domingo, 28 de setembro de 2008

Entrada de Leão...

Muita gente, muito entusiasmo, muita participação e muita conversa: foi assim o comício socialista em Guimarães.
Estamos apenas no início: a procissão ainda nem saíu do adro: a contagem decrescente, começou agora.
Optaram os dirigentes socialistas por Guimarães, para o arranque da campanha. Boa escolha, tudo correu bem.
Como a crise não rende votos, evitar referências à sua existência é sempre uma boa táctica.
Ignorando, os aspectos menos positivos e escondendo os temas mais polémicos, é o normal procedimento dos políticos e dos governantes.
Com esta estratégia instalada ao mais alto nível, a eloquência de Sócrates parece capaz de induzir os seus seguidores a argumentar contra soluções alternativas a um governo que dê continuidade a esta política. Isto, em teoria. Mas, como se sabe, na prática a teoria, nem sempre se aplica...
Dito de maneira diferente: falta saber se os portugueses, escaldados por tantos agravos sofridos na legislatura em curso, estarão na disposição de confiar o seu voto a uma equipa que, a muitos portugueses, não deixará as melhores recordações!...
É verdade que, se atentarmos na disposição das forças em confronto, facilmente constatamos que o PS ocupa, no presente, a melhor posição no terreno de batalha.
Possui as melhores estruturas, exibe a melhor propaganda, tem as posições defensivas consolidadas, e as ofensivas prontas e galvanizadas.
Desenha-se assim um quadro de vitória antecipada? Não.
A oposição já vem dizendo que o PS "cerca" e imobiliza as populações. E diz mais: que as "anestesia" com o recurso estratégico da nomeação do sucesso parcial em algumas das reformas: exactamente as que não têm sido determinantes no cola-
pso que abalou as suas vidas. Entende-se: cabe ao PSD sublinhar que o terreno está minado. Guerrilha? Sim, começou a pré-campanha eleitoral.
A guerrilha ganha-se nos pequenos espaços, porta a porta, palavra a palavra.
Claro que a população não trocará o certo pelo incerto, a menos que lhe seja demonstrado - e, não se vê por quem - que é absolutamente necessário corrigir o rumo.
Apostar em mudança numa altura de crise, talvez seja um passo mal dado - pensarão os dirigentes da oposição. Será assim?
Tenho dúvidas. Não me parece que o PSD esteja, neste momento, disposto a abdicar de sonhos de grandeza; não me parece que o Partido queira - ou possa - apostar numa estratégia de longo prazo, embora só assim se ganhe uma guerra de guerrilha.
A reconquista da maioria implica algumas inflexões, por parte do governo PS, que os próximos tempos ou confirmam ou desmentem.
Para que nas urnas, no momento certo, o povo não tenha boas razões para cantar:
"Para melhor, está bem, está bem,
Para pior já basta assim".

1 comentário:

Anónimo disse...

MEU CARO AMIGO PRESIDENTE.
O PS TEM OS MELHORES QUADROS, O QUE NÃO ESTÁ A SABER UTILIZALOS E NÃO SABE O QUE FAZER Á VIDA, QUANDO JÁ SABE QUE UM DOS MELHORES VAI SAIR PARA SER INDEPENDENTEE QUE VAI GANHAR .

ALBERTO FERNANDES