Matosinhos devia ser sinónimo de prosperidade, inovação, solidariedade, desenvolvimento sustentado da qualidade de vida, equilíbrio e justiça.
Por isso, quem governa, apesar de ter maioria, devia representar todos e não apenas quem os elegeu. Foi assim que sempre procurei exercer o poder autárquico, sem exclusões, com rigor, empenho, seriedade e humildade.
A utilização dos dinheiros públicos foi sempre direccionada para o investimento, o desenvolvimento social, a solidariedade com os mais desfavorecidos, a cultura e a educação e nunca permiti excessos, especialmente em gastos desnecessários e supérfluos.
Sei que vivemos tempos difíceis. É nas dificuldades que os valores da justiça, da solidariedade, da ética e do rigor são mais necessários. É por isso que não desisto. É por isso que não perco as forças. É por isso que lutarei, ao lado de todos os matosinhenses para que haja uma mudança na gestão da autarquia, que impeça o despesismo, que retome a confiança, que seja rigorosa na utilização dos meios financeiros, materiais e humanos e solidária para com os mais idosos, os desempregados e os mais jovens.
Pelo contrário, a Câmara contraiu mais um empréstimo! E para quê? Porquê? A sua justificação está patente na agenda da Câmara e a justificação é óbvia: “ …considera-se prudente recorrer a um empréstimo de curto prazo para fazer face a dificuldades de tesouraria que poderão ocorrer essencialmente durante o primeiro semestre de 2009. De facto, tendo em consideração que as despesas mensais obrigatórias da autarquia, onde se incluem salários e respectivos encargos, despesas de instalação, seguros, rendas, operações de tesouraria (retenções), e outros pagamentos ao Estado (IVA), refeições e transportes escolares, ascendem, no seu conjunto, a cerca de 2.5 milhões de euros, e que a dívida transitada, em termos de compromissos facturados, se situa na ordem dos 10 milhões de euros…”. O que se pretende é ir buscar dinheiro para pagar dívidas. Gastos correntes. Fornecimentos de Serviços, alguns dispensáveis. E não tenho dúvidas que parte desse dinheiro servirá para alimentar a própria máquina gastadora, sem controlo ou rigor.
Se os empréstimos fossem destinados a investimentos que melhorassem a qualidade de vida dos cidadãos, estaria na primeira linha dos apoiantes. Mas como se tem feito pouco, há que disfarçar com anúncios, em placas, a dizer o que se vai fazer. Não se fez, mas gasta-se dinheiro com anúncios.
Não tenham dúvidas que seria o primeiro a orgulhar-me do investimento. Seria o primeiro a elogiar, se esses gastos fossem representativos para os idosos, para os jovens, para as famílias, para o desporto, para a criação de postos de trabalho, para as associações de Matosinhos… Mas não… O problema é que estes gastos não deixam nada de visível. Basta consultar o site da Transparência da Administração Pública (http://transparencia-pt.org/) para verificar a realidade com que nos confrontamos.
Prometi e cumpro. Estive, estou e estarei muito atento. Tudo o que tenho vindo a dizer nos últimos anos tem fundamento. Estes exemplos são flagrantes e estes gastos são para mim uma má governação. Por isso jamais me calarei. Assim como não posso ficar indiferente quando me vêm contar e descrever situações que ainda hoje tento não acreditar, mas que devido a tantas evidências questiono.
Ainda a semana passada, num restaurante de um hotel de Lisboa, em jantar bem servido, se discutia a nova contratação, por parte da Câmara Municipal de Matosinhos, de uma empresa sediada lá para os lados de Paços de Arcos, creio que a LIFT, onde se gabavam os custos para tal operação e também a origem da sugestão para este novo contrato. Para quê? Porquê?
É necessário retomar o rumo, e certamente que o ponto de partida será encontrar novamente, o rigor nos gastos.
Matosinhos não pode parar, e no que depender de mim, falarei sempre, lutarei sempre, para que as nossas próximas gerações não estejam comprometidas, pelos despesismos descontrolados do presente.
Narciso Miranda
1 comentário:
Até assusta entrar naquele Site.
Obrigado Narciso
CONTO CONTIGO, CONTAMOS CONTIGO
MATOSINHOS SEMPRE
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