sexta-feira, 18 de julho de 2008

Sucessão de falhas, ou repetição de enganos?

Em política, meus senhores, não se volta atrás.
Não se esconde um erro: corrige-se.
Não se nega um presente: assume-se
Não se altera um passado: discute-se.
Em suma, não se diz que se fez bem o que se sabe ter-se feito mal.
É verdade que a sintonia de posições entre Manuela Ferreira Leite e o Presidente da República sobre a política de Obras Públicas de Sócrates está a aumentar a pressão sobre o Governo, obrigando-o a multiplicar-se em esforços de correcções e acertos. Visando a resposta a esta questão, algumas considerações se justificam.
Trata-se estratégia afinada entre os dois, ou esta sintonia não passa de mera coincidência? Pode aceitar-se que não dar pretextos ao primeiro-ministro para que o acusem de parcialidade é nesta altura uma prioridade política em Belém?

Sejam ambas, uma só, ou quaisquer outras as verdadeiras razões, a verdade é que, nos dias de hoje, nem José Sócrates, nem os seus ministros conseguem disfarçar alguma preocupação em reavaliar um conjunto de posições assumidas e medidas anunciadas. Eu explico.
Sacar do bolso um chamado “pacote anti-crise” que, pela natureza das coisas, nem os deputados do PS nem sobretudo, os outros, estarão preparados para discutir, não é sério, nem revela respeito pelo País, nem pelos portugueses, nem pela oposição.
Mais ainda: a apresentação de um conjunto de medidas avulsas, destinadas a minorar o impacto da estagnação económica – como aconteceu durante o recente debate parlamentar sobre o Estado da Nação – subverte por inteiro o propósito para que este tipo de debates foi criado. A merecer reparo, por parte de todos nós.

É claro que, a oposição, desastrada, estendeu-se ao comprido. Pela voz do seu novel porta-voz, ficamos a saber que o PSD “não está contra obras públicas em geral nem nenhuma em concreto”, esclarecendo que apenas exige conhecer os encargos financeiros anuais para o Estado.
Abrilhantou esta, com outras tiradas do género: “…não nos mandem para a Internet…” (oportuno este pedido, já que estava a pedir que o mandassem para outro lado…) e “o Parlamento tem desde há oitocentos anos a competência orçamental”. Não entendido? Pois claro que não; e também não se vislumbra lá grande sintonia entre este e o discurso oficial, que diz, sem rodeios, esta verdade: «não há dinheiro para nada».
Indisfarçável (e talvez inevitável face à actual conjuntura) é a mudança de discurso na área fiscal protagonizada pelo primeiro-ministro. Então, já não tem cabimento aquela teoria de que quando as “coisas” não vão bem não se devem baixar os impostos – e que só quando as “coisas” melhorarem é que isso poderá ser feito?

Melhoraram as “coisas”? Todos sabemos que não.
E o pior é que está aberta a porta para que os portugueses pensem que, mais alívios fiscais poderão ocorrer com a aproximação das eleições. À semelhança aliás da descida concretizada do IVA.
Apreciação injusta, creio bem. Concordo com estas medidas económicas, que admito possam ser as adequadas.
Mas é o que parece. E, meus senhores, em política o que parece é!

7 comentários:

Anónimo disse...

Força. Conte comigo.

Anónimo disse...

Narciso de bicicleta contra Guilherme Pinto. Vai ser este o duelo.
Poupa-se dinheiro e tempo. E ja sabemos quem ganha: o Narciso esta em plena forma e a fazer o Tour neste momento.
G Pinto faz a volta a Sendim.

Anónimo disse...

Força! A vitória vai ser sua.

Anónimo disse...

Cá para mim os dois têm os pneus furados e que mandam cá uns pneus mandam!

Anónimo disse...

Pelo passado lembre-se.
Pelo presente não esqueça.
Pelo futuro recorde-se.

Saturado

Anónimo disse...

Mude o que está mal e não se deixe demover.
O país está cheio de gajos que são muito bons mas que nunca fizeram nada.

Anónimo disse...

NA forma que narciso miranda se encontra,ninguem lhe mete medo

ele já enfrentou a guerra de africa foi libertar os pescadores aos guerilheiros e enfrentou todos os poderosos por isso ele esta sempre em forma não vai ser agora que vai ter medo.
alberto fernandes