políticos. Um projecto que é, já, impossível de travar e que ganha mais força a cada dia que passa.
O poder pelo poder é “afrodisíaco”. Atrai as pessoas. Atrai os mais variados interesses. Bem diferente é conseguir manter viva a “chama” dos cidadãos quando, como foi o nosso caso, avançamos para umas eleições e não conseguimos a vitória. A vitória apenas de me voltarem a ter como presidente da Câmara de Matosinhos. Já que, no mais, saímos, sim, deste processo, vitoriosos.
Há um ano atrás, poucos acreditavam na força deste projecto. Poucos acreditavam que iríamos conseguir chegar onde chegamos. Há um ano atrás, poucos acreditavam que estaríamos, hoje, aqui. Aqui como a enorme força política capaz de ser a única e verdadeira oposição em Matosinhos, uma oposição séria e credível.
Mas estamos. E é extremamente gratificante para mim ver a força e o empenhamento de todos os milhares e milhares de cidadãos que abraçaram este projecto e que nele continuam de pedra e cal. Tem sido para mim extremamente gratificante ouvir os seus apelos para continuarmos em frente, para não cruzarmos os braços, para seguirmos na luta pela defesa dos interesses de Matosinhos e dos matosinhenses, receber as suas mensagens de que “valeu a pena” e que “continua a valer a pena”.
É esta, aliás, a melhor resposta aos pensamentos mesquinhos e à sede de vingança e de ódio. Nós respondemos com o FUTURO. O futuro de Matosinhos pelo qual vamos lutar com unhas e dentes, de mangas arregaçadas e demonstrando que abraçamos este projecto porque temos ideias, porque queremos construir, porque queremos combater o elevado desemprego no concelho, porque queremos combater a exclusão social, porque queremos ajudar quem mais precisa.
Temos sobre os nossos ombros uma enorme responsabilidade. Uma responsabilidade à qual nunca viraria as costas. Estamos cá. Vamos continuar cá. A representar os milhares e milhares de cidadãos que estão connosco e que acreditam em nós. E são muitos. São cada vez mais. Os muitos que sempre perceberam as nossas motivações e os muitos que não se revêem em políticas movidas por interesses pessoais e por “tachos”. Afinal, representamos tantos milhares de votos (27.000) que correspondem a 31% dos matosinhenses que votaram. Afinal, na Câmara de Matosinhos teremos dois projectos: o projecto do poder, que resulta de uma nova força, um “bloco central” na sua expressão mais negativa; e a oposição sustentada num projecto recheado de propostas, de esperança, de futuro.
Tenho, modéstia à parte, muita experiência política. Constituí e liderei muitas equipas autárquicas. E tenho, por isso, um enorme orgulho em afirmar que, desta vez, tenho do melhor que há, do mais construtivo que há, pessoas que não pertencem ao grupo dos dependentes, pessoas com sucesso na vida profissional, na vida cívica, pessoas com competência técnica e profissional, mas, sobretudo, pessoas muito, mas mesmo muito, competentes numa área que nem sempre valorizamos e enaltecemos – pessoas competentes no amor a Matosinhos, no respeito por Matosinhos e pelos matosinhenses, nas regras da vida, na tolerância, na cidadania, nos valores e nos princípios, pessoas competentes contra os ódios, o espírito de vingança, contra a hipocrisia, a inveja, a mesquinhez, a mediocridade. E não me refiro apenas aos eleitos, mas a todos os que integraram as minhas listas e a todos os que, não sendo candidatos a nenhum lugar, se dedicaram a este projecto com o mesmo empenho e dedicação.
Uma nota final, apenas para deixar ao meu caro amigo e insuspeito profissional pela sua capacidade intelectual, Joaquim Letria, a minha gratidão pelo que escreve sobre mim, hoje (dia 26 de Outubro), na sua “25ª coluna”, no jornal “24 Horas”.
Narciso Miranda
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Por Matosinhos e pelos Matosinhenses
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2 comentários:
Caro Narciso,
Apenas falamos uma vez, gostei de si, senti que defende as suas convicções com alma. Sei que a travessia do deserto, não é fácil, como dizia Nietzche, só os grandes homens serão capazes de a fazer.!
Penso que ainda tem muito para dar à politica e ao País, que ao contrário de si, não tem nada para nos dar, apenas vergonha.
O silêncio profundo do seu partido, é revoltante, mesmo para mim, que não sou do P.S, não me revejo em democracias musculadas, de compadrios, de gente sem valor.
Voce, foi à luta, contra uma máquina partidária, extremamente bem oleada, fez um grande resultado, não pode é fazer milagres.
O que me incomoda, não é o grito dos violentos, é o silêncio dos bons! E não se esqueça de uma coisa, já dizia napoleão, " Só duas alavancas, movem o homem, o medo e o interesse", prepare-se que vai perder muitos "amigos", faz parte da vida.
Um abraço.
Meu caro e bom amigo,
Fiquei muito satisfeito pela mensagem que me enviou. Muito profunda e significativa. Agradeço. É gratificante.
De facto, o que mais me incomoda é o "silêncio dos bons". Sabe bem que tudo isto é da vida e nós temos que ter estes comportamentos sempre presentes.
Fico feliz por ser confrontado com pessoas com a sua estatura e a sua solidariedade.
Fico-lhe grato e vou tentar merecer essa tão honrosa avaliação. Não vou desistir. Vou lutar pelas minhas convicções e pelas causas e valores que defendi e defenderei.
Um abraço amigo,
Narciso Miranda
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