Por vezes é necessário muito tempo para reconhecer o óbvio. Por mim, entendo que é mais fácil lutar por princípios do que viver de acordo com eles. Ainda que tenha como certo que para todas as acções políticas que se considerem, existem outras iguais e de sentido oposto...
E aquilo que me proponho fazer por Matosinhos com os cidadãos não difere daquilo que me proporia fazer pelos matosinhenses com os socialistas.
Porque, estou certo, uns e outros querem para todos nós um futuro melhor, uma vida estável e sem sobressaltos, segurança nas ruas e nas casas. Em algumas palavras e recuperando uma “velha” reivindicação dos primórdios da revolução: Paz, Pão, Terra, Liberdade, Democracia e Independência.
Que fique claro. Nunca me passou pela cabeça opor-me ao partido que, durante três décadas, servi com afinco dedicação e entusiasmo. Nem ao partido no seu todo, nem a quem localmente o representa!
Vi (e tive oportunidade de o sentir) que servindo a comunidade que sucessivamente em mim confiou, cumpria o programa que os fundadores tinham em mente quando criaram o partido socialista.
E, se desta vez personifico uma campanha à margem do centralismo partidário ou do aparelho de estado, tal não significa que me afaste daquilo que é o sentir dos verdadeiros socialistas, e muito menos da base eleitoral que sustenta o actual governo.
Porque há no seu seio muita energia, muita capacidade, muita honra, muita dignidade.
Mas o que fazer quando toda a gente verifica que são mais limitados os direitos dos trabalhadores, que o emprego está mais precário, que congelaram vencimentos, diminuíram salários reais, elevaram o índice de desemprego, aumentaram o tempo de trabalho, baixaram comparticipações em actos médicos e em medicamentos aos mais idosos, baixaram os valores das reformas, dos subsídios de desemprego, aumentaram os impostos, as taxas moderadoras, as propinas, os combustíveis, os transportes, as rendas de casa, aumentaram o fosso entre ricos e pobres, permitiram que a fome se instalasse em muitas famílias. E em Matosinhos tudo isto é absolutamente evidente.
Extenso o rol? Muito mais haveria para enumerar e qualquer pessoa, enquanto lê, de outras se lembrará sem grande esforço de memória.
Eis aqui, em síntese, a verdadeira mola que me impele a regressar à política activa e participativa: ajudar o povo, ajudar o País a tornear a crise que a conjuntura internacional agiganta. E que a inépcia alimenta!...
Esclareço que nem entendo que tantos problemas só tenham solução fora do PS, nem tenho a veleidade de os resolver plenamente. Estou apenas disponível para defender os valores, os princípios e as causas do PS que estão a ser subvertidas. Já o disse Mário Soares com o aviso “meus caros socialistas quem avisa amigo é”.
O que sei, o que sinto, é que se trata de um projecto mobilizador. Na prática trata-se apenas de retomar um projecto de sucesso interrompido há 3 anos...
E, pelos sinais que a todo o momento pela sociedade civil me são dados, estão para tanto reunidas todas as condições.
Ainda que, como é o caso, um socialista de alma e coração, tenha de correr por fora do partido socialista!...Por Matosinhos e pelos Matosinhenses.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Porque sou candidato independente
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5 comentários:
Por mim desde que seja para mudar esta porcaria que cá ficou tudo bem!
espero que as lições estejam bem sabidas.
É para dar cabo dos tachos do GP! Força.
Que tristeza de texto! É só isto que tem a dizer um putativo candidato à Câmara? E onde estão as propostas? Afinal de contas é só letra..."Ajudar o povo", diz ele. Bonito. Isso também diziam as "madames" fascistas do Movimento Nacional Feminino. E deu no que deu. Não há pachorra para aturar tanto engano e hipocrisia.
Mais um que depende do Guilherme Pinto para ganhar o seu.
Levanta a cabeça e sê tu próprio!
Mas desta vez vai mudar ou depois de ganhar vai voltar aos seus amigos do Partido e regressar em braços ao PS?
Tenha juízo lembre-se do alheamento a que os boys, muitos por si favorecidos, o votaram.
Reuna-se de amigos, de pessoas humildes e de visão.
Prepare o futuro e não caia nos erros de se julgar importante pelo cargo que desempenha.
Boa sorte.
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