quinta-feira, 28 de maio de 2009

E, agora, o Senhor de Matosinhos!

Aí estão de novo as festas de Matosinhos. Um ano mais se passou. Muita foi a água que correu debaixo das pontes, muitos foram os acontecimentos que vivemos.
É o ciclo normal da vida em comunidade. Ano após outro, repetem-se as festividades.
Uma vez mais, Matosinhos e as suas gentes estão preparadas para acolher forasteiros vindos dos mais diversos locais. É uma romaria – à semelhança de tantas outras – que atrai pessoas dos mais diversificados sectores da sociedade. E, dos mais variados pontos do País. Talvez, neste pormenor se situe a diferença entre as Festas da Senhora da Hora – igualmente grandiosas e afamadas (quem não se lembra da canção celebrizada por Artur Ribeiro que alude à Fonte das Sete Bicas?”) – e as Festas do Senhor de Matosinhos?



As da Senhora da Hora, talvez mais concorridas por parte da população local, com cerimónias marcadamente religiosas, profundamente sentidas e vividas com devoção.
Destaco daquelas cerimónias a “Procissão de Velas”, que tive o privilégio de integrar na noite do passado Sábado. Foi um momento de elevado fervor que me foi dado partilhar: pessoas dos mais diversos estratos sociais, apinhavam-se e, comungando da mesma Fé, - em doses que só Deus sabe avaliar - contribuíram para que o acto merecesse a admiração e o respeito de todos quantos tiveram a felicidade de assistir à sua passagem.
As de Matosinhos, provavelmente com mais visitantes de fora, tradicionalmente marcadas pela “Procissão” – e por muitos outros eventos de carácter religioso – mas também pela extraordinária oferta de diversões.
De tudo, um pouco. Também a famosa gastronomia matosinhense encontra, na circunstância, uma óptima oportunidade de apresentação das suas inigualáveis iguarias e de relançamento do seu negócio.
Infelizmente, este ano – tal como, infelizmente, também no ano passado – um acidente (este, bem mais grave) ensombrou o início dos festejos: um dos divertimentos colapsou na pior altura – e ficaram feridas algumas pessoas que ao sair de casa tinham tudo em mente, menos acabar a noite no hospital.
A hora tardia – era o início da madrugada de Domingo – impossibilitou as televisões de registar imagens dos momentos que se seguiram ao trágico acontecimento. Uma palavra aqui ao trabalho desempenhado pela “Matosinhos Tv”, que acabou por divulgar as imagens do trágico incidente a todo o país, ganhando, assim, dimensão nacional. Merecida. Parabéns à “Matosinhos Tv” e ao seu responsável, Alberto Pinto Soares.
“Cada terra tem seu uso” – diz, com razão o nosso povo. E, o nosso “uso” é receber bem, ser hospitaleiro e cortês, atendendo de igual forma ricos e pobres, jovens e idosos, conterrâneos e visitantes. E é imprescindível que, não só os matosinhenses como quem nos visita se sinta em segurança em qualquer circunstância.
Acidentes, como é óbvio, acontecem. Em festas, em equipamentos de diversão, em obras, nas estradas. Acontecem. O que é errado é “sacudir a água do capote”. Há sempre que assumir a responsabilidade política quando este tipo de incidentes acontece. Cabe aqui lembrar a atitude de Jorge Coelho quando caiu a ponte de Entre-os-Rios. Todos sabem que não foi ele o responsável por aquela tragédia. Mas ele assumiu a responsabilidade e demitiu-se. Só os grandes líderes sabem agir desta forma.
É importante apurar responsabilidades e apurar, de facto, a origem do acidente, até para que se evitem incidentes do género no futuro. Desde que esta investigação não acabe por ter o mesmo final da que foi feita o ano passado, relativamente ao acidente que envolveu o chamado “fogo-preso”. Alguém se lembra de ter tido conhecimento sobre o que realmente se passou? Eu não.

Narciso Miranda

1 comentário:

Manuel Silva disse...

É verdade...eu também não...


VIVA O SENHOR DE MAYOSINHOS...


VIVA O SENHOR NARCISO...