terça-feira, 30 de junho de 2009

Retomar o rumo com Experiência

Já por várias vezes o afirmei: um líder não é aquele que espera pelos acontecimentos, mas, sim, o que os antecipa, os prevê, para que, ainda antes deles acontecerem, possa tomar as medidas necessárias e melhores para o concelho que lidera e para os seus munícipes. Experiência. Esta é, sem dúvida, por isso mesmo, uma mais valia para quem tem de tomar a frente dos destinos de qualquer cidade, concelho ou país.


Numa altura em que os cidadãos têm cada vez menos confiança na política e em alguns políticos, a experiência de cada autarca, de cada governante é, cada vez mais, levada em conta pela população, na altura de escolherem quem querem ter na liderança.
Há quatro anos, saí do poder por livre vontade. Hoje, volto a candidatar-me porque quero, com a minha experiência, recolocar Matosinhos no rumo do progresso e do desenvolvimento e dar aos matosinhenses a esperança num futuro melhor. Porque sempre fui um homem e um político de andar no terreno, sei, melhor, a cada dia que passa, o quanto é importante para os cidadãos o factor experiência. Sei o quanto é importante conhecerem-me bem, saberem de onde vim, conhecerem a obra feita e o trabalho desenvolvido.
É a experiência, entre vários outros factores, que me impediria de investir o dinheiro dos munícipes em gastos desnecessários e sumptuosos, arriscando comprometer o futuro de todos nós, numa política de despesismo e ostentação, como vem acontecendo ao longo destes últimos quatro anos. É a experiência que me impediria de tentar iludir os cidadãos com placas e mais placas que anunciam obras que não saem do papel. É a experiência que me impediria de tentar “atirar poeira” para os olhos dos cidadãos quando se garante que o desemprego baixou em Matosinhos.
É com a minha experiência que vamos retomar o rumo do rigor, da credibilidade, da confiança e da esperança em Matosinhos. É com a minha experiência que vamos voltar a ter, em Matosinhos, uma gestão rigorosa dos recursos humanos e financeiros do município, para que, com o menor custo possível, se obtenha o maior proveito nos serviços a prestar aos cidadãos, redireccionando as poupanças para acções de solidariedade, sobretudo, para com os mais desfavorecidos, os idosos, os jovens, os desempregados. É com a minha experiência que cada euro que sai dos bolsos dos cidadãos vai voltar a valer um euro e que as obras substituirão as placas.
Sei que cometi alguns erros. Só não os comete quem nada faz ou nada realiza. Procurei sempre reduzi-los ao mínimo possível, tendo como preocupação fundamental não causar quaisquer prejuízos ou problemas aos matosinhenses, porque, para mim, as pessoas estiveram, estão e estarão sempre em primeiro lugar. Com esses erros, ganhei, também, experiência e sinto-me, hoje, talvez mais do que nunca, melhor preparado para enfrentar os desafios que temos pela frente, arregaçar as mangas, calçar as galochas e completar aquilo que ficou suspenso, nestes quatro anos, em Matosinhos.

Narciso Miranda
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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Recuperar o rumo da confiança

Retomar o rumo. Este é, há muito, o lema de ordem em Matosinhos. É o que os cidadãos querem. É o lema que eu já há muito entranhei. Estes últimos quatro anos ficaram, em muito, aquém das expectativas dos matosinhenses. Ficaram aquém no rigor da gestão financeira do município. Ficaram aquém na realização das obras necessárias para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Ficaram aquém na criação dos tão necessários postos de emprego. Ficaram aquém nas políticas sociais.


