quarta-feira, 15 de abril de 2009

Reescrever Matosinhos

Confesso que, apesar de conhecer bem Matosinhos e os Matosinhenses, estes nunca param de me surpreender. Digo isto a propósito do êxito em que acabou por se tornar, uma vez mais, a apresentação do meu mais recente livro de crónicas, desta vez, na Fnac do MarShopping. Depois do sucesso do seu lançamento, no passado dia 28 de Março, no Auditório da APDL, pequeno para as larguíssimas centenas de pessoas que quiseram comparecer ao evento, no passado dia 9 de Abril, uma noite chuvosa de véspera de feriado, os matosinhenses voltaram a superar todas as expectativas e compareceram em massa, numa apresentação que acabou, assim, marcada por sinais de uma grande emotividade e companheirismo.

O livro “Narciso Miranda – Matosinhos Sempre” tem sido, para mim, mais uma agradável surpresa. Correspondi a um desafio que as “Edições Afrontamento” me lançaram – porque é verdade que não sou homem para resistir a um bom desafio – e, hoje, posso afirmar com toda a certeza: ainda bem que o fiz! Esta tem sido mais uma caminhada em que os matosinhenses não me têm deixado sozinho. Mais uma prova de que querem ouvir o que tive e continuo a ter para dizer.

Não me considero – sempre o assumi – um escritor. Sou apenas um cidadão que gosta de fazer cidadania, partilhando com os outros ideias, conceitos, críticas, sugestões e elogios, através da escrita de crónicas despretensiosas. Os matosinhenses conhecem-me bem e sabem que sou mesmo assim. Não sou homem de calçar as pantufas ou deixar-me embalar por um qualquer canto da sereia, que me atraísse para funções principescamente pagas.

Sou e serei sempre um cidadão atento e participante. Atento a tudo o que acontece nesta grande aldeia global que é o Mundo, mas atento, principalmente, ao que se passa no meu País e, de uma forma muito particular, a esta Terra de Horizonte e Mar, que me habituei a amar, respeitar e honrar. E sei que o sentimento é recíproco. Na passada quinta-feira, voltei a ter essa prova.

O distanciamento físico das funções de gestão municipal, fez de mim um Homem, um Cidadão e um Político diferente. Hoje, sinto-me muito melhor preparado para enfrentar os desafios que vêm pela frente. Estou mais tolerante, mais aberto às críticas, disposto a arriscar e com uma vontade acrescida de fazer mais e melhor. Só há, de facto, uma coisa que não mudou: o meu amor a Matosinhos e o meu apego aos Matosinhenses.

Sei que interpreto o sentimento da grande maioria dos Matosinhenses quando digo que, nestes últimos anos, Matosinhos perdeu protagonismo. Muitas vezes, me lembrei da conhecida série da BBC “Sim, senhor Ministro”, tal a subalternidade evidenciada em relação ao Governo. Matosinhos perdeu voz. Matosinhos parou. E, nestes encontros que tenho tido com os cidadãos, a propósito da apresentação do meu livro, “Matosinhos não pode parar” tem sido a palavra de ordem.

Matosinhos tem de voltar a ter voz. Matosinhos tem de voltar a ter políticas inovadoras. Matosinhos tem de voltar a ter uma gestão com rigor. Matosinhos tem de voltar a apostar na competência e na experiência.

Narciso Miranda – Matosinhos Sempre” vai voltar a ser apresentado, no próximo dia 30 de Abril, desta vez, na Fnac do NorteShopping. Sei que vou contar consigo. Para que, juntos, possamos virar esta página e reescrever a história de Matosinhos.


Narciso Miranda


1 comentário:

Cassie disse...

Matosinhos tem de voltar um grande Homem, Matosinhos tem de voltar a ter NARCISO MIRANDA.Bjs Estamos consigo.