É um dos mais recentes desenvolvimentos internos da crise financeira internacional.
O ministro da economia, Manuel Pinho, perante uma plateia de empresários acaba de anunciar que o mundo da prosperidade finou!
E disse mais. Que ele, já sabia que ia ser assim!
Citando o profeta proclamou que “... o facto de se exportar mais para a Suíça do que para a China, bem como a alta do preço do petróleo, dava a entender que vinha aí a actual crise financeira...”.
Tiradas deste tipo, induzem a argumentar contra a forma de agir do governo que parece orientar-se por previsões, e não por necessidades e possibilidades reais.
Há precisamente um ano, por alturas da apresentação do OE para 2008, o ministro da Economia personificava o optimismo. O governo afirmava que Portugal, em matéria de finanças “vendia” saúde! Aos que pediam para que se atentasse nos sinais evidentes de degradação do clima financeiro mundial, respondia o Primeiro-Ministro com números estatísticos demonstrativos da evolução favorável da economia Portuguesa. E, o pior é que o chamado agente económico agia - ou passou a agir – em conformidade com o optimismo oficial!
Há seis meses, já não podendo ignorar a crise instalada, dizia José Sócrates, e repetia Manuel Pinho, que Portugal escaparia porque estava melhor preparado para resistir, e que os resultados do crescimento económico – escassas décimas de ponto acima das perspectivas – eram a prova irrefutável de que o País com este governo estava ali para o que desse e viesse...
Agora, o mesmo Ministro lançando o seu olhar reflexivo sobre o que se vendeu para a Suíça, e que a China não comprou, revelou o que a sua aguda percepção sempre lhe indicou mas que guardou para si: o colapso era inevitável! Acabou-se o que era doce!
Desde há longos meses venho alertando para o excessivo optimismo governamental.
Chamei a atenção para o que sempre me pareceu inadequado à nossa economia, ou seja o estímulo ao aumento do consumo.
Reprovei a propaganda, que se sobrepunha ao fomento efectivo das actividades produtivas.
Insurgi-me contra o aumento da carga fiscal, que fez diminuir a capacidade de reacção das empresas.
Condenei o “pujante” programa das Obras Públicas - não consensuais - porque acentuam desequilíbrios e assimetrias populacionais.
Não concordei com o desvio da pequena poupança de instrumentos seguros – como eram, por exemplo, os Certificados de Aforro – para produtos de alto risco.
Sejamos sensatos! Sejamos realistas! Não tenhamos medo das palavras!
Assistimos à corporização da mensagem cor-de-rosa.
E, não é o Ministro Manuel Pinho a fazer o número de profeta da desgraça.
Perante esta situação o que pensará – e já agora como reagirá – a grande maioria dos portugueses que nunca sentiu os tais tempos de prosperidade cujo fim acaba de ser decretado pelo governo?
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
O Colapso financeiro e a visão do ministro
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2 comentários:
ghjhgkj
Sr Narciso Miranda, não posso de deixar de concordar com as suas palavras ao relação ao actual executivo. Embora existam algumas medidas que apoio, a grande maioria não passa de manobras de propaganda politica de gosto duvidoso, como foi o caso da última vinda a Portugal do CEO da Microsoft, que mais parecia um qualquer detentor do cartão do partido, a "papagaiar" sobre o Magalhães de cada vez que "abria a boca", como se o Magalhães não pagasse royalties por correr com a sua famosa aplicação Windows, e ele não tivesse nada a ver com isso.
Bem, falando agora do nosso concelho, tenho uma novidade para lhe dar, como independente que sou, depois do que assisti na Serpa Pinto, em relação ao "ordenamento" do transito, o que tenho para lhe dizer, é que sou oficialmente apoiante da sua candidatura á Presidencia de Camara, acho como independente, que é a que melhor serve os interesses dos municipes.
Aproveito também para lhe dizer, que essa posição em relação ao actual partido socialista, agrada não só os independentes, como também aos indecisos e descrentes, que ainda representam uma fatia significativa do eleitorado do concelho. O Sr. esteve sempre presente no meio da população, e nunca teve receio de se mostrar, mesmo quando as situações não eram do total agrado dos municipes, a representação por terceiros nunca foi seu apanagio, por isso avance sem medo contra os poderes instituidos na cidade.
Viva a Independencia
VIVA MATOSINHOS!!!!!!!!!!!!!
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