Estes últimos quatro anos, ficaram, por tudo isto, aquém na relação de confiança entre o município e a população. Entende-se. Já não é novidade para ninguém que os cidadãos estão cada vez mais afastados da política. Fala-se mesmo em “divórcio” entre os cidadãos e a forma como alguns militantes de partidos fazem política. E, se de mais provas precisássemos, bastaria olharmos para o elevado grau de abstenção das últimas eleições europeias.
Os cidadãos estão cansados. Cansados de falsas promessas. Cansados de projectos fantasmagóricos, de anúncios em catadupa e de ideias que nunca saem do papel. Tudo isso mina a confiança entre a população e os líderes dos seus municípios. Porque ninguém confia em quem omite, em quem dissimula a verdade, em quem só anuncia e nada faz. Ainda há pouco tempo, o próprio Presidente da República chamava a atenção para isso, quando lembrava: “Quem prometer aquilo que objectivamente não poderá cumprir estará a iludir os portugueses. Aquilo que se promete deverá ter em conta a realidade que vivemos no presente e em que iremos viver no futuro”.
É por ser imperioso recuperar o rumo da confiança entre os cidadãos e a liderança do município que me volto a candidatar à autarquia de Matosinhos, agora como independente. Os matosinhenses conhecem-me bem. Conhecem a obra feita e têm memória. Sabem que, comigo, o rodopio do tapa e destapa, para fazer que se faz, para dar a ilusão de que existe obra no concelho, enquanto se vai gastando o dinheiro dos munícipes e enquanto se vai fazendo da vida dos cidadãos um transtorno constante, não existirá. Sabem que, comigo, a reivindicação de tudo o que seja necessário para o concelho será, como sempre foi, feita com rigor, exigência e transparência. Sabem que, comigo, as placas não substituirão as obras.
A confiança entre os líderes dos municípios e os cidadãos constrói-se assim. Com a verdade e com o rigor. Rigor nas contas. Transparência na forma como se gasta cada euro que sai do bolso de todos nós. Construção das infra-estruturas necessárias para a qualidade de vida dos cidadãos. Apoio aos mais idosos. Criação de novas oportunidades para os jovens. Criação de novos postos de trabalho.
Desengane-se, portanto, quem pensa que é através das chantagens, das ameaças, do medo criado nas pessoas que dependem, de alguma forma, do poder local, que conseguem a confiança dos cidadãos. É preciso acabar com as mentiras, com as ilusões, com os discursos, as promessas incumpridas, os anúncios e arregaçar as mangas e pôr mãos à obra. Os cidadãos, os matosinhenses merecem isso.
Desengane-se quem acha que as campanhas negras, os insultos, os ataques pessoais e a baixa política serão premiadas pelos cidadãos. Os matosinhenses sabem que este nunca foi, nem nunca será o meu caminho. Eu quero dar esperança no futuro aos matosinhenses. Quero retomar a dinâmica, a capacidade de realização, a construção das obras necessárias, o rigor nas contas.
É assim que se consegue restabelecer as relações afectivas e de confiança entre a Câmara e os munícipes. É assim que, juntos, vamos conseguir retomar o rumo, também, da confiança.

Narciso Miranda
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terça-feira, 23 de junho de 2009

Retomar o rumo do rigor

Sempre o soube, sempre o afirmei e, a cada dia que passa, tenho mais provas disso. Os matosinhenses conhecem-me bem. Conhecem a obra feita, o trabalho desenvolvido e a forma como sempre fiz questão de estar na política. Sabem que sempre coloquei os interesses de Matosinhos e dos matosinhenses acima de quaisquer outros. Sabem que sempre lutei para conseguir para este concelho apenas o melhor.



