1. Desemprego. Endividamento crescente das famílias. Fome. Pobreza. Exclusão social. Estes são alguns dos reais problemas que afectam, actualmente, o nosso país. Ainda que, erradamente, não sejam os problemas que têm dominado a agenda e o debate político, a verdade é que, como todos sabemos, como os cidadãos que vivem estes dramas na “pele” sabem, estes são os problemas em que todos aqueles que exercem o poder deveriam concentrar as suas atenções.
A realidade, essa, é, no entanto, bem diferente. E em Matosinhos não é excepção. Em Matosinhos, enquanto o desemprego aumenta de uma forma arrepiante, enquanto milhares de jovens procuram, desesperadamente, uma oportunidade que não surge, enquanto o nível da pobreza sobe assustadoramente, enquanto as famílias se endividam cada dia mais, enquanto as pequenas e médias empresas lutam contra o encerramento – aquelas que ainda vão conseguindo lutar – enquanto a especulação imobiliária aumenta a “olhos vistos”, o dinheiro público gasta-se. Gasta-se, sem dó nem piedade. Gasta-se sem rigor, sem responsabilidade e sem transparência.
E poderá até o meu caro leitor pensar: “se o dinheiro se gasta, ao menos devemos ter obra, ao menos deverá ser para contribuir para o aumento da nossa qualidade de vida, para a criação das infraestruturas necessárias e que fazem falta”. Sim, deveria ser este o pensamento correcto. Sim, o dinheiro público deveria ser gasto, sim, para investimento.
Mas a verdade, por muito que os responsáveis “contaminados” pela situação queiram fazer crer o contrário, é que a realidade não é essa. A realidade é que o dinheiro gasta-se em consumismo, em despesas correntes, em gastos supérfluos.
A realidade é que a Câmara de Matosinhos recorre, sucessivamente, a empréstimos (ainda agora, recentemente, recorreu a mais um, no valor de quatro milhões e 400 mil euros) e não se vê obra nova.
A verdade é que continuam em falta as infraestruturas desportivas, de segurança, de educação, jardins-de-infância, lares e centros de dia para a 3ª idade, tão necessárias.
É isto o que está, de facto, e, infelizmente, já não é de agora, a acontecer, designadamente em Matosinhos. Não adianta, sequer, esconder “debaixo do tapete”. Toda a gente sabe. Os cidadãos sabem bem.
2. Parece que há por aí alguma gente, a chamada “boa gente”, muito preocupada em manifestar a sua inquietação a respeito da designação da, obviamente, legítima candidatura às autárquicas que um conjunto de cidadãos protagonizou e que eu, orgulhosamente, liderei. Há até quem defenda que esta deveria chamar-se apenas “Matosinhos Sempre”, demonstrando uma capacidade imaginativa, uma inteligência invulgar e uma perspicácia notável, quando fazem a comparação com o PS, dizendo que “no Parlamento não se ouve falar no nome de “José Sócrates – Partido Socialista” .
Claro que a candidatura que José Sócrates protagonizou está registada, em tribunal e nos boletins de voto, e bem, com a designação de “Partido Socialista” e por isso é assim que se chama.
Enquanto que a candidatura “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” está registada, em tribunal e nos boletins de voto, como “Narciso Miranda Matosinhos Sempre”. É esta, de facto, a designação oficial. A designação constitucional, jurídica e política. É esta a candidatura registada judicialmente e foi este o nome, a designação que, expressamente, apareceu no voto.
Esta referência é feita de forma sincera, pragmática, sem equívocos, sem rodeios, sem as hipocrisias da chamada “gente de bem”. Para que conste, para desfazer dúvidas e para anular as espertezas que, normalmente, vão surgindo, aqui e ali.
Narciso Miranda
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Problemas reais
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1 comentário:
Repto:
Queremos que Leça da Palmeira seja uma freguesia onde os seus habitantes sintam que não há melhor sitio para se viver.
Qualidade do AR
Qualidade das Águas do Mar
Pedimos a sua monitorização e que a mesma se faça de acordo com as directivas da EU, que as mesmas sejam asseguradas pelos departamentos competentes da Universidade do Porto.
Que se publique o resultado das mesmas.
Saudações Marítimas
José Modesto
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