quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um Projecto de Cidadania

Foi só meia surpresa. A outra meia já tinha ocorrido. Foi quando senti a extraordinária adesão de elevado número de cidadãos a uma causa, cujo objectivo comum é a elevação de Matosinhos em todas as suas vertentes sociais. Já nessa altura, há alguns meses, quando me falaram em integrar uma Associação Cívica autónoma, livre e independente, os sinais de uma aceitação generalizada eram evidentes. E, as razões eram perfeitamente fundamentadas, acrescentavam os seus mentores. Havia, e era indisfarçável a crescente perda de influência política, a manifesta redução da capacidade reivindicativa e o quase eclipse do nome Matosinhos nos principais meios de comunicação social. O alheamento noticioso às visitas oficiais de destacadas figuras políticas, confirmava no plano nacional aquilo que já há muito por cá era sentido. Estes factores conjugados, apontavam para a necessidade de uma resposta que preparasse, ou criasse condições para uma inversão de rumo da política autárquica em curso.
Retomar o Rumo: eis em síntese o objectivo que norteou largas dezenas de cidadãos que com esse propósito declarado me convidou a integrar o grupo.
Ora, sendo eu um homem de causas, e sendo também um homem de luta, não podia deixar de aderir. E fi-lo com a plena convicção de que, é esta uma forma de exercer cidadania, de estar mais próximo da população, de poder corresponder aos seus múltiplos anseios. A circunstância de serem diversos os estratos sociais, variadas as faixas etárias e, dividida (ou quase) a percentagem de sexos – as mulheres constituem 39% do número de sócios fundadores - são a garantia, e o sinal seguro e certo de, que, esta Associação Cívica será nos tempos mais próximos um baluarte na defesa dos interesses comunitários. O toque a reunir encontrou amplo eco em todas as franjas sociais. Ainda em embrião, foi preciso dar-lhe um nome. E foi dado.
Chama-se Narciso Miranda Matosinhos Sempre. Foi preciso formalizá-la juridicamente, conferindo-lhe o estatuto de personalidade jurídica. E foi formalizada.
Foi preciso, para complementar os pressupostos legais previstos para este género de sucessos, mais alguns passos junto das instâncias oficiais. E, foram dados. Foi necessária uma Assembleia Geral em que os sócios fundadores - uma centena - elegessem os corpos sociais. E foi realizada.
Cumpridas pois as formalidades requeridas por Lei, chegou o dia de dar a conhecer à Imprensa sua existência.
Esse dia chegou - dia 15 de Outubro. E aqui está a meia surpresa de que falo ao abrir esta crónica. A sala escolhida pela organização para acolher jornalistas, sócios, amigos e simpatizantes revelava-se pequena, ainda antes de iniciada a cerimónia. Na circunstância tentou-se ainda a cedência de uma sala mais ampla. Satisfeito o pedido dentro dos condicionalismos naturais, não houve mesmo assim lugares sentados. Ficar de pé, ali ao fundo da sala, aconteceu a muitos cidadãos. As palavras que ali foram ditas, os objectivos anunciados, os meios, os apoios e sobretudo a certeza de que estamos em presença de uma força propulsora de uma candidatura mais que anunciada, assumida e confirmada, não puderam deixar de calar bem fundo no íntimo de todos os presentes. Isto sou eu que o digo, e vale o que vale – responderão muitos de vós. Pois, caros leitores, estejam atentos às próximas iniciativas.

1 comentário:

Anónimo disse...

POIS UMA ASSOCIACAO CIVICA COMO ESTA ESTAVA A FALTAR EM MATOSINHOS .
associaçao que pode-se dar conhecimento aos matosinhenses de tudo o que se passa no concelho, fazer coloquios sobre os graves problemas que existem em várias freguesias sao muitas mas que o responsável pela associaçao ,saberá ir ao local dos mesmos e se nao souber será informado.ZÉ DA CHICA