quarta-feira, 20 de maio de 2009

A POLÍTICA, OS PRINCÍPIOS, OS VALORES E OS AFECTOS

Na qualidade de Responsável pela Campanha de NARCISO MIRANDA – MATOSINHOS SEMPRE, fiz uma intervenção, sábado dia 16 de Maio, na apresentação da candidatura independente de Narciso Miranda a Presidente da Câmara de Matosinhos, onde pretendi dizer e assumir, perante as cerca de 3000 pessoas que estavam presentes, de forma voluntária e conscientes da importância e do significado político do acto para Matosinhos e os matosinhenses, que a política sem princípios, sem os valores da ética republicana, do rigor, da exigência, da solidariedade para com os mais desfavorecidos, os mais idosos, os jovens e todos os que não conseguem um emprego e sem os afectos, não tem qualquer relevância, interesse ou motivação para nos fazer participar de forma activa.



Considero até que a falta destes valores e destes princípios, que muitos dos agentes políticos não têm nem praticam, é o motivo principal para que um grande número de cidadãos, se afaste ou se desinteresse pela política e não acredite nos políticos.
È essencial que em Matosinhos tenhamos, a dirigir a Câmara, alguém que nos dá garantias, pelo seu passado e pelo seu presente, que defende, pratica e acredita que só assim vale a pena estar e viver a política. Que só assim se pode exercer o poder, em nome do povo e para o povo.
Foi em nome desses valores e princípios e no respeito pela ética e pela solidariedade para com o Partido Socialista e os socialistas de Matosinhos, que Narciso Miranda, decidiu não se candidatar à Presidência da Câmara de Matosinhos, em 2005.
Estou convicto, ou antes tenho a certeza, que o fez na convicção profunda de que o projecto que liderou, ao longo dos anos, continuaria a ser concretizado, rejuvenescido e até melhorado. Recordo que a sua essência assentava fundamentalmente em:
Ø políticas activas de solidariedade para com os mais desfavorecidos

Ø desenvolvimento económico, social e cultural sustentado
Ø rigor na utilização dos recursos financeiros, materiais e humanos do município
Ø relação de confiança entre a Câmara e os cidadãos
Infelizmente, como facilmente se pode constatar, tal não aconteceu.

A gestão financeira da Câmara, que foi sempre considerada como um exemplo de rigor, no conjunto do poder autárquico democrático, está à beira da ruptura.

O desenvolvimento do concelho estagnou!

A relação de confiança entre a câmara e os cidadãos, deteriorou-se fortemente!

As políticas de solidariedade foram confundidas com gastos desnecessários, mal direccionados, de resultados duvidosos e outros claramente sumptuosos!

Matosinhos deixou de ter uma Câmara como parceiro credível e respeitado, ao nível dos diversos órgãos metropolitanos, regionais e nacionais.

Perante esta realidade, que não respeita aqueles valores, nem os princípios fundamentais em que acredita e porque Matosinhos Sempre esteve, está e estará, acima das suas prioridades pessoais, foi obrigado a intervir, com a intenção de ajudar a corrigir a orientação e a concretização das políticas seguidas, bem como a incentivar o debate cívico entre a comunidade, através dos meios de comunicação, quer na imprensa escrita com artigos de opinião, quer em crónicas na rádio, entrevistas, debates na televisão e colóquios diversos.

Foi também e sobretudo, nos diálogos e contactos, permanentes, com os cidadãos que o interpelavam e incentivavam, a alterar tal estado de coisas, através de uma candidatura forte e independente, que fosse capaz de retomar o rumo da solidariedade, do desenvolvimento, do rigor e da confiança que nasceu a sua convicção e a sua força, para concorrer a Presidente da Câmara.

Foi, ainda, porque sempre teve, tem e terá Matosinhos no Coração que recusou, como é público, calçar os chinelos, que muito lhe quiseram calçar, retirar-se para um qualquer lugar, dos muito que lhe foram oferecidos, principescamente pagos, a fim de corresponder aos anseios de todos, e são muitos, os que querem retomar o rumo da esperança e do futuro.

