terça-feira, 26 de maio de 2009

Senhora da Hora, Versus Matosinhos

É uma tradição que todos os anos se renova e que, desde sempre, procuro cumprir. As Festas da Senhora da Hora, têm marcado para sucessivas gerações o mês de Maio.
É, para os mais idosos como que um regresso à adolescência, e para os mais jovens, como que um regresso à infância.



Programadas com entusiasmo e com carinho por numeroso grupo de cidadãos e, iniciadas há já alguns dias, tiveram o seu ponto alto no pretérito sábado com a sempre aguardada “Procissão de Velas” – talvez o momento mais solene da parte sagrada das festividades. Cabe aqui uma palavra de apreço e de reconhecimento a todos quantos, ano após anos, arrostando com dificuldades de toda a ordem têm feito crescer estas festividades, e tem conseguido recolocá-las no patamar que as faz conhecidas nos quatro cantos do País. A Vila da Senhora da Hora – hoje como sempre – tem homens e mulheres que jamais deixarão cair a tradição.
Esta, como todas as festividades de cunho religioso, integra também a parte profana - aquela que conta com fartura de divertimentos e barracas onde se oferecem produtos e serviços diversificados, num colorido que as nossas mentes registam para memória futura.
Como sempre tenho feito – e sempre que a minha vida mo tem permitido – incorporei, este ano também esta cerimónia litúrgica carregada de simbolismo.
E, não posso deixar de salientar a numerosa participação popular, que imbuída de uma Fé que não deixa de emocionar todos os crentes, este ano vincou bem a sua presença.
Talvez, nesta época de crise generalizada, o recurso ao Divino, tão arreigado ao nosso povo, seja por muitos mais seguido com devoção. É nas horas de aflição, quando sentimos fugirem-nos os recursos, e quando sentimos escaparem-se-nos por entre os dedos as últimas réstias de esperança que, nós os crentes - seguindo aliás o exemplo que os nossos pais nos legaram - olhamos para o Céu a pedir ajuda.
E, é neste quadro de despedida da Senhora da Hora que se iniciam as grandiosas Festas do Senhor de Matosinhos – uma das maiores romarias do nosso país. Este ano, e à semelhança do ano findo também um acidente, desta vez mesmo com alguma gravidade, ensombrou logo os primeiro dias das Festas.
Um acidente é isso mesmo: um acidente. Ocorre imprevistamente. No ano passado no chamado “fogo-preso” ocorreu infelizmente um; este ano, foi um carrossel que teve uma falha no pior momento. Com numerosas pessoas a bordo, um dos espaços volantes desintegrou-se e atingiu na sua trajectória desordenada muitos dos que assistiam e se divertiam.
À hora a que ocorreu o imprevisto, poucos eram os órgãos de informação presentes, ou nas proximidades. Daí que não possa deixar de salientar o papel fundamental que a “Matosinhos TV” teve na divulgação das imagens.
O que é, agora, importante é que se esclareça devidamente a origem deste trágico acontecimento para que se possa evitar futuros acidentes. A romaria do Senhor de Matosinhos é uma das mais importantes do país. Atrai pessoas de toda a Área Metropolitana do Porto. E os cidadãos vêem até Matosinhos para se divertirem, para conviverem, para prestarem a sua homenagem ao Senhor de Matosinhos. E é fundamental que se sintam em segurança, seja em que aspecto for.
Temos pela frente, ainda, muitos dias de festa. Espero que este acidente não esmoreça a grandiosidade da mesma e que o Senhor de Matosinhos volte a ser notícia apenas pelos melhores motivos. Eu próprio já por lá andei e ainda o irei fazer mais vezes. Esta tradição é nossa. É de todos os matosinhenses. Há que cuidar para que permaneça intacta.

Narciso Miranda

2 comentários:

Manuel Silva disse...

A Fonte das Sete Bicas...

A Festa da Senhora da Hora e a do Senhor de Matosinhos, sempre andaram de maõs dadas...


Mau Caro Narciso Miranda vais Bem e precisas de ter mais iniciativas.


Por andam o Renato Guerra e o Emidio Seabra?


VIVA O NARCISO

Anónimo disse...

Li alguna artigos e uma entrevista no Diario de Noticias do Jorge Pisco, são muitos interessantes deviam ser mais divulgadas para que a população conheça as posições e reivindicações do Pisco
Saudações Comunistas
A V