A polémica está há muito instalada e o assunto tem estado em cima da mesa das discussões. Refiro-me ao possível avanço das portagens das SCUT no Grande Porto, que tem reanimado a discordância, sobretudo, de autarcas dos concelhos afectados. Falta de alternativa e cobrança indiferenciada têm motivado as mais variadas críticas do Grande Porto ao Minho. Pertenço ao grupo dos que discordam, claramente.
E falo, acima de tudo, na defesa dos interesses de Matosinhos e dos matosinhenses. Isto, porque não podemos começar por esquecer que o concelho de Matosinhos é atravessado, transversalmente, no sentido Norte/Sul pela estrada A28 e, no sentido Poente/Nascente, pela A41.
Mesmo sendo classificadas de estradas de carácter nacional, trata-se de duas vias verdadeiramente decisivas para a mobilidade dos cidadãos e, sobretudo, para a interligação das várias freguesias do concelho. Quem por elas tem de circular diariamente sabe bem desta importância fundamental a que me refiro.
Por outro lado, assumem-se, ainda, como vias estruturantes para o desenvolvimento económico, constituindo alavancas decisivas para a economia local de Matosinhos, designadamente para as pequenas e médias empresas e para o sector da restauração do concelho.
Por isso, não tenhamos dúvidas. Não nos iludamos. As portagens rebentarão a economia local, designadamente o parque da restauração, o turismo gastronómico e cultural, mas, também, as pequenas e médias empresas, que não aguentarão estes custos.
Os cidadãos, esses, sim, pagarão uma “factura” muito elevada se esta decisão de colocar portagens nas referidas estradas for avante. Sobretudo, considerando o índice de desenvolvimento económico e o significativo aumento do desemprego que contribui, de uma forma decisiva, para baixar a qualidade de vida dos cidadãos.
Por isso, me manifesto, como sempre me manifestei, radicalmente contra a colocação de portagens na A28 e na A41, por serem verdadeiramente penalizadoras da vida dos cidadãos.
Por isso, é responsabilidade dos autarcas, sobretudo dos concelhos mais afectados por esta medida, manifestarem-se contra e juntarem a sua voz à dos cidadãos.
Sobretudo num concelho, como Matosinhos, onde, mais importante que as portagens é resolver problemas sérios como o da requalificação da A28, desde o nó do IP4 até ao nó de Francos, passando de duas para três faixas, e acabando com o tormento diário do cruzamento com a Circunvalação, ou a construção do acesso para o Hospital Pedro Hispano
Isto, sim, é defender os interesses dos cidadãos e de Matosinhos. E é para com estes que temos responsabilidade.
Narciso Miranda
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Não às portagens no Grande Porto!
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4 comentários:
Essa ideia de que as auto estradas devem ser gratuitas é algo que não é comportável para um Estado pobre como o é a República Portuguesa.Contudo o Estado deveria de uma vez por todas deixar de se autofinanciar à custa das auto estradas ditas com portagens cujos valores cobrados são incomportáveis para a maioria dos cidadãos(apesar de as auto estradas serem geridas por empresas privadas não esqueçamos o caso da Brisa que em tempos foi propriedade do Estado,Estado esse que nunca a deveria ter alienado;deveria era ter alienado toda aquela gentalha que dirigia a JAE e a Brisa antes da privatização).Ou seja se as "taxas" de utilização das auto estradas fossem justas (se calhar 1/3 do preço actual ) nada destes problemas aconteceriam e ninguém reclamaria.Perguntarão alguns:como é possível baixar preços?Devia-se partir logo do pressuposto que as obras públicas deverão ser rigorosamente fiscalizadas desde o começo;que as mesmas não deverão ser entregues a empresas "Amigas" dos Governos, dos políticos ou de certos lobbys;que se deverão utilizar todos os meios possíveis para baixar os custos sem desprimor da qualidade;que todos as empresas suspeitas de corromperem seja quem for fiquem inibidas durante vários anos de se apresentarem a concursos públicos;por último talvez uma medida drástica,todos aqueles condenados em tribunal por corrupção em especial administradores dessas mesmas empresas sejam condenados a penas de prisão efectivas em prisões com regime de trabalhos forçados(tem que se mudar a lei) dos quais constasse a construção de estradas e outras infra estruturas...seria a ironia do destino e de certeza que mão de obra "gratuita" e forçada não faltaria...
Saudações Marítimas
José Modesto
O problema das portagens é uma questão complexa. E não é fácil deliberar sem tocar no governo, A, B, ou C. As Portagens nas pontes , estradas e afins, não é invenção nossa, perde-se no tempo.Em Portugal, pós a Monarquia, que eu saiba já a ponte de V. F. de Xira que ligava ao Sul,em 1965, já se pagava cinco escudos,entretanto Salazar não fugiu à regra, e portajou o primeiro lance de autoestrada entre Lisboa e V. Franca,no sistema, utilizador\\pagador. Marcelo Caetano criou entâo a Brisa para gerir a ligação Lisboa- Porto ,em dupla rodovia, taxada.Após o 25 de Abril, todos os governos seguiram as pisadas anteriores, mas talvez para pior, seguindo o raciocínio, "ou há moralidade, ou comem todos",não o têem feito,utilizando argumentos pouco convincentes.O negócio das autoestradas nunca foi bem esclarecido à opinião pública, e daí uns dizerem que é justo portajar a A28, A29 e A41, e outros acharem que não.Uma coisa é certa;o governo neste momento está numa situação aflitiva com as contas públicas, despesa a subir , receitas a baixar, por todas as razões que os portugueses sabem.E como o dinheiro não elástico,nem cai do céu, vai por mão a tudo para fazer face às despesas.
José Guimarães
Natal é quando a gente quiser.
Assim, pede-se á CMM que disponibilize aos mais necessitados o Cabaz do Natal.
Neste período, em que o desemprego afecta milhares de famílias, a CMM dá o
exemplo fornecendo aos mais carenciados um Cabaz do Natal.
Nada que não se possa fazer, basta ter vontade, os Matosinhenses agradecem.
Saudações Marítimas
José Modesto
Meus caros José Modesto e José Guimarães,
Fui, de facto, daqueles que sempre se manifestou, radicalmente, contra a colocação de portagens nas SCUT do Grande Porto, ao contrário de outros que nunca quiseram assumir uma posição concreta e, sobretudo, de defesa dos interesses, neste caso, de Matosinhos e dos matosinhenses.
Por isso, os eleitos da lista "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" apresentaram uma proposta de sensibilização do Governo contra esta anunciada medida.
E temos de nos congratular pelo "feito histórico" conseguido, por termos conseguido que a nova maioria municipal (PS e PSD) a aprovassem, por unanimidade.
É assim que defendemos os interesses do concelho e dos matosinhenses.
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