Há momentos na nossa vida em que se cruzam sentimentos contraditórios. Confesso que vivo um desses momentos. Explico porquê. No final desta semana vou, finalmente, apresentar a minha candidatura independente à Câmara Municipal de Matosinhos! Estou, portanto, feliz... Feliz porque sinto estar a corresponder aos anseios de milhares e milhares de Matosinhenses que não querem que Matosinhos páre e querem que a nossa Terra retome o Rumo do Desenvolvimento e do Progresso. Esta candidatura é, assim, um IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA!
Quando há quase quatro anos deixei a presidência do município, estava convencido que o projecto que tinha liderado e que tinha transformado Matosinhos iria ser continuado, aprofundado e até melhorado. Enganei-me! De facto, aquilo que se passou foi uma política de despesismo, com laivos de ostentação, que destruiu a excelente saúde económica e financeira da Câmara de Matosinhos, atolando-a de dívidas no presente e para o futuro. Pergunto aos leitores: Será que esta política despesista teve algum reflexo nas obras realizadas? A resposta é óbvia – é claro que não! Ao apresentar agora a minha candidatura independente pretendo reparar um erro que cometi há quatro anos, quando subscrevi a solução que agora claramente renego. Repito – a minha candidatura é, portanto, um IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA! As campanhas negras, de insinuações torpes e vícios anti-democráticos, a que os novos donos do Poder já começaram a deitar mãos, não me intimidam nem me fazem desviar do rumo do que é importante para Matosinhos os matosinhenses. Só o faço agora pelas razões atrás expostas, pela incapacidade que este Executivo municipal demonstrou de compreender os anseios profundos da gente da nossa terra, de dar novas respostas para os velhos e novos problemas, para dar Esperança aos que vivem na exclusão ou que se viram atirados para o drama do Desemprego. É por isto que me candidato... Porque a minha candidatura independente é um IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA!
Disse no início desta crónica que estava a viver sentimentos contraditórios. É verdade e já expliquei porque se sinto feliz. Falta agora dizer porque me sinto, igualmente, triste. Estou triste porque sou obrigado a defender, como independente, o projecto socialista pelo que sempre lutei. Todos sabem que tenho uma ligação, quase umbilical, com o Partido Socialista. Tenho perfeita consciência de que o que sou como político e autarca, e até como cidadão, o devo ao Partido Socialista. Fui Deputado, Presidente da Câmara, Secretário de Estado, Presidente da Federação Distrital do Porto, membro da Comissão Política Nacional, membro do Secretariado, graças à minha militância no PS. Tenho muito orgulho no meu passado político e partidário. Mas tenho, também, plena consciência do muito que dei em troca ao meu partido de sempre, em trabalho, em credibilidade, em obra feita. Ainda se lembram que fui apontado como autarca-modelo do PS? Parece que foi há dezenas de anos, mas não foi...
Por isso, ao apresentar agora a minha candidatura independente, faço-o por um IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA! Continuo a ser Socialista nas minhas convicções profundas e – espero – nas minhas futuras acções. Só que agora visto apenas a camisola de Matosinhos e com uma equipa de gente jovem, mesclada com alguns mais experientes, tenho a certeza de que saberei dar resposta aos problemas de Matosinhos e dos Matosinhenses.
É, por tudo isto, que vos digo que é preciso RETOMAR O RUMO, ganhar a CONFIANÇA dos Matosinhenses e recuperar o RIGOR!
Vocês conhecem-me e conhecem a OBRA feita! Sou candidato INDEPENDENTE e vou ganhar de novo a Câmara de Matosinhos.
Por um IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA!
Narciso Miranda
quarta-feira, 13 de maio de 2009
IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA
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4 comentários:
Olá meu caro Presidente,defacto assim é,duas linhas paralelas acabam por se cruzar no espaço, os sentimntos embora sejam uma coisa subjectiva, não palpável, mas sao o alinhamento, do nosso espírito, da nossa consciencia colectiva.Como matosinhense tento a realidade, ao dia-a-dia, deste laborioso concelho.Lá estaremos no próximo Sábado para festejar essse dia para dar o arranque de uma nova era, para acabar com os "lapsos"; lapsos?.Desta natureza?. concordo consigo em toda a linha, sei que vai ser um Presidente atento a lapsos de promenor,ou melhor; que nem chegam a acontecer.Um bem haja .
Claro, sem margem de dúvida que vai ganhar de novo a Câmara de Matosinhos.
E ainda bem.
