Adeus 2007, viva 2008
1 – Está terminado o ano 2007. Um ano de equívocos, contradições, novidades, coisas boas e também algumas más. A nível internacional o sistema complexo que se respira em várias partes do mundo gerou guerras, destruição fome e também alguns passos seguros, tímidos na resolução de conflitos. Hugo Chaves não conseguiu criar as condições para alterar o mecanismo constitucional que lhe daria mais espaço de manobra.
O presidente do Brasil, Lula da Silva, conseguiu, no meio do turbilhão de acusações muito características no Brasil, solidificar a sua liderança e dar passos seguros no combate à fome e à exclusão. É claro que sobre esta matéria tem ainda muito caminho a percorrer.
Em Cuba os cubanos não só não se libertaram de Fidel Castro, cuja sombra continua a cadenciar a gestão deste País, como continuam divididos relativamente a esta figura carismática e emblemática, mas, todos unidos contra os Estados Unidos da América que depois de humilhados não mais deixaram de perseguir este povo sofredor.
Em França depois de grandes convulsões entre uma figura da área socialista muito simpática e o pragmatismo de Sarkozy optaram por esta via que face aos primeiros meses de liderança parece devolver à França o orgulho de se ser francês.
O mais popular tenor italiano da segunda metade do século XX, Luciano Pavarotti, deixou de nos fazer vibrar com os seus concertos.
No Iraque a destruição devastadora continua imparável e, a grosseira mentira dos americanos e de outros líderes europeus que justificou a invasão deste país, continua impune, num acto de chocante hipocrisia internacional.
Algumas notas deste mundo problemático, conflituoso em que à destruição se sobrepõe alguns passos mais humanizados, no Paquistão Musharraf vai resistindo, não se sabe por quanto mais tempo, sobretudo agora com o bárbaro assassinato de Benazir Bhutto, que no regresso do exílio disse no Paquistão “que regressava para estar com o seu povo na vida e na morte”.
Por último Bin Laden continua vivo com esporádicas mensagens que constituem o maior gozo de todos os tempos a um presidente americano.
Por cá as figuras marcantes são incontornavelmente Durão Barroso e José Sócrates face ao êxito conseguido durante a presidência portuguesa da União Europeia.
Por outro lado o profundo impulso reformista do governo de maioria PS e o apoio conivente do professor Cavaco Silva são os dados mais relevantes do ano que termina. No entanto os aspectos mais negativos de 2007 são o drama do desemprego, a falta de oportunidades que os jovens encontram quando procuram trabalho, os chocantes níveis de pobreza, o agravamento da exclusão social e o aumento do crédito à habitação está a provocar situações desesperantes. Por outro lado a diminuição do poder de compra da classe média está a mexer alicerces desta faixa da população que pode abalar o “edifício” nacional.
O norte, perdeu, incontornavelmente, capacidade de influência, capacidade crítica e o empobrecimento é absolutamente evidente.
Na área metropolitana do porto as figuras marcantes da última década remeteram-se a um estratégico intervalo de um jogo que neutralizou a capacidade de afirmação de uma área metropolitana que deixou de ter voz.
Cá por Matosinhos a estratégia da política autárquica foi alterada desvalorizando o investimento a favor de outras orientações. A festa, a animação, e sobretudo a dependência anestesiante das forças mais dinâmicas da sociedade civil vem provocando um desinvestimento que pode ser fatal em realizações geradoras de riqueza, progresso, desenvolvimento, de forma reprodutiva. É o regresso à subsídiodependência que está a ultrapassar o período que vivemos imediatamente após o 25 de Abril.
Por último o nosso velho Leixões regressou ao convívio dos grandes sob a orientação desse grande matosinhense, grande leixonense e grande figura do desporto, Vítor Oliveira. E sobre o Leixões o melhor é continuarmos todos unidos para que continue a marcar golos, a ganhar para se manter na primeira liga porque quanto ao resto muita água, e água muito turva, vai passar nas nossas portas.
Meus caros leitores, a todos desejo um bom ano de 2008 com mais sucessos sobretudo para os que precisam de ter oportunidades de também respirarem sucessos na sua vida.
