Não, caro leitor! Não é (por enquanto) motivo para alarme.
Matosinhos continua em terra firme, o Concelho não se situa sobre placas tectónicas problemáticas, nem a cidade está ser fustigada por tornados, tufões ou tsunamis, nem é previsível que venha a sê-lo, pelo menos durante a nossa e as próximas gerações.
Quando digo que Matosinhos vai a pique refiro-me à progressiva perda de influência política e social, traduzida na drástica degradação da Qualidade de Vida dos matosinhenses.
É um processo lento e depressivo, cujos sintomas se não declaram de forma abrupta e não são de diagnóstico imediato. É como se fosse um daqueles males que nem se sentem, não causam dor nem irritação, mas de que muitas pessoas padecem.
E só quando, em consultas de rotina, o médico prescreve algumas análises se fica a saber que o colesterol está elevado, os triglicéridos acusam índices de perigosidade a ter em conta, ou a tensão arterial se encontra acima ou abaixo dos valores recomendáveis. E que temos de corrigir hábitos, procedimentos e comportamentos...
E, apesar de para o médico serem evidentes estes sinais, para nós, para a maioria de nós, tudo era harmonia e equilíbrio. Tudo estava em ordem. Nada nos doía, nada nos afligia. Apesar de, poder acontecer que o mal, a doença, a tendência estejam cá dentro e vivam connosco.
Acontece com Matosinhos e com os matosinhenses algo de parecido.
A manifesta perda de visibilidade externa vai minando potencialidades, comprometendo aspirações e condicionando investimentos.
Ministros e outras figuras de proeminência nacional, incluindo o próprio Presidente da República, em missões oficiais, visitam-nos e a generalidade da imprensa ignora-os.
Ninguém sente, ninguém parece preocupar-se, ninguém diagnostica neste "esquecimento" um elevado "colesterol autárquico", uma perigosa queda de tensão, uma necessidade de análises mais ou menos complexas e inadiáveis.
E, no entanto, no que respeita à Qualidade de Vida da população - ao fim e ao cabo o objectivo máximo da acção dos responsáveis autárquicos - os sinais evidenciam uma realidade que nenhum truque oratório consegue escamotear.
De acordo com recentes estudos, levados a cabo por entidades credíveis e responsáveis, Matosinhos ocupa um vergonhoso vigésimo quarto lugar num universo de pouco mais de duas centenas dos municípios portugueses.
E os parâmetros de classificação são bem simples, de avaliação directa e inquestionável autenticidade: taxa de emprego, centros de saúde, número de licenças de habitabilidade, investimento público, esperança e perspectiva de futuro para os jovens...
As causas?
Pois bem, se aceitarmos que o desenvolvimento e o progresso de uma terra, de uma região, de um sistema resultam da acção política de quem politicamente lidera a causa pública, então temos de admitir fracassos e incapacidades de toda a ordem.
Fracassos e incapacidades colectivas é certo, mas com diferentes graus de culpabilidade a assacar. O apagamento da capacidade reivindicativa da autarquia perante o poder central, a dispensa pura e simples da expe-riência, o desprezo por um passado de vigorosa ascensão social são hoje a imagem de marca de uma equipa que, afastando cidadãos, compromete o partido que juraram servir: o PS.
E, no entanto, destroem-no!
Matosinhos continua em terra firme, o Concelho não se situa sobre placas tectónicas problemáticas, nem a cidade está ser fustigada por tornados, tufões ou tsunamis, nem é previsível que venha a sê-lo, pelo menos durante a nossa e as próximas gerações.
Quando digo que Matosinhos vai a pique refiro-me à progressiva perda de influência política e social, traduzida na drástica degradação da Qualidade de Vida dos matosinhenses.
É um processo lento e depressivo, cujos sintomas se não declaram de forma abrupta e não são de diagnóstico imediato. É como se fosse um daqueles males que nem se sentem, não causam dor nem irritação, mas de que muitas pessoas padecem.
E só quando, em consultas de rotina, o médico prescreve algumas análises se fica a saber que o colesterol está elevado, os triglicéridos acusam índices de perigosidade a ter em conta, ou a tensão arterial se encontra acima ou abaixo dos valores recomendáveis. E que temos de corrigir hábitos, procedimentos e comportamentos...
E, apesar de para o médico serem evidentes estes sinais, para nós, para a maioria de nós, tudo era harmonia e equilíbrio. Tudo estava em ordem. Nada nos doía, nada nos afligia. Apesar de, poder acontecer que o mal, a doença, a tendência estejam cá dentro e vivam connosco.
Acontece com Matosinhos e com os matosinhenses algo de parecido.
A manifesta perda de visibilidade externa vai minando potencialidades, comprometendo aspirações e condicionando investimentos.
Ministros e outras figuras de proeminência nacional, incluindo o próprio Presidente da República, em missões oficiais, visitam-nos e a generalidade da imprensa ignora-os.
Ninguém sente, ninguém parece preocupar-se, ninguém diagnostica neste "esquecimento" um elevado "colesterol autárquico", uma perigosa queda de tensão, uma necessidade de análises mais ou menos complexas e inadiáveis.
E, no entanto, no que respeita à Qualidade de Vida da população - ao fim e ao cabo o objectivo máximo da acção dos responsáveis autárquicos - os sinais evidenciam uma realidade que nenhum truque oratório consegue escamotear.
De acordo com recentes estudos, levados a cabo por entidades credíveis e responsáveis, Matosinhos ocupa um vergonhoso vigésimo quarto lugar num universo de pouco mais de duas centenas dos municípios portugueses.
E os parâmetros de classificação são bem simples, de avaliação directa e inquestionável autenticidade: taxa de emprego, centros de saúde, número de licenças de habitabilidade, investimento público, esperança e perspectiva de futuro para os jovens...
As causas?
Pois bem, se aceitarmos que o desenvolvimento e o progresso de uma terra, de uma região, de um sistema resultam da acção política de quem politicamente lidera a causa pública, então temos de admitir fracassos e incapacidades de toda a ordem.
Fracassos e incapacidades colectivas é certo, mas com diferentes graus de culpabilidade a assacar. O apagamento da capacidade reivindicativa da autarquia perante o poder central, a dispensa pura e simples da expe-riência, o desprezo por um passado de vigorosa ascensão social são hoje a imagem de marca de uma equipa que, afastando cidadãos, compromete o partido que juraram servir: o PS.
E, no entanto, destroem-no!
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