Porque o actual Presidente continuou e continua rodeado de incompetentes.
É uma pessoa inteligente, que não soube aproveitar os seus saberes, mas deu provas que não serve para líder.
A imagem “desequilibrada e pouco sólida” passa para o exterior em especial nas iniciativas e inaugurações. Isto para não falar nas suas companhias médio pesadas que transportam matérias inflamáveis que numa pequena ignição podem explodir.
Eu tenho vergonha de ter um Presidente de Câmara nestas condições, e até mesmo noutros locais quando me perguntam se “o GP já a curou”…
Caro Presidente Narciso venha e reponha a ordem.
Sei que vai ser diferente…….por estar fora e sentir o outro lado...... coisas que o povo não tem conhecimento.......mas vão ter a oportunidade de saberem.
Mais direi…….
Olhar pelo Futuro, Narciso Miranda, sem esquecer os valores do Passado, incluido os seus Camaradas de Luta...
Um Abraço
Uma candidatura independente. Alguns comentários me proponho a fazer.
Ano 1976, Partido Socialista, Matosinhos, primeiras eleições autárquicas livres. Percurso que iniciámos juntos, fizeram-se as listas. Convencemos o Mário Maia a aceitar a presidência. Muitos foram decisivos nessa empreitada. Uns desapareceram, mudaram de formação politíca (o meu caso), outros continuaram, continuam no PS, que não vou comentar razões de convicção ou ideário.Uns mantêm-se com o Senhor de Matosinhos. Para outros é lhes indiferente qual deles seja. Trata-se de percurso que iniciámos juntos, e se é uma candidatura independente, por Matosinhos, gostaria de terminarmos juntos. Na altura do trabalho gigantesco iniciado, ambos tinhamos essa vontade comum. A terra, o concelho, Matosinhos, Revejo-me, tal como outrora nessa ideologia. E, apesar de erros, divergências, pessoais e politicas, devo aquilitar, como homem e matosinhense, qual o saldo.Positivo. Vinte e nove anos de mandato presidencial poderão ser tudo. Mas, não será tudo espúrio e pejorativo, como o pretendem crer. Não. A obra é visivel, sólida, queiram ou não, será marco de história do concelho. Mesmo, e com possível branqueamento da história, prodigio de directórios partidários, opinadores e manipuladores, a história será transmitida.Como nos ensinaram. De pais para, filhos para netos até as geraçõe que virão, intacta, com a obra patente.Como uma lenda, fruto da passagem de ditadura para democracia.
As minhas palavras e o que penso podem ser alvo de diversas interpretações, politicas e pessoais. mas, também numa certeza. O PSD, partido em que milito, mesmo na oposição é parte dessa história. No que aprovou e nas omissões. Uma parte clarificada, falta a pessoal. Julgarão uma adulação, de ocasião. Porque, assumo - sem vergonha - a vida não me tem sido fácil. Uma escada lançada para a prebenda. Não nos conhecem o suficiente. Tampouco, o que recentemente tivemos de trabalho comum. O do candidato foi concretizado.
Voltando à razão pessoal já fiz esta assumpção na formação em estou filiado. Logo, e sem rodeios, não sou útil. Aporto mais danos que mais valias. Balizadas entre a personalizaçãoe a indigência. Que o julguem. É a nossa sociedade. Mas não estou privadp de pensar livre e com quem o fizer da mesma maneira. Meu caro Narciso Miranda, ambos profundos conhecedores dos ditames dos partidos politicos, do politicamente correcto, sentido de conveniência e oportunidade, dos estratagemas, do bom e do mau, temos a certeza - verdade ou mentira? Candidaturas inde-pendentes não servem o sistema. E, não preciso de invocar recentes aconteciemntos, ligados ao financiamento dos partidos politicos. Em que, para além, do que se liga à corrupção ou não, teve outra razão. Sobretudo, fatiarem bem o "queijo", agindo em cartel, independentemente do carrossel gerador do poder que os ciclos eleitorais produzirão, e o povo sempre legitimará.
Chegado aqui, se ainda não está entendido o sentido que expresso, é tempo de o dizer de forma clara. Tenho que estar com os que estão com Matosinhos. Sá Carneiro já o dizia. Primeiro que o Partido, a Terra.
Termino. Comecámos juntos, vamos retomar o interregno, em que, apesar de costas voltadas, aqui e ali crispados, foi imposto. Mas não esquecemos Matosinhos.
Manuel Paquete
Militante do PSD
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