Quem, de algum modo, tem acompanhado o meu percurso, sabe que, fundamentalmente, ele está ligado à investigação, ao associativismo e à cultura. São áreas de que gosto, que me são particularmente caras e que representam uma enorme fatia da minha vivência.
Elvira Castanheira
Após a “Declaração de Intenções” que aqui fiz publicar a semana passada, podem os leceiros ter a certeza de que os sectores que atrás enumerei merecerão alguma especial atenção da minha parte. Dou, assim, continuidade ao que tem sido a minha vida, na parte que tem a ver com a entrega à comunidade.
Neste particular, a minha intenção é prosseguir o que sempre fiz: apoiar, estar presente, fazer, colaborar.
Posto isto, é óbvio que fico feliz quando alguém adere a uma das três causas que mais me motivam. Nesta vida cheia de esquinas, pode ser surpreendente mas não menos gratificante o anúncio público de quem quer juntar-se aos que de há muito se decidiram por um caminho inequívoco.
A investigação, o associativismo e a cultura precisam de todos e, tanto mais, se tiverem poder de decisão.
Não querendo parecer infundadamente céptica, fico todavia desconfiada quando estas chegadas a destinos novos são anunciadas com pompa, circunstância e alguma pitada de populismo.
A cultura, por exemplo, nunca deverá ser um comboio que já não se apanha em andamento. As carruagens terão sempre portas abertas, pelas quais se poderá entrar sem dificuldades, a não ser que o salto dado da plataforma tenha como único impulso o exercício deste ou daquele cargo. Nestes casos, cheira a gesto politicamente correcto (e, quiçá, preocupado) e não a adesão sincera e militante.
A vida ensina-nos que esperemos para ver e crer. Recuso os processos de intenções, do mesmo modo que tenho direito a sustentar uma margem de dúvidas, quando me parece exuberância a mais e sinceridade a menos. Quanto a mim, continuarei do mesmo lado da barricada, com convicções e por convicções, escusando-me a dizê-lo em momentos mais ou menos solenes, porque tenho passado que o prova e, seguramente, futuro que reforçará o que me guia e motiva.
Vamos dar tempo ao tempo.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Aos leceiros...
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