terça-feira, 10 de março de 2009

O “Dia da Mulher” já era. Agora, é o dia seguinte!

É verdade que o dia de sol também ajudou.
O “Dia Internacional da Mulher” – uma data que, em todo o Mundo teve no último domingo o seu dia D – também em Matosinhos foi vivido de forma intensa.
Associações diversas promoveram iniciativas de carácter desportivo e cultural. Sociedades Recreativas, grupos de cidadãos e movimentos associativos levaram a cabo acções de sensibilização colectiva,chamando a atenção dos cidadãos para a importância do papel desempenhado pelas mulheres em todos os domínios da sociedade.
Valores como a afectividade e a fraternidade estavam intrínsecos nos programas. Também a “Associação Cívica Narciso Miranda Matosinhos Sempre” esteve presente.
Elevado grupo de pessoas independentes, em que se destacava a presença de muitos jovens dos mais variados estratos sociais quiseram partilhar este significativo evento. Rapazes e raparigas, empregados e desempregados constituíam o grosso do aglomerado.
Senhora da Hora, primeiro; S. Mamede de Infesta, a seguir; Leça da Palmeira, depois; Jardim Basílio Teles, mais tarde e Marginal de Matosinhos por fim, foram os pontos altos do périplo que tive a satisfação de efectuar durante o dia inteiro!
Registo, com particular agrado, a presença de dezenas de jovens, entusiastas, interventivos, com sede de exercer Cidadania, movidos apenas pela defesa de princípios, causas e valores. Nada mais querem em troca. Que bom! Sente-se, de facto, a mudança e uma nova forma de fazer política!
Foram momentos de convívio franco e aberto. Foram horas de partilha fraterna com a população. Foram horas de alegria esfuziante e contagiosa.
Afinal, era o “Dia da Mulher”. E, as mulheres de Matosinhos que ao longo dos anos têm sabido sofrer e vencer, não podiam deixar de ser lembradas e enaltecidas. Por mim próprio, mas sobretudo por todos aqueles que resolveram integrar de corpo e alma esta iniciativa.
Interventivas e portadoras de características de percepção e entendimento – não é por acaso que se costuma dizer que as mulheres possuem um sexto sentido - posso dizê-lo – e estou em condições de o afirmar – têm ao longo da minha longa carreira autárquica papel preponderante no sucesso da política que, durante quase três décadas implementei!
Todavia, o Sol de Domingo, rapidamente escureceu. Em sentido figurado, entenda-se já que lá no alto, também hoje ele brilha. Pena é que cá em baixo, se procure tapá-lo (ao sol) com a peneira.
Hoje, segunda feira, é outro dia. É o dia em que ocorre mais uma visita governamental aqui ao nosso Concelho. Desta feita, o Secretário de Estado da Saúde.
Os responsáveis autárquicos, mais uma vez deram mostras de completo desnorte e profunda deslealdade.
É que, quando se é membro de uma equipa – seja ela vencedora ou perdedora – assume-se por inteiro a responsabilidade no resultado colectivo. Sobretudo, quando as funções desempenhadas não são de mero espectador. Ou espectadora. Como na situação em apreço. Quando o sentido da política seguida assenta na aceitação democrática da equipa constituída, o mais que há a fazer - havendo reparos a ser feitos – é aceitá-los com humildade e procurar corrigir os erros cometidos … se a oportunidade de os corrigir voltar a sorrir!…