Retomar o rumo. Este é, há muito, o lema de ordem em Matosinhos. É o que os cidadãos querem. É o lema que eu já há muito entranhei. Estes últimos quatro anos ficaram, em muito, aquém das expectativas dos matosinhenses. Ficaram aquém no rigor da gestão financeira do município. Ficaram aquém na realização das obras necessárias para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Ficaram aquém na criação dos tão necessários postos de emprego. Ficaram aquém nas políticas sociais.
Estes últimos quatro anos, ficaram, por tudo isto, aquém na relação de confiança entre o município e a população. Entende-se. Já não é novidade para ninguém que os cidadãos estão cada vez mais afastados da política. Fala-se mesmo em “divórcio” entre os cidadãos e a forma como alguns militantes de partidos fazem política. E, se de mais provas precisássemos, bastaria olharmos para o elevado grau de abstenção das últimas eleições europeias.
Os cidadãos estão cansados. Cansados de falsas promessas. Cansados de projectos fantasmagóricos, de anúncios em catadupa e de ideias que nunca saem do papel. Tudo isso mina a confiança entre a população e os líderes dos seus municípios. Porque ninguém confia em quem omite, em quem dissimula a verdade, em quem só anuncia e nada faz. Ainda há pouco tempo, o próprio Presidente da República chamava a atenção para isso, quando lembrava: “Quem prometer aquilo que objectivamente não poderá cumprir estará a iludir os portugueses. Aquilo que se promete deverá ter em conta a realidade que vivemos no presente e em que iremos viver no futuro”.
É por ser imperioso recuperar o rumo da confiança entre os cidadãos e a liderança do município que me volto a candidatar à autarquia de Matosinhos, agora como independente. Os matosinhenses conhecem-me bem. Conhecem a obra feita e têm memória. Sabem que, comigo, o rodopio do tapa e destapa, para fazer que se faz, para dar a ilusão de que existe obra no concelho, enquanto se vai gastando o dinheiro dos munícipes e enquanto se vai fazendo da vida dos cidadãos um transtorno constante, não existirá. Sabem que, comigo, a reivindicação de tudo o que seja necessário para o concelho será, como sempre foi, feita com rigor, exigência e transparência. Sabem que, comigo, as placas não substituirão as obras.
A confiança entre os líderes dos municípios e os cidadãos constrói-se assim. Com a verdade e com o rigor. Rigor nas contas. Transparência na forma como se gasta cada euro que sai do bolso de todos nós. Construção das infra-estruturas necessárias para a qualidade de vida dos cidadãos. Apoio aos mais idosos. Criação de novas oportunidades para os jovens. Criação de novos postos de trabalho.
Desengane-se, portanto, quem pensa que é através das chantagens, das ameaças, do medo criado nas pessoas que dependem, de alguma forma, do poder local, que conseguem a confiança dos cidadãos. É preciso acabar com as mentiras, com as ilusões, com os discursos, as promessas incumpridas, os anúncios e arregaçar as mangas e pôr mãos à obra. Os cidadãos, os matosinhenses merecem isso.
Desengane-se quem acha que as campanhas negras, os insultos, os ataques pessoais e a baixa política serão premiadas pelos cidadãos. Os matosinhenses sabem que este nunca foi, nem nunca será o meu caminho. Eu quero dar esperança no futuro aos matosinhenses. Quero retomar a dinâmica, a capacidade de realização, a construção das obras necessárias, o rigor nas contas.
É assim que se consegue restabelecer as relações afectivas e de confiança entre a Câmara e os munícipes. É assim que, juntos, vamos conseguir retomar o rumo, também, da confiança.
Narciso Miranda
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Recuperar o rumo da confiança
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1 comentário:
As relações afectivas fazem-se com TODOS..
Retomar o Rumo no caminho CERTO e não FINGIR
ABRAÇO
Renato Guerra
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