O Presidente da República esteve neste último Sábado em Matosinhos. Se tivermos em conta a pouca importância que a comunicação social lhe dedicou, esta visita teve um carácter quase confidencial.
Com efeito, é difícil entender como, estando presentes nos diversos actos a que o Professor Cavaco Silva presidiu, todas as televisões, algumas rádios e jornais de referência, tão breve e escasso tenha sido o tratamento informativo subsequente. Tratando-se do Supremo Magistrado da Nação, a sua participação por esse mundo fora, em cerimónias públicas de interesse comunitário, é sempre noticiada com o relevo que a importância da função justifica. Tanto mais que não foi uma apenas, mas várias as cerimónias a que com a sua presença honrou Matosinhos e as suas gentes.
Televisões, rádios e jornais atentas ao significado das cerimónias realizadas, sempre deram a estas visitas o relevo e a importância que elevaram Matosinhos à condição de cidade em desenvolvimento, e progresso social consolidado. Uma explicação para tão reduzida participação popular pode estar no facto de tal visita ter ocorrido numa manhã fria de Sábado, na quadra de Natal, quando as pessoas - as que felizmente para tanto têm posses - se dedicam a espreitar as montras e efectuar algumas compras.
É que, só acontece o que é notícia. Será que muita gente junta, justificaria por parte da imprensa um tratamento informativo mais preenchido? A pergunta fica naturalmente sem resposta, mas talvez valha a pena atentar neste aparente alheamento da população. E o que se passou desta vez? Os 400 anos da Misericórdia, os 100 anos do Leixões, os 90 anos de Óscar Lopes, os 20 anos dos Paços do Concelho - datas de indiscutível interesse comemorativo - foram, e muito bem recordados pelo Presidente da República. Homenagens que os matosinhenses não esquecerão jamais.
À Misericórdia de Matosinhos, pelo apoio dado ao longo dos anos aos mais necessitados.
Ao Leixões, pelo indiscutível serviço prestado ao desporto e à juventude.
A Óscar Lopes, figura ímpar de Matosinhos, personalidade brilhante do ensaísmo literário português.
Aos Paços do Concelho, obra emblemática da cidade, de arquitectura arrojada, concebida para exemplar funcionalidade dos serviços autárquicos.
Ao Bom Jesus de Matosinhos, visita não agendada, mas que o Reverendo Dr. Manuel Mendes, em boa hora soube incorporar na visita, muito também fruto da diligência feita pelo Chefe de gabinete da Presidência, Dr. Nunes Liberato. Os contactos com empresários, intermediados pela Câmara, numa cerimónia simples mas de eficácia previsível, na melhoria do património escolar da comunidade e do concelho.O discurso do Presidente proferido em tom alegre, traduzia a felicidade que sentia por poder compartilhar com os presentes, a evocação de tão importantes datas para quem ama a terra que o viu nascer, ou por ela foi adoptado. Faltou, todavia, neste discurso uma referência a outra data de inegável aceitação colectiva. Trata-se dos 5 anos do Metro do Porto. Foi precisamente neste dia que, cinco anos antes, as primeiras carruagens do Metro deslizaram por aquela que foi a primeira linha: Matosinhos - Trindade.
É um serviço público de inegável interesse que aproxima nos dias de hoje pontos distantes, (considerando as dificuldades do trânsito citadino), como Matosinhos, Porto, Maia e Gaia e que constituem factor de desenvolvimento, nos diversos domínios da sociedade actual. Uma data que bem podia ter sido lembrada pela comunicação social, desde que, evidentemente, tal facto tivesse sido referido durante a curta visita presidencial.Globalmente, pode dizer-se que esta visita foi, na linha a que o Professor Cavaco Silva nos habituou, extraordinariamente promissora. Matosinhos só tem a ganhar com a presença de tão ilustres figuras. Será bom para Matosinhos que os anseios, os projectos, as soluções, mas também as carências, os problemas e as dificuldades sejam conhecidos pelo poder central. Mas, algumas questões não podem deixar de ser colocadas.
Será que Matosinhos perdeu importância e dimensão nacional de tal forma que nem a presença do mais alto magistrado da Nação constitua notícia? Será que os contratos assinados entre escolas e empreiteiros, são tão inócuos e vazios de realismo, que levem os jornalistas a escolher outras prioridades? E creio não estar sozinho se disser que fiquei muito triste por sentir tamanho alheamento da comunicação social perante a visita presidencial à nossa cidade.à nossa cidade.
