Não há nada de novo debaixo do sol que continua a não deixar que o olhemos de frente. E, nestes dias de canícula, nem de costas...
Antes, Sócrates, líder da oposição pediu aos eleitores que o comparassem com Santana Lopes e com os seus objectivos. Ganhou!
No futuro, Manuela Ferreira Leite, líder da oposição, poderá pedir que a comparem com Sócrates e com os seus resultados. Ganhará?
Aí está uma questão, cujas respostas, as sondagens pretendem antecipar.
Não valerá muito a pena debruçarmo-nos sobre as margens que, empresas diferenciadas e com diferentes currículos vêm divulgando: pequenas subidas, pequenas descidas, estabilidades tremidas, vitórias (e derrotas) tangenciais. Conclusão definitiva, a meu ver, há só uma: o PS não repetirá a maioria absoluta, mas ganhará as próximas eleições.
Já, por mais de uma vez, estes “avisos” têm chegado à primeira linha da direcção socialista. Cidadãos, cuja autoridade política e social são indiscutíveis, verdadeiros amigos da causa socialista, cada qual a seu tempo, vêm provando a insustentabilidade da nave socialista na rota governativa que vem seguindo. São muitos. Cito apenas, para não ferir susceptibilidades, os históricos Mário Soares e Manuel Alegre.
Apesar de tudo, creio que o colapso socialista no próximo acto eleitoral não terá uma magnitude catastrófica. Não porque me pareça o aparelho socialista capaz de alguma correcção, que em muitos casos se traduziria em inversão nalguma das reformas mais firmemente contestadas.
Mas, por uma outra razão, que nem será lisonjeira para quem se vem opondo, sem sucesso, a este contínuo resvalar para a crise em que estamos mergulhados: a oposição não revela “pulmão” para ir à luta com firmeza, determinação e objectividade.
Entendo que poderá assentar nesta verdade alguma contenção do eleitorado tradicional. E, nesta medida, uma vitória surge aos olhos de todos como corolário lógico da acção governativa.
Porque digo isto? Atente-se neste exemplo.
A líder do principal partido da oposição diz que o governo já baixou os braços e desistiu de enfrentar a crise: constatação impiedosa.
Nestas condições, o que oferece a oposição, por ela representada, aos portugueses?
Soluções práticas e de imediata (ou mesmo futura) aplicação?
Estudos credíveis para acudir a esta hemorragia que é a progressiva degradação das condições de vida dos portugueses?
Programas de acção sustentados, planos de recuperação que integrem a participação de agentes económicos e de produção nos sectores nevrálgicos da sociedade?
Nada disso.
À oposição não compete - segundo a própria - apresentar alternativas.
A oposição existe - pasme-se - para fiscalizar a acção do executivo!
FISCALIZAR é tudo quanto o PSD pode assegurar ao povo português.
É caso para dizer a José Sócrates: não se preocupe com os seus inimigos; tenha cuidado mas é com os amigos.
Por este andar, conseguirão desacreditá-lo!
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Resta-lhe fiscalizar!...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Ok.
E agora qual é a solução? O que vai fazer?
Como vamos fazer para enfrentar um futuro que cada vez se apresenta como mais negro?
A meu ver há 3 situações, embora diferenciadas, em 2009:
1ª) Eleições Europeias - primeiro voto de castigo, mas como a abstenção GANHARÁ, o elitorado vai guardar para MAIS TARDE...
2ª) Autárquicas - vai ser o desastre, pelo menos no distrito do Porto.( 2º Voto de Castigo)
3ª) Legislativas - O CASTIGO FINAL... Vai ser um Salve-se quem puder - Talvez o PS!! se olhar à ESQUERDA...
A fiscalizar esses gajos não vão longe!!
Está tudo amorfo no país e no concelho.
A oposição, o actual poder camarário, a assembleia municipal, etc...
A mudança é imprescindível. Que saudades do Norte com a sua voz firme que garantia a defesa dos nossos direitos sem andar a fazer favores a nenhum governo.
E O NORTE TINHA VOZ
com a insistencia e a diplomacia
que narciso de miranda tinha O NORTE era atendido nos pedidos que eram feitos pelo homem forte que era e que é o senhor de matosinhos (força narciso nós estamos cá para te ajudar na luta dificil de lutar contra o aparelho mas nós somos muitos .
alberto fernandes
Enviar um comentário