Foi, aliás, por isso, que sempre balizei a gestão financeira da autarquia por parâmetros de rigor, exigência e seriedade. Comigo, cada euro dos munícipes, tinha de valer um euro. A utilização dos dinheiros públicos foi sempre direccionada para o investimento, o desenvolvimento social, a solidariedade com os mais desfavorecidos, os mais jovens, os mais idosos e as famílias sem emprego e nunca permiti excessos, especialmente, em gastos desnecessários e supérfluos.
Há quatro anos, saí do poder por vontade própria. Porque acreditei que o projecto que tracei, com os cidadãos, iria ter continuidade. Rapidamente percebemos, no entanto, que tal não aconteceria. Nestes últimos quatro anos, assistiu-se a uma verdadeira política de despesismo, com laivos de ostentação, que destruiu a excelente saúde económica e financeira da Câmara de Matosinhos, atolando-a de dívidas, cuja factura, além do presente, terá de ser paga, também, no futuro.
E a grande questão que se coloca é se essa política despesista teve algum reflexo nas obras realizadas e, especialmente, na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Obviamente, não. Os vários empréstimos pedidos pela autarquia tiveram sempre apenas como finalidade suportar despesas correntes. Nestes quatro anos, anunciaram-se projectos, colocaram-se placas, mas quanto a obras, poucas ou nenhumas. Esta é a verdade.
Isto, para além do volume de dinheiro gasto em claras e evidentes acções de propaganda. Em 26 anos em que fui presidente da Câmara, nunca coloquei tantas páginas inteiras nos jornais, gastando dezenas de milhares de euros com textos irrealistas, com a foto do presidente da Câmara. Nunca foram feitas e distribuídas em todas as casas do concelho, tantas revistas, cartas, mensagens e fotografias. Isto tudo com o seu dinheiro, com o dinheiro de todos nós. Ainda a semana passada, os munícipes voltaram a receber nas suas caixas do correio, mais um panfleto, com a foto do presidente da Câmara, a anunciar o metro em S. Mamede de Infesta. Uma obra cuja conclusão só está apontada para daqui a 10 anos. É mais uma acção de propaganda que custou aos bolsos dos matosinhenses mais uns milhares de euros.
É nisto que a autarquia gasta, agora, o dinheiro dos cidadãos. Nisto e em contratos milionários com as mais variadas empresas especializadas em assessoria, marketing e promoção de imagem.
Entende-se. É o desespero de quem vê escapar-se-lhes por entre os dedos um poder não exercido com o rigor e o respeito pelos cidadãos que, sobretudo actualmente, enfrentam tantas dificuldades no seu dia-a-dia. É o desespero de quem, para recuperar o tempo perdido e dar a ilusão de que se faz, coloca no terreno obras mal planeadas, mal programadas, feitas apressadamente, num corrupio de tapa e destapa que inferniza a vida dos cidadãos, que terão, obviamente, uma factura elevada para pagar no futuro.
Vivemos tempos difíceis. O desemprego nunca foi tão significativo em Matosinhos. As famílias vivem angustiadas sem saberem como vão fazer para pagar as contas das coisas mais básicas de qualquer orçamento familiar, nomeadamente a prestação da casa, da creche, dos medicamentos e, muitas das vezes, a própria comida. E é nas dificuldades que os valores do rigor, da justiça, da solidariedade e da ética são mais necessários.
Perderam-se estes quatro anos. Não vou negar que vamos ter uma factura a pagar no futuro e que o próximo presidente da Câmara terá, sem que para tal tenha contribuído, que corrigir os erros cometidos. Mas também sei que é o tempo de retomar o rumo em Matosinhos. Já arregacei as mangas, saí para o terreno, contactei com os cidadãos, conheço os seus problemas e as suas angústias e sei que posso contar com todos os matosinhenses para que, em Outubro, nas próximas eleições autárquicas, digam, claramente, que querem retomar o rumo do rigor, da confiança, da esperança num futuro melhor para todos.

Narciso Miranda
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quinta-feira, 18 de junho de 2009

www.narcisomiranda.com

Sempre fui um homem de terreno, de estar junto das pessoas. Nunca fui um político de gabinete, nem nunca o serei. Prefiro calçar as galochas, arregaçar as mangas e ir para onde me sinto melhor, entre os meus. Sempre foi no meio do povo, dos cidadãos, dos matosinhenses, que me senti bem, porque são eles que me dão força para seguir caminho, porque é a eles que vou buscar a energia e o incentivo para encetar novas lutas. Sempre fui assim e é assim que irei continuar. É fundamental para mim – tal como sempre foi – saber o que os matosinhenses pensam, quais os seus anseios, as suas preocupações, o que esperam de quem lidera os destinos do concelho.



Foi, aliás, por isso, que voltei a apresentar a minha candidatura, agora como independente, à Câmara de Matosinhos. Porque, ao longo destes quatro anos, me recusei a cruzar os braços e a assistir impávido, sentado no sofá, ao que ia acontecendo no concelho. Afastado do poder – o que acabou por me dar, ainda, uma perspectiva mais abrangente – fui ouvindo as mensagens dos cidadãos. E respondi, com a minha candidatura, a um apelo, ao desafio que me lançaram.
Agora, enquanto candidato, preciso, ainda mais, de ouvir, de estar atento, de conhecer tudo o que importa aos cidadãos deste concelho. Para isso, nada melhor, obviamente, que andar nas ruas. Mas, não podia deixar aqui de fazer uma referência ao papel fundamental que têm desempenhado, também, as novas tecnologias. Falo da adesão cada vez maior por parte dos cidadãos, quer ao site www.narcisomiranda.com, quer às redes sociais em que estou presente – Hi5 (mirandanarciso.hi5.com); Facebook (facebook.com/narcisomiranda); MySpace (myspace.com/narcisomiranda); e Twitter (twitter.com/narcisomiranda).
Estes têm-se revelado, na verdade, importantes instrumentos de cidadania. São espaços abertos a todos os cidadãos, onde cada um pode expressar, livremente, as suas opiniões, falar, abertamente, sobre as suas preocupações, os seus receios e debater ideias e encontrar soluções para aqueles que consideram ser os actuais problemas do concelho.
Posso aqui deixar, apenas, alguns números que comprovam, não só a adesão dos cidadãos a estes espaços de intervenção cívica, como a importância de cada um de nós os visitarmos, quer seja para deixarmos, também, a nossa opinião, quer seja para sabermos, de facto, aquilo que os cidadãos da nossa terra pensam. O site www.narcisomiranda.com foi já visitado, desde Fevereiro deste ano, por cerca de 40 mil cidadãos. 40 mil pessoas que tiveram a curiosidade de visitar um espaço onde se fala de Matosinhos, onde Matosinhos é a prioridade, onde os matosinhenses têm voz e sentem que, de facto, são ouvidos. No Hi5, associaram-se, já, a esta causa, 969 amigos; 1263 no Facebook; mais 222 no MySpace. No Twitter, conto, já, com 146 “seguidores”.
Por isso, não me canso nunca de afirmar: este “comboio” já está em andamento e a esta velocidade, já ninguém o consegue parar. São muitos já os que nele entraram e são muitos já os que se recusam a deixá-lo parar. E, se por mais nada fosse que não as estatísticas, de uma coisa tenho, também, certeza: todos os dias este movimento cresce. O movimento que integra todos os cidadãos. Todos aqueles que se preocupam com este concelho e que querem vê-lo, novamente, no lugar de destaque que sempre ocupou e que é seu por direito. Todos aqueles que, comigo, querem retomar o rumo do rigor e da experiência, da credibilidade, da confiança e da esperança.
São estas as mensagens que todos os dias recebo e a que todos os dias faço questão de responder nestes novos instrumentos de comunicação. Mensagens de que Matosinhos não pode parar, de que é preciso voltar o rigor na gestão financeira, de que é preciso voltar a investir em obras, de que é preciso criar emprego, de que é preciso olhar e criar um futuro melhor. Mensagens de apoio e incentivo para que eu siga em frente e conduza Matosinhos, novamente, pelo caminho do progresso e do desenvolvimento.
Mensagens que são, para mim, fundamentais. Porque sei que só com o real apoio de cada um dos matosinhenses, só com o voto de cada um, em Outubro, vamos conseguir a vitória.

Narciso Miranda
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terça-feira, 16 de junho de 2009

Militante do partido de Matosinhos

Oito dias depois das eleições europeias, podemos, já, fazer uma análise mais pragmática, eventualmente mais profunda e menos apaixonada dos resultados conseguidos pelos diferentes partidos políticos. E uma das principais conclusões – senão a mais evidente para todos – é que, de facto, a derrota do PS foi mais pesada do que até as previsões mais pessimistas feitas ao longo dos últimos dias que antecederam as eleições indiciavam.


Atingir um “score” eleitoral abaixo dos 27 por cento é, obviamente, preocupante para o PS. PS que perdeu para todos. Perdeu para a direita (PSD e CDS), perdeu para a esquerda (PCP e BE), perdeu para aqueles – e foram muitos – os que foram votaram em branco e perdeu para os que ficaram em casa, os que acharam que não era útil votar ou que, como forma de protesto, não deveriam votar.
Talvez por tudo isto, não seja de estranhar que, ao longo destes dias, se tenha sentido alguma agitação no interior do PS e se tenham ouvido algumas vozes críticas. Lembro, aqui, apenas três. Desde logo, Manuel Alegre, que afirmou que as europeias “indiciam um voto de protesto e uma vontade de mudança”. Mais contundente, João Cravinho defendeu que “Sócrates sozinho já não chega” e António José Seguro, mais suave, lembrou ser “preciso compreender e ler os resultados com muita humildade”.
Em Matosinhos, a análise – que acaba por trazer algumas curiosidades – deve, igualmente, ser feita com pragmatismo. Sobretudo, se compararmos os resultados com os obtidos nas últimas eleições europeias. E basta, para isso, fazermos algumas contas. Desde logo, ainda que tenha aumentado o número de inscritos (de 133.580 para 144.128), acabaram por votar menos 2353 pessoas que em 2004. O número de votos nulos aumentou em 375 e o número de brancos, em 1264.
No que aos partidos diz respeito, o PS perdeu 11.878 votos relativamente a 2004. Nas anteriores eleições europeias, o PS, em Matosinhos, atingiu um “score” eleitoral de 53,56%. Este ano, ficou-se pelos 35,24%. 12 municípios dos 18 do distrito do Porto atingiram, aliás, votação superior à de Matosinhos, sendo quatro destes do PS: Baião Santo Tirso, Vila do Conde e Lousada.
Já PSD e CDS, juntos, ganharam 3305 votos, o BE ganhou 4042 e a CDU conquistou mais 793 votos.
Perante este quadro, e lembrando o evidente distanciamento entre os cidadãos e a política, torna-se compreensível que as candidaturas independentes estejam a ganhar cada vez mais força no panorama eleitoral. Projectos balizados, essencialmente, por causas, princípios e valores de quem coloca os interesses da sua terra acima de quaisquer outros.
Eu próprio, que também encabeço uma candidatura independente, perante este quadro e o contínuo alheamento dos cidadãos, também em Matosinhos, em relação à política, aos partidos e, sobretudo, aos aparelhos partidários, ganho cada vez mais força em me assumir militante do PARTIDO DE MATOSINHOS. A minha camisola é a de Matosinhos e a minha bandeira vai ser a de Matosinhos.
O partido de Matosinhos é abrangente, tolerante, assume a defesa do património histórico-cultural, da identidade, dos valores e, sobretudo, do capital humano de Matosinhos. Neste movimento cabem todos, mais velhos, mais novos, licenciados e não licenciados, pessoas oriundas de todos os partidos e, particularmente, os descrentes, os desmotivados, os que já não acreditam na política, nos partidos, esse é o eleitorado a ser reconquistado.
Por isso, este é, a partir de agora, o meu partido. Por “Matosinhos Sempre”.

Narciso Miranda
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terça-feira, 9 de junho de 2009

Inverter o rumo

Foi o primeiro dos três actos eleitorais que irão marcar este ano e trouxe consigo, já, várias surpresas. Nas eleições para o Parlamento Europeu deste Domingo, ganhas pelo PSD, o PS perdeu para todos. Esta é uma das principais conclusões a que podemos chegar face aos resultados divulgados. Todos os partidos políticos apareceram, na noite das eleições, com uma mensagem de profunda satisfação, de alegria, festejando os resultados obtidos, excepto o PS. Um sinal dado pelos portugueses, que é urgente avaliar e é fundamental ser levado em consideração na preparação dos actos eleitorais que se seguem. Sempre defendi que quem exerce o poder, seja a que nível for, deve estar bem atento às mensagens que os cidadãos vão transmitindo. Cá está a prova.



Com uma vitória clara nestas eleições – a lista encabeçada por Paulo Rangel conseguiu 31,6% dos votos e eleger oito eurodeputados – o PSD é, assim, o inquestionável vencedor deste acto eleitoral. Mas não podemos esquecer, igualmente, e numa avaliação um pouco mais à direita, o resultado surpreendente do CDS. Nenhuma sondagem apontava nesse sentido. E razão tinham os dirigentes do partido quando iam dizendo que o que contava era o dia das eleições e que, já no passado, as sondagens se tinham enganado. Como voltaram a enganar-se.
Surpreendente foi também o voto à esquerda, com a subida eleitoral do Bloco de Esquerda e, particularmente, o somatório da percentagem dos votos atingida pelo PC e pelo BE. Afinal, e contrariamente à mensagem que se transmitiu de que o PS perderia apenas para a esquerda, que tinha ocupado todo o espaço do centro direita, isso não se confirmou. O PS perdeu, inequivocamente para a sua esquerda, mas, também, e muito, para a sua direita.
Nada pode ficar, portanto, como dantes. Esta é a principal conclusão a que, sobretudo o PS, tem de chegar face a estes resultados. O próximo “desafio” serão as eleições legislativas. E, se o PS quiser ganhá-las – sim, apenas ganhar, porque a maioria absoluta já está fora de causa há muito tempo – terá, obviamente, que alterar a linha de rumo que vem sendo seguida e ler atentamente a mensagem que este acto eleitoral lhes transmitiu.
Até porque, e uma vez mais, a abstenção acabou por marcar a consulta popular e ser a confirmação inequívoca do alheamento das pessoas relativamente a estes processos. Ainda que há cinco anos tenha acontecido exactamente a mesma coisa, o elevado número de cidadãos que não votam não pode deixar de ser preocupante e devidamente analisado. Vários estudos e estudiosos da matéria têm afirmado que os cidadãos estão afastados da política. Vão mesmo mais longe e falam em “divórcio” entre os portugueses e a política.
Eu compreendo. Eu próprio, que militei activamente, fui dirigente a vários níveis sinto, hoje, uma enorme frustração e com alguma angústia reconheço que o problema reside em alguns militantes que alimentam os aparelhos e o fazem sempre numa perspectiva da conquista do poder ou do lugar.
Há que inverter este rumo. Os cidadãos estão cansados das politiquices que em nada resolvem os seus reais problemas. Temos pela frente, ainda, dois actos eleitorais. E, de uma coisa tenho a certeza: sairá vencedor quem se concentrar nos cidadãos, quem vestir a camisola dos cidadãos por cima de qualquer outra, quem fizer campanha pela positiva e quem falar verdade. Quem não o fizer receberá o “cartão vermelho” que os cidadãos já demonstraram terem bem à mão.

Narciso Miranda
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quinta-feira, 4 de junho de 2009

As Eleições e os eleitores

Acentua-se a preocupação quanto à previsível percentagem de abstenções no acto eleitoral do próximo Domingo. As campanhas de sensibilização dos eleitores, promovidas por órgãos institucionais, indiciam isso mesmo.
É verdade que, “prognósticos só no fim do jogo”, mas, a avaliar pelas múltiplas sondagens publicadas, pelos desabafos de parte significativa da população quanto a intenções de voto, o número de abstenções poderá superar os piores registos dos últimos anos. É um panorama desolador a justificar profunda reflexão por parte dos agentes políticos deste País.



Não posso evidentemente deixar de apelar à participação de todos, numa iniciativa tão importante e de tamanha dimensão social, como inegavelmente o é um acto eleitoral, qualquer que seja a o âmbito em que se enquadre.
Este, pela sua própria natureza, excede os limites geográficos da nação. A importância de que se reveste tem dimensão europeia! É a selecção daqueles que a nosso ver, melhor poderão fazer valer os nossos direitos no Parlamento Europeu.
E, quais serão as causas próximas de tão profundo alheamento dos cidadãos face a um causa que devia antes ser galvanizadora e mobilizadora?
Não tenho – nem podia ter – a veleidade de identificar com precisão cirúrgica as reais causas do progressivo afastamento de cada vez mais amplas camadas da população em actos eleitorais - em particular - e, na vida pública - em geral.
Uma coisa é certa – e creio que comigo nesta análise estão muitos portugueses – são, muitas vezes, os políticos, com as suas tomadas de posição irreflectidas ou atitudes políticas desajustadas dos interesses que servem (ou deviam servir) que contribuem de forma decisiva para que o isolamento entre a política, os políticos e a “sociedade civil”.
Exemplo disso é a forma leviana e ligeira como a Câmara Municipal de Matosinhos, na sequência de uma inspecção ordinária feita pela IGAL (Inspecção Geral da Administração Local ) reagiu a um relatório que a acusa, junto do Ministério Público, de terem sido “pagos 23 mil euros a mais a adjuntos do presidente”, despesas que a IGAL considera nulas, indevidas e ilegais.
Claro que, tal relatório, não constitui uma constatação de facto. Resulta, como disse da conclusão de uma inspecção ordinária, logo a não reflectir o resultado de investigações tidas como imprescindíveis para o apuramento cabal dos factos – que podem até estar contidos nas fronteiras legalmente estabelecidas.
Só que – e é aqui que reside a parte danosa da questão – a opinião pública atingida por esta forma displicente de gerir os dinheiros públicos, regista para memória (e comportamento) futuro aquilo que os seus olhos lêem e, os seus ouvidos ouvem. É que – lá está – à mulher de César, não basta ser séria; tem também de parecer que o é!
As eleições europeias aí estão. Não vou ao ponto de afirmar que, no nosso concelho, a afluência às urnas seja influenciada negativamente por tais notícias vindas a público.
Inegável é que contribuem para esvaziar o sentido nobre que a política encerra.
É sim, mais uma gota para encher a taça do alheamento colectivo.
E, nesta, como em todas as outras taças, fica por saber se, para transbordá-la foi a primeira gota – que já lá estava, ou a última – que, este caso lhe acrescentou!