Para ler este texto na íntegra, clique aqui.
1 – Está terminado o ano 2007. Um ano de equívocos, contradições, novidades, coisas boas e também algumas más. A nível internacional o sistema complexo que se respira em várias partes do mundo gerou guerras, destruição fome e também alguns passos seguros, tímidos na resolução de conflitos. Hugo Chaves não conseguiu criar as condições para alterar o mecanismo constitucional que lhe daria mais espaço de manobra.
O presidente do Brasil, Lula da Silva, conseguiu, no meio do turbilhão de acusações muito características no Brasil, solidificar a sua liderança e dar passos seguros no combate à fome e à exclusão. É claro que sobre esta matéria tem ainda muito caminho a percorrer.
Em Cuba os cubanos não só não se libertaram de Fidel Castro, cuja sombra continua a cadenciar a gestão deste País, como continuam divididos relativamente a esta figura carismática e emblemática, mas, todos unidos contra os Estados Unidos da América que depois de humilhados não mais deixaram de perseguir este povo sofredor.
Em França depois de grandes convulsões entre uma figura da área socialista muito simpática e o pragmatismo de Sarkozy optaram por esta via que face aos primeiros meses de liderança parece devolver à França o orgulho de se ser francês.
O mais popular tenor italiano da segunda metade do século XX, Luciano Pavarotti, deixou de nos fazer vibrar com os seus concertos.
No Iraque a destruição devastadora continua imparável e, a grosseira mentira dos americanos e de outros líderes europeus que justificou a invasão deste país, continua impune, num acto de chocante hipocrisia internacional.
Algumas notas deste mundo problemático, conflituoso em que à destruição se sobrepõe alguns passos mais humanizados, no Paquistão Musharraf vai resistindo, não se sabe por quanto mais tempo, sobretudo agora com o bárbaro assassinato de Benazir Bhutto, que no regresso do exílio disse no Paquistão “que regressava para estar com o seu povo na vida e na morte”.
Por último Bin Laden continua vivo com esporádicas mensagens que constituem o maior gozo de todos os tempos a um presidente americano.
Por cá as figuras marcantes são incontornavelmente Durão Barroso e José Sócrates face ao êxito conseguido durante a presidência portuguesa da União Europeia.
Por outro lado o profundo impulso reformista do governo de maioria PS e o apoio conivente do professor Cavaco Silva são os dados mais relevantes do ano que termina. No entanto os aspectos mais negativos de 2007 são o drama do desemprego, a falta de oportunidades que os jovens encontram quando procuram trabalho, os chocantes níveis de pobreza, o agravamento da exclusão social e o aumento do crédito à habitação está a provocar situações desesperantes. Por outro lado a diminuição do poder de compra da classe média está a mexer alicerces desta faixa da população que pode abalar o “edifício” nacional.
O norte, perdeu, incontornavelmente, capacidade de influência, capacidade crítica e o empobrecimento é absolutamente evidente.
Na área metropolitana do porto as figuras marcantes da última década remeteram-se a um estratégico intervalo de um jogo que neutralizou a capacidade de afirmação de uma área metropolitana que deixou de ter voz.
Cá por Matosinhos a estratégia da política autárquica foi alterada desvalorizando o investimento a favor de outras orientações. A festa, a animação, e sobretudo a dependência anestesiante das forças mais dinâmicas da sociedade civil vem provocando um desinvestimento que pode ser fatal em realizações geradoras de riqueza, progresso, desenvolvimento, de forma reprodutiva. É o regresso à subsídiodependência que está a ultrapassar o período que vivemos imediatamente após o 25 de Abril.
Por último o nosso velho Leixões regressou ao convívio dos grandes sob a orientação desse grande matosinhense, grande leixonense e grande figura do desporto, Vítor Oliveira. E sobre o Leixões o melhor é continuarmos todos unidos para que continue a marcar golos, a ganhar para se manter na primeira liga porque quanto ao resto muita água, e água muito turva, vai passar nas nossas portas.
Meus caros leitores, a todos desejo um bom ano de 2008 com mais sucessos sobretudo para os que precisam de ter oportunidades de também respirarem sucessos na sua vida.