segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tempo de Esperança!

Passadas que foram as festas natalícias, tradicionalmente caracterizadas pela troca de votos de um Ano Novo Feliz, é tempo de verificarmos se tais votos se concretizam.
2009 dá agora os primeiros passos. Será um ano marcado pela realização de três actos eleitorais: as eleições europeias, as legislativas e as autárquicas. É, pois um ano de eleições.
E, as eleições são, por definição, actos de esperança. Este é, portanto um ano de esperança!
Esperança em melhores dias. Esperança em que, os problemas que afligem a comunidade sejam resolvidos. Esperança em que, as dificuldades porque passamos sejam atenuadas. Esperança em que, os mais pobres sejam cada vez menos pobres e – já agora – em que os ricos se lembrem do seu semelhante, traduzindo assim em verdade as mensagens natalícias que nesta quadra certamente subscreveram…
Esperança para os desempregados: que o almejado emprego deixe de ser uma miragem. Que o trabalho tão necessário à reconstrução da economia nacional finalmente lhes surja no horizonte trazendo-lhes a estabilidade financeira e emocional a si, e aos seus.
Esperança para os idosos: que lhes acuda uma política de protecção social adequada às suas necessidades, que tenha em conta as suas dificuldades reais, que aufiram uma reforma que lhes chegue para o sustento e, para a assistência médica e medicamentosa.
Esperança para os jovens: para os que concluíram a sua formação académica e, para aqueles que tendo optado pela via profissional e se encontram em situação de precariedade laboral, vendo assim condicionadas outras opções de vida. Esperança particularmente para os jovens que procuram o primeiro emprego e - este demora a chegar!
Esperança para os profissionais do comércio tradicional. Empresários médios e pequenos que nos últimos tempos têm sentido a sua vida a andar para trás, confrontados com a crescente perda de poder de compra dos seus concidadãos. A certeza de que há muito para fazer em todos os domínios visando a recuperação económica.
Ter esperança é pois fundamental. Uma espécie de fé, uma energia inquebrantável que acompanhe os nossos actos do dia-a-dia, seja no plano pessoal, familiar, político, ou doutra ordem.
À Fé e à Esperança dos desfavorecidos, seria desejável acrescentar-se a Caridade dos poderosos. Não a “caridadezinha” a que nos habituaram, típica de peditórios e esmolas, mas duma caridade que coloque os direitos dos outros a par daqueles que aos próprios assiste.
Não basta, naturalmente ter-se fé e esperança. O axioma popular “Fia-te na Virgem… e não corras” tem aqui inteira aplicação.
As esperanças aqui expressas exigem a adopção de medidas urgentes e que sejam consequentes no plano prático e operacional. Medidas que só podem ser implementadas por cidadãos que se identifiquem com tais propósitos e intenções.
Por isso, a escolha acertada dos cidadãos a eleger surge como imperativo primeiro. Depois, por parte dos eleitores, a opção certa.
É assim que se inverte a tendência. É assim que se retoma o rumo.
Em Matosinhos, pelos matosinhenses, estou pronto para assumir essa responsabilidade. É uma espécie de contrato que desejo fazer com a nossa gente. Com a gente que eu conheço. Com a gente que me conhece!


Narciso Miranda
nm@narcisomiranda.com