Foi por tudo isto e por um imperativo de consciência, porque não é possível virar as costas aos apelos cívicos dos cidadãos que acreditam, também, nos valores, nos princípios e nos afectos, que aceitou o desafio de se apresentar, como candidato, independente, a Presidente da Câmara de Matosinhos. Tenho para mim que as suas principais razões foram:

Ø Pela constatação sentida nos matosinhenses, de que o projecto que liderou, não está a ser seguido, nem desenvolvido, para que Matosinhos seja mais solidário com os desfavorecidos, mais rigoroso com os compromissos assumidos e mais respeitado, a nível local, regional e nacional

Ø Não foi por qualquer apego ao poder. Relembro que saiu há quatro anos, de livre vontade

Ø Porque sentiu que não podia deixar de regatear esforços, para fazer a mudança necessária, para voltar a colocar Matosinhos no lugar que merece

Ø Porque é o mesmo homem e o mesmo autarca, com a experiência e a independência para, agora como sempre, só vestir a camisola de Matosinhos.
Ø Porque não tem quaisquer limitações político-partidárias, apesar de ser socialista, para liderar o novo futuro de Matosinhos

Ø Porque é necessário retomar o rumo do rigor, na gestão económica e financeira e dos meios materiais e humanos, da câmara

Ø Por ser imperioso recuperar o rumo da confiança, entre os cidadãos e a liderança do município

Ø Por ser preciso retomar o rumo, da esperança de todos os matosinhenses, com a concretização de projectos mobilizadores e inovadores, nas áreas social, cultural e do desenvolvimento económico.

Ø Porque que “Matosinhos não pode parar”, nem ignorar a história.

Ø Porque tem a certeza de que junto com todos os matosinhenses, vai retomar o rumo do futuro e do progresso

São estes os valores e os princípios que fizeram com que milhares de cidadãos participem de forma activa, convicta e voluntária, no planeamento e nas acções de campanha que nos conduzirá, tenho a certeza, à estação de correspondência entre o querer e a vitória, nas eleições autárquicas de Outubro próximo.

Finalmente, é em nome desses mesmos valores, princípios e afectos que dirijo uma palavra de agradecimento e gratidão a tantos e tantos cidadãos, que têm contribuído com o seu saber e esforço, de forma tão intensa e gratuita, para estarmos prontos e determinados a enfrentar com mais força e disponibilidade, a dura batalha de esclarecimento e de mobilização dos matosinhenses, que nos há-de conduzir até à vitória nas próximas eleições autárquicas.

Participei em muitas campanhas eleitorais, ao longo da minha vida e actividade política.

Fui responsável por várias, nomeadamente as do Presidente General Eanes, as do Presidente Mário Soares, do Partido Socialista a nível distrital, etc., mas nunca, como agora, tive a oportunidade de trabalhar e aprender, com gente tão generosa e capaz de conceber e produzir, tudo o que é necessário para por esta imensa “máquina em marcha”, sem necessidade de recorrer a empresas externas, como é normal nestes casos.

É com orgulho que o digo! É tudo trabalho de casa, da Associação Narciso Miranda Matosinhos Sempre.


Orlando Magalhães
Director da Campanha Narciso Miranda – Matosinhos Sempre

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá meu caro Orlando, não resisti a tentação de comentar o seu artigo,na qual concordo praticamente em toda a linha. Sei que a sua tomada de posição quanto o apoio a Narciso Miranda, e da forma como o descreve tem a força do verdadeiro Socialismo Democrático, conheço o seu passado como socialista convicto. Comungamos da mesma opinião e dos mesmos valores, sei o que é polìtica desde os tempos de Humberto Delgado, na passagem da minha pueberdade,acreditei num ´país melhor, mais justo, mais equilibrado, hoje passados estes anos, sinto-me defraudado, não com o Socialismo, mas com as pessoas que estão no poder . Daí meu caro Orlando Magalhães, estou de alma e coração, com N.M.O poder autarquico, tem muita força no poder central. Doi-me a alma ver tantos jovens sem rumo por este Matosinhos,que foi a esperança de muita gente. Sei que é preciso um novo rumo, e N.M. pode vir a dar uma nova dinamica a este concelho,
por isso decidi estar com "Matosinhos Sempre".
Um abraço e um bem haja.

José Guimarães, Custóias

Anónimo disse...

Olá meu caro Orlando, não resisti a tentação de comentar o seu artigo,na qual concordo praticamente em toda a linha. Sei que a sua tomada de posição quanto o apoio a Narciso Miranda, e da forma como o descreve tem a força do verdadeiro Socialismo Democrático, conheço o seu passado como socialista convicto. Comungamos da mesma opinião e dos mesmos valores, sei o que é polìtica desde os tempos de Humberto Delgado, na passagem da minha pueberdade,acreditei num ´país melhor, mais justo, mais equilibrado, hoje passados estes anos, sinto-me defraudado, não com o Socialismo, mas com as pessoas que estão no poder . Daí meu caro Orlando Magalhães, estou de alma e coração, com N.M.O poder autarquico, tem muita força no poder central. Doi-me a alma ver tantos jovens sem rumo por este Matosinhos,que foi a esperança de muita gente. Sei que é preciso um novo rumo, e N.M. pode vir a dar uma nova dinamica a este concelho,
por isso decidi estar com "Matosinhos Sempre".
Um abraço e um bem haja.

José Guimarães, Custóias