quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Areia nos Olhos

Confesso que não aprecio sobremaneira o figurino em que assenta o programa radiofónico “olhos nos olhos” da Rádio Clube de Matosinhos, em que Narciso Miranda é a personagem principal. Principal e secundária...
Entendo, que esta forma de comentar factos, excluindo o contraditório – colocando-nos na situação de “consumidores” das suas palavras – abre as portas a um pecado que, acredito, no caso vertente não seja cometido. O qual se traduz na hipótese de que, possam ser encomendadas as perguntas e, preparadas as respostas, ficando assim comprometidas a espontaneidade e a surpresa, do entrevistador ao entrevistado – ingredientes desejáveis para uma audição apetecida.
Contudo, isto não me cega a ponto de não ver virtude onde ela exista.
O acompanhamento da emissão pela imprensa escrita, reflectia a tónica do discurso.
Discurso avisado quase sempre, sério sempre, obstinado em denunciar injustiças sociais, e portador de uma mensagem de esperança e optimismo, apesar das vagas alterosas em que procura levar a bom porto o barco, cuja tripulação rema sob o seu comando.
Não promove é a inteligente a cavalgadura, nem a modesto o pavão!
Até porque, Narciso sabe melhor que ninguém que, o que sendo jumento se julga ganso, quando for a saltar conhecerá a diferença...
Talvez, tendo presente a velha máxima “Roma não paga a traidores”, alguma comunicação social da terra começa já a tomar as medidas acautelatórias que entende adequadas. Como esta, por exemplo: “o espaço ocupado (nos jornais) é preciso para permitir outras intervenções...” .
Que espaço? Esse exactamente, o que era ocupado pela intervenção do, agora, proscrito comunicador...
E, já agora que intervenções – perguntar-se-á. Pois, as “relacionadas com a sociedade matosinhense”.
Ora, não sendo previsível que o espaço libertado venha a ser ocupado por “intervenções” capazes de complementar o que depois de 127 semanas de reprodução ainda ficou por dizer, aproveito a circunstância para proclamar, neste espaço, em exclusivo algumas verdades.
Desta vez, Narciso que sempre integrou as listas do PS concorre por fora.
Não é uma mera opção: é uma obrigação – obra dos actuais dirigentes do PS.
Não concorre contra os socialistas. Não foi Narciso quem se afastou do PS; os dirigentes socialistas é que o afastaram.
Concorre por Matosinhos. Como ontem. Como hoje. Como sempre!
Matosinhos Sempre – é, acertadamente o lema desta campanha.
Sempre por Matosinhos. Sempre com os matosinhenses!

Heitor Ramos

3 comentários:

Anónimo disse...

Senhor Ex-Presidente,
como diriam os ingleses "first things first" e antes que comece a pensar que sou um adversário, um inimigo ou da oposição quero que fique bem claro que, para mim, a sua candidatura é tão legítima como outra qualquer (mesmo tendo em conta que se isso acontece a uma figura do PS como o senhor há várias conclusões para tirar sendo que a mais importante é que a memória dos partidos é tão valiosa como a capacidade de fazer promessas). Depois há a pseudo-democraticidade do seu blog. Não lhe fica bem dar a oportunidade às pessoas de comentar para depois só publicar os que lhe são favoráveis. Pense nisso. Reconheço-lhe muitos méritos enquanto esteve na CMM. Sem mas. Sou de Matosinhos e sou uma pessoa relativamente bem informada em relação aos problemas da cidade bem como às pessoas que nela vivem e governam. Quero ir votar, como sempre fiz, à excepção das autárquicas em que ganhou pela última vez porque achei que o senhor não era o que a cidade precisava e os matosinhenses deviam mostrar-lhe o desagrado por ter trocado um cargo como o de Presidente de Matosinhos por uma "profissãozinha" em Lisboa. O pior é que a alternativa era tão má que nem a minha presença nas urnas merecia (e não acredito nos votos em branco). O que eu gostava de saber senhor Narciso Miranda é: porque é que eu devo votar na Associação Matosinhos Sempre? Nome esse que, na minha opinião, não é feliz porque a última vez que o slogan com um "Sempre" foi utilizado deu no que deu (Que é a mesma coisa que dizer: Nada. Foi tornar a baralhar, para confundir, e distribuir o jogo bom aos mesmos ou aos filhos desses e o resto aos que sobravam). Um reparo final e um conselho. O reparo é que tenho a certeza que esta travessia que tem feito tem tido a vantagem de o fazer perceber que o homem é um animal cruel e sem memória e que quando temos o poder, apesar de estarmos sempre cientes disso temos, ao mesmo tempo, uma grande capacidade de nos esquecermos. E aqui entra a parte do conselho. Quer ganhe quer perca faça uma campanha pela positiva. Se perder continue a tentar, se ganhar resista à vontade de se vingar dos que tomaram partido do adversário e tenha cuidado com aqules que não se assumem. Nada que não saiba.

Anónimo disse...

Esse senhor que assina o edital a justificar, o fim da rubrica sobre o programa da RCM, que tambem é director do jornal, e dono do referido jornal, é no minimo UM SEM VERGONHA DA PIOR ESPÉCIE, A TAL ESPÉCIE QUE COSPE NO PRATO ONDE COMEU!!!!

Ainda vou ter o prazer de ver o Joaquim Queirós a fazer o Matosinhos Hoje, num qualquer ecoponto do concelho...

Anónimo disse...

Agradeço todos os comentários.Como teem verificado participo pouco,deixando todo o espaço para os que querem manifestar a sua opiniao,critica e apoio.Há no entanto algumas sugestoes e opinioes que terao de ser consideradas e aceites. AQUI NAO HÁ ESPAÇO PARA ATAQUES PESSOAIS, NEM PARA PARTIDARITES OU FUNDAMENTALISTAS.