ANTÓNIO JOSÉ SEGURO PEDIU liberdade, à bancada do PS, para votar a favor da convocação de um referendo ao Tratado de Lisboa. A direcção do grupo parlamentar do PS aceitou este pedido por objecção de consciência.
Desta forma, este quadro da vida política e particularmente do PS vai fazendo o seu caminho da vida política, afirmando-se como reserva no universo político nacional através da sua coerência e convicção.
Entretanto, Manuel Alegre reuniu cerca de 200 militantes socialistas, que o apoiaram na candidatura para o cargo de Presidente da Republica, não poupando o governo e a direcção do PS. E até avisou para os “perigos para o partido caso o desafiem”.
Desta reunião saiu a decisão de avançar com “corrente de opinião para preencher o buraco negro no PS”.Antes da reunião, que teve grande impacto na comunicação social, Manuel Alegre, em longa entrevista, fez declarações fortes e afirmações muito contundentes, chegando a afirmar que “claro que já não me revejo neste PS” e ainda que “não foi para isto que se fez o 25 de Abril, a democracia e o serviço nacional de saúde para as pessoas andarem na rua à espera de uma Maria da Fonte qualquer ou de um salvador qualquer, seja ele quem for”.“Com o PS passa-se muito pouca coisa. Com o PS e com a nossa democracia”, afirmou, para perguntar logo depois: “o que é o PS? O que é o socialismo hoje? Ainda há socialismo no PS? Ainda se fala de socialismo? Claro que já não me revejo neste PS, o que não quer dizer que este PS não tenha socialistas ou que entre aqueles que votam e apoiam o PS não haja muitos socialistas. Mas num partido politico há vários níveis, o das estruturas dirigentes, o das estruturas intermédias, as bases e ainda há os votantes. Aquilo que eu chamei de nomenclatura, bem, hoje é uma coisa impenetrável. O aparelho partidário, que são as estruturas, os que estão à frente da direcção nacional, das direcções intermédias, das federações, das autarquias. Isso é um muro perfeitamente impenetrável”.
Estas afirmações de Manuel Alegre são excepcionalmente duras e, eventualmente, exageradas. Não estou totalmente de acordo com esta radiografia. A minha opinião pode ser irrelevante. É apenas uma opinião de um militante de base que dedicou “toda a sua vida ao PS” e sente uma grande desilusão ao ver os “novos socialistas” ou “socialistas de ocasião” a desviarem o rumo e “esquecerem” as causas do nosso projecto.
O problema é que a maioria dos cidadãos, a maioria dos socialistas e a maioria dos militantes anónimos se revêem nesta posição de Manuel Alegre, consideram que tem razão e começam a sentir alguma desilusão. Ainda mais surpreendente foi a declaração da direcção nacional do PS, manifestando compreensão total para com Manuel Alegre que “está a fazer o que é previsto nos estatutos”.
O PS é hoje uma instituição controlada, condicionada, fechada e apenas onde alguns têm acesso. O PS vai-se afastando da realidade sociológica e particularmente dos cidadãos. Talvez com o calendário para as eleições internas isto comece a mexer.
O pior é se as movimentações começam pelos piores motivos.
Em Matosinhos, a recandidatura do presidente da concelhia, anunciada de forma convicta, afinal parece que já não é.
O controlo da quotização começou e, talvez, as notícias voltem a surgir de Matosinhos, mas pelas piores razões.
O pior que pode acontecer ao PS, designadamente em Matosinhos, é surgirem notícias sobre os movimentos dos militantes e as “batotas” nas adesões. Se isso acontecer então teremos a confirmação da “verdadeira modernização do PS” e a credibilidade será garantida no pior sentido.
Desta forma, este quadro da vida política e particularmente do PS vai fazendo o seu caminho da vida política, afirmando-se como reserva no universo político nacional através da sua coerência e convicção.
Entretanto, Manuel Alegre reuniu cerca de 200 militantes socialistas, que o apoiaram na candidatura para o cargo de Presidente da Republica, não poupando o governo e a direcção do PS. E até avisou para os “perigos para o partido caso o desafiem”.
Desta reunião saiu a decisão de avançar com “corrente de opinião para preencher o buraco negro no PS”.Antes da reunião, que teve grande impacto na comunicação social, Manuel Alegre, em longa entrevista, fez declarações fortes e afirmações muito contundentes, chegando a afirmar que “claro que já não me revejo neste PS” e ainda que “não foi para isto que se fez o 25 de Abril, a democracia e o serviço nacional de saúde para as pessoas andarem na rua à espera de uma Maria da Fonte qualquer ou de um salvador qualquer, seja ele quem for”.“Com o PS passa-se muito pouca coisa. Com o PS e com a nossa democracia”, afirmou, para perguntar logo depois: “o que é o PS? O que é o socialismo hoje? Ainda há socialismo no PS? Ainda se fala de socialismo? Claro que já não me revejo neste PS, o que não quer dizer que este PS não tenha socialistas ou que entre aqueles que votam e apoiam o PS não haja muitos socialistas. Mas num partido politico há vários níveis, o das estruturas dirigentes, o das estruturas intermédias, as bases e ainda há os votantes. Aquilo que eu chamei de nomenclatura, bem, hoje é uma coisa impenetrável. O aparelho partidário, que são as estruturas, os que estão à frente da direcção nacional, das direcções intermédias, das federações, das autarquias. Isso é um muro perfeitamente impenetrável”.
Estas afirmações de Manuel Alegre são excepcionalmente duras e, eventualmente, exageradas. Não estou totalmente de acordo com esta radiografia. A minha opinião pode ser irrelevante. É apenas uma opinião de um militante de base que dedicou “toda a sua vida ao PS” e sente uma grande desilusão ao ver os “novos socialistas” ou “socialistas de ocasião” a desviarem o rumo e “esquecerem” as causas do nosso projecto.
O problema é que a maioria dos cidadãos, a maioria dos socialistas e a maioria dos militantes anónimos se revêem nesta posição de Manuel Alegre, consideram que tem razão e começam a sentir alguma desilusão. Ainda mais surpreendente foi a declaração da direcção nacional do PS, manifestando compreensão total para com Manuel Alegre que “está a fazer o que é previsto nos estatutos”.
O PS é hoje uma instituição controlada, condicionada, fechada e apenas onde alguns têm acesso. O PS vai-se afastando da realidade sociológica e particularmente dos cidadãos. Talvez com o calendário para as eleições internas isto comece a mexer.
O pior é se as movimentações começam pelos piores motivos.
Em Matosinhos, a recandidatura do presidente da concelhia, anunciada de forma convicta, afinal parece que já não é.
O controlo da quotização começou e, talvez, as notícias voltem a surgir de Matosinhos, mas pelas piores razões.
O pior que pode acontecer ao PS, designadamente em Matosinhos, é surgirem notícias sobre os movimentos dos militantes e as “batotas” nas adesões. Se isso acontecer então teremos a confirmação da “verdadeira modernização do PS” e a credibilidade será garantida no pior sentido.
Sem comentários:
Enviar um comentário