quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Nova época, nova esperança.

Na política, podemos dizer que começa agora a nova época.
Será altura, de olharmos para o passado, com saudade?
Tenho de concordar que a “última época”, não foi de facto muito boa para a generalidade dos portugueses.
Aumentou o custo de vida, e diminuiu a capacidade aquisitiva. Incrementaram-se os níveis de endividamento do Estado e das famílias, apro ximando algumas da insolvência. Aumentou o desemprego e não foram criadas novas empresas geradoras de trabalho. Estagnou a economia. Não se equilibraram as contas públicas e continuou a hipnose dos projectos megalómanos. Não melhoramos o ambiente e acentuou-se o descrédito da Justiça.
Panorama desmobilizador, tendo em conta desafios que a nova época nos trará?
Estou em crer que, sendo já visíveis no horizonte sinais de que, com as eleições muito pode vir a mudar - principalmente a nível autárquico - talvez haja razões para alguma dose de optimismo.
Vendo a coisa positivamente, significa isto que temos uma boa “margem de progressão” face ao que tem sido os últimos tempos. Há, pois, que ser optimistas e cientes de que o futuro somos nós que o construímos. Com o nosso esforço, com a nossa participação cívica.
Recordo o sempre citado pensamento de Ward: “o pessimista queixa-se do vento; o optimista espera que ele muda; o realista ajusta as velas”.
Por natureza, integro dois dos grupos: o “optimista” e o que “ajusta as velas”.
Ajustar as velas aos bons ventos: eis a forma como procuro navegar.
Zarpei já; navegarei a todo o pano com a convicção de que dobrarei os ventos e as marés que não convenham.
Para que sejam os matosinhenses a vencer a regata do desenvolvimento e do progresso interrompida pelas ondas alterosas.
Ainda que para conseguir a almejada vitória, tenha - como é o caso - de navegar por fora da estrutura política que sempre servi, e que inegavelmente ajudei a consolidar: o PS.
Faço-o numa altura, em que o chefe do governo tenta travar a delapidação do capital de confiança, granjeado nas últimas eleições legislativas.
As últimas sondagens, divulgadas por órgãos de comunicação social da conceituada empresa Eurosondagem, confirmam a tendência dos últimos meses: O PS a afastar-se cada vez mais da maioria absoluta, o PSD timidamente a subir e os partidos à esquerda do PS a consolidarem um resultado não atingido há mais de vinte anos.
Como socialista convicto, custa-me encarar esta realidade. É que tenho a consciência de que fui um dos pilares deste PS e da maioria que nos governa.
Porque a maioria que nos governa consubstanciava um projecto político em que acreditei. Em que muitos acreditamos.
Mas que tenho cada vez mais dificuldades em entender algumas medidas.
Talvez por isso compreendo bem a tendência das sondagens.

5 comentários:

Anónimo disse...

Gostei do "pensamento de Ward."
Mas quem anda a ensinar este gajo a ver as coisas mais além do que a sua vista alcança?

Anónimo disse...

MEU CARO PRESIDENTE NARCISO,vou aqui fazer também uma referência a um grande homem que muito admiro ,o DR.Fernando Nobre Presidente da AMI."O Realista remete-se unicamente a tentar gerir o "mal" que está presente na nossa sociedade sem inovar ,o utópico é aquele que inova e vai mais além, com isso trazendo novas transformações e melhoria na nossa sociedade."Com isto quero referir que o verdadeiro socialismo é "trabalhar em prol das pessoas"e é sempre possivel de realizar por cada um de nós,se não for dentro do Partido Socialista é num movimento independente "SOCIALISTA", por essa razão e por essa convicção é que NARCISO MIRANDA-MATOSINHOS SEMPRE ,poderá contar com o meu contributo de cidadania.
ASS: MIGUEL (SRª DA HORA)

Anónimo disse...

a sigla matosinhos sempre, só pode ser usada por quem ama a terra que adotou para ser a sua segunda terra e que deu muito de si e vai continuar a dar força narciso miranda


ALBERTO FERNANDES

Anónimo disse...

Última Página

Vou deixar este livro. Adeus.
Aqui morei nas ruas infinitas.
Adeus meu bairro página branca
onde morri onde nasci algumas vezes.

Adeus palavras comboios
adeus navio. De ti povo
não me despeço. Vou contigo.
Adeus meu bairro versos ventos.

Não voltarei a Nambuangongo
onde tu meu amor não viste nada. Adeus
camaradas dos campos de batalha.
Parto sem ti Pedro Soldado.

Tu Rapariga do País de Abril
tu vens comigo. Não te esqueças
da primavera. Vamos soltar
a primavera no País de Abril.

Livro: meu suor meu sangue
aqui te deixo no cimo da pátria
Meto a viola debaixo do braço
e viro a página. Adeus.

(Manuel Alegre)

Matosinhos sempre.

Anónimo disse...

vamos ao trabalho. isto está tudo parado