Com efeito, é difícil entender como, estando presentes nos diversos actos a que o Professor Cavaco Silva presidiu, todas as televisões, algumas rádios e jornais de referência, tão breve e escasso tenha sido o tratamento informativo subsequente. Tratando-se do Supremo Magistrado da Nação, a sua participação por esse mundo fora, em cerimónias públicas de interesse comunitário, é sempre noticiada com o relevo que a importância da função justifica. Tanto mais que não foi uma apenas, mas várias as cerimónias a que com a sua presença honrou Matosinhos e as suas gentes.
Televisões, rádios e jornais atentas ao significado das cerimónias realizadas, sempre deram a estas visitas o relevo e a importância que elevaram Matosinhos à condição de cidade em desenvolvimento, e progresso social consolidado. Uma explicação para tão reduzida participação popular pode estar no facto de tal visita ter ocorrido numa manhã fria de Sábado, na quadra de Natal, quando as pessoas - as que felizmente para tanto têm posses - se dedicam a espreitar as montras e efectuar algumas compras.
É que, só acontece o que é notícia. Será que muita gente junta, justificaria por parte da imprensa um tratamento informativo mais preenchido? A pergunta fica naturalmente sem resposta, mas talvez valha a pena atentar neste aparente alheamento da população. E o que se passou desta vez? Os 400 anos da Misericórdia, os 100 anos do Leixões, os 90 anos de Óscar Lopes, os 20 anos dos Paços do Concelho - datas de indiscutível interesse comemorativo - foram, e muito bem recordados pelo Presidente da República. Homenagens que os matosinhenses não esquecerão jamais.
À Misericórdia de Matosinhos, pelo apoio dado ao longo dos anos aos mais necessitados.
Ao Leixões, pelo indiscutível serviço prestado ao desporto e à juventude.
A Óscar Lopes, figura ímpar de Matosinhos, personalidade brilhante do ensaísmo literário português.
Aos Paços do Concelho, obra emblemática da cidade, de arquitectura arrojada, concebida para exemplar funcionalidade dos serviços autárquicos.
Ao Bom Jesus de Matosinhos, visita não agendada, mas que o Reverendo Dr. Manuel Mendes, em boa hora soube incorporar na visita, muito também fruto da diligência feita pelo Chefe de gabinete da Presidência, Dr. Nunes Liberato. Os contactos com empresários, intermediados pela Câmara, numa cerimónia simples mas de eficácia previsível, na melhoria do património escolar da comunidade e do concelho.O discurso do Presidente proferido em tom alegre, traduzia a felicidade que sentia por poder compartilhar com os presentes, a evocação de tão importantes datas para quem ama a terra que o viu nascer, ou por ela foi adoptado. Faltou, todavia, neste discurso uma referência a outra data de inegável aceitação colectiva. Trata-se dos 5 anos do Metro do Porto. Foi precisamente neste dia que, cinco anos antes, as primeiras carruagens do Metro deslizaram por aquela que foi a primeira linha: Matosinhos - Trindade.
É um serviço público de inegável interesse que aproxima nos dias de hoje pontos distantes, (considerando as dificuldades do trânsito citadino), como Matosinhos, Porto, Maia e Gaia e que constituem factor de desenvolvimento, nos diversos domínios da sociedade actual. Uma data que bem podia ter sido lembrada pela comunicação social, desde que, evidentemente, tal facto tivesse sido referido durante a curta visita presidencial.Globalmente, pode dizer-se que esta visita foi, na linha a que o Professor Cavaco Silva nos habituou, extraordinariamente promissora. Matosinhos só tem a ganhar com a presença de tão ilustres figuras. Será bom para Matosinhos que os anseios, os projectos, as soluções, mas também as carências, os problemas e as dificuldades sejam conhecidos pelo poder central. Mas, algumas questões não podem deixar de ser colocadas.
Será que Matosinhos perdeu importância e dimensão nacional de tal forma que nem a presença do mais alto magistrado da Nação constitua notícia? Será que os contratos assinados entre escolas e empreiteiros, são tão inócuos e vazios de realismo, que levem os jornalistas a escolher outras prioridades? E creio não estar sozinho se disser que fiquei muito triste por sentir tamanho alheamento da comunicação social perante a visita presidencial à nossa cidade.à nossa cidade.
1 comentário:
Narciso Miranda tem razão, com este poder autárquico, Matosinhos é muito menos visível no mapa, tenho saudades do tempo em que Matosinhos marcava agenda em muitos aspectos e em muitos sectores, como: Cultura, Habitação Social, Solidariedade, projectos de qualidade arquitectónica etc.
Narciso Miranda faz Falta a Matosinhos
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