Matosinhos está a revelar-se um verdadeiro centro de formação de aprendizes de censores. São pequenos deuses caseiros, que imbuídos de uma pequena parcela de poder se julgam capazes de impor as suas leis e julgar os outros.
E, enquanto espartilham em vielas estreitas e sem saída quem pensa por si mesmo, abrem avenidas largas e de assinalável fluidez para quem pensa - e escreve - a reboque de interesses instalados. E é com o sentimento próprio de quem acelerando para além dos limites, sente que a B.T. conhecendo-o o não lhe aplica as multas nem regista as graves contra - ordenações que a sua conduta justificaria, que estes “aceleras” andam por aí “sempre a abrir”.
Seria impossível que não fossem detectadas atitudes censórias, cortes cirúrgicos em crónicas de opinião assinadas por cidadãos livres e independentes. E, que escrevem no exercício de um direito que todos os partidos políticos prezam. E, que - alguns mais que outros, sendo até que alguns nem existiam, ou se existiam era em regime de comunhão de bens - se bateram no passado.
Deixemos porém as metáforas, e partamos para os factos. Concretos e objectivos. Precisos e fundamentados, porque verdadeiros. E válidos, porque actualizados.
As próximas eleições para a concelhia PS de Matosinhos retiram a alguns interessados no desfecho o sentido da justiça e a capacidade de raciocinar com clareza. Para não dizer, o sentido do ridículo.
Como assim?
Pois bem. Nos dias que antecederam o convívio de cidadãos unidos em torno de uma candidatura - no caso vertente, o do candidato Alexandre Lopes - algumas mensagens intimidatórias e ofensivas, foram recebidas em telemóveis de algumas pessoas potencialmente capazes ou mesmo “suspeitas” de poder estar presentes na cerimónia - na circunstância, um pacífico jantar.
E o que diziam os “mensageiros”? Aqui vão algumas pérolas:
“Se fores ao jantar do teu amigo Alexandre Lopes vais comer areia da praia a partir de amanhã...”.
Eu traduzo: se fores ao jantar desse gajo vais ser despedido do teu emprego.
Mas, atentem agora noutra:
“Se fores ao jantar do teu amigo Alexandre Lopes, estás f...”.
Esta, nem precisa de tradução, tão clara e conclusivo é o seu conteúdo. E tão manifesta e firme é a intenção anunciada.
Escusado será dizer que estas mensagens não identificavam os seus “corajosos” autores.
Aí está a cobardia hipócrita no seu estado mais repelente, mais sujo, mais execrável: o anonimato.
Nem interessa identificá-los. Claro que estas provocações não podem, nem devem ser isoladamente avaliadas. Estas atitudes pidescas e asquerosas revelam bem em que mãos se encontram as candidaturas alternativas à liderança socialista nesta terra de gente trabalhadora, séria, honesta e respeitadora.
Dela, desta verdadeira ofensiva ao direito de reunião dos cidadãos fazem parte outros números protagonizados por pseudo colunistas sem eira nem beira, órfãos de bom senso, viúvos de esperança num cargo público, solteiros de protagonismo que nunca tiveram!
E escrevem, escrevem, “argumentam”, provocam, insinuam, insultam, clamam. Procuram, com o beneplácito dos directores dos órgãos de comunicação onde são acolhidos, condicionar atitudes e congelar intenções.
Paralelamente, os mesmos que aceitando publicar ódios pessoais e falácias conjunturais promovem a intriga, os mesmos, dizia, censuram, amputam e, subvertendo análises e desmotivando colunistas sensatos e objectivos, fazem coro com estes pacóvios cuja visão política e perspectiva social se limita à paróquia que no seu seio os vai mantendo.
No caso presente, a paróquia de Matosinhos.
Mas, ainda não terminou o jantar, meus senhores.
Também eu, quero aqui publicamente dizê-lo, estive presente. Claro que eu sou fiel ao princípio “ a casamentos e baptizados, não vás sem ser convidado”. E por extensão a jantares.
Pois bem, fui convidado pelo anfitrião - o meu amigo e camarada Alexandre. Porque, o argumento que utilizou era imbatível: a minha presença era para ele gratificante. Pois se para ti é gratificante - exclamei - para mim é honrosa!
E fui. E tive o prazer de, no discurso que tive ensejo de proferir assinalar a importância do acontecimento. E a oportunidade da candidatura.
Porque, sendo um verdadeiro socialista, sou um homem livre! E, não existe aqui nenhuma contradição, já que “socialismo” é isso mesmo: liberdade de pensar e agir pela própria cabeça., Sem condicionalismos. Nem constrangimentos. O ambiente era de esperança, firmeza e solidariedade. E tive a sensação de que muitos que vi sentados à mesma mesa - pessoas boas e simples eram afinal “condenados”. Por SMS. Pelos mensageiros do poder.
Em tempo:
As SMS que refiro existiram mesmo. Tenho-as gravadas no meu telemóvel já que pedi - e obtive - de muitos dos visados o seu reencaminhamento. E, embora anónimas, as suas origens pode ser identificadas. Em tempo real...
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