Narciso Miranda
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quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Senhor de Matosinhos, os gastos e os matosinhenses

Talvez, nos dias de hoje, sejam poucos os portugueses que não ouviram falar da Romaria do Senhor de Matosinhos.
Nesta terra de mar e de homens do mar, a parte sacra da festa é intensamente vivida e devotamente sentida não só pela classe piscatória. As cerimónias religiosas que integram o programa são – desde sempre – acolhidas com extrema devoção e profundo respeito.
Porque as soluções para os problemas terrenos, podem muito bem - para quem tem fé passar pelos desígnios divinos.



Romeiros uns, visitantes outros, muitos milhares são os que nesta quadra nos visitam. E a parte profana das festividades, igualmente concorrida e participada, justificam a vinda.
Matosinhos, a todos acolhe com igual hospitalidade. As nossas gentes, simples, laboriosas e honestas esmeram-se na recepção. A gastronomia matosinhense – um dos pontos fortes da comunidade, apreciada por todos quantos têm o privilégio de a conhecer (e provar) dão especial contributo para a grandiosidade do certame. Infelizmente nem todos podem dele usufruir.
Carências de toda a ordem – incluindo a alimentar – marcam o dia a dia de muitas famílias. O desemprego, as baixas pensões de reforma, o alto custo dos medicamentos, excluem positivamente quem por tais flagelos é atingido. Jovens e idosos – as faixas etárias mais vulneráveis – sentem continuamente adiada a perspectiva de dias melhores.
Já escrevi que as festas este ano começaram mal. O acidente que provocou oito feridos, fomentou uma onda de choque nas pessoas e quase “estragou” a festa.
Mesmo assim milhares e milhares de pessoas quiseram vir a Matosinhos e ao Senhor de Matosinhos.
Fiquei triste quando vi hoje no Jornal de Notícias afirmações populares que deixam algumas preocupações. “Tínhamos as melhores festas do país …”
Está “muito morta em comparação com toda a festa”, “perdeu a tradição” e “está muito mais pobre. Quando eu era mais nova, a festa era no Jardim perto da Câmara e era uma alegria”. Estas são algumas expressões utilizadas por populares quando abordados pelo jornalista.
É evidente para mim que é necessário reflectir profundamente sobre o sentimento popular que vai contaminando como uma mancha de óleo.
Neste fim de semana, o mesmo Jornal de Notícias dedica duas das suas páginas aos resultados de uma inspecção à Câmara. As afirmações que parece constarem no relatório desta investigação / inspecção são demasiado preocupantes.
Quando o cidadão lê que se “gastaram, indevida e ilegalmente, cerca de 22.000 Euros”, fica a questionar-se sobre o rigor da gestão dos dinheiros públicos.
De facto, mesmo sabendo que são apenas opiniões inspectivas, face à crise que enfrentamos, ao crescente desemprego, à pobreza e à exclusão social, é preocupante lermos estas notícias. É que a responsabilidade, experiência, confiança e rigor são factores decisivos para a gestão municipal e para o futuro de Matosinhos e dos Matosinhenses.

Narciso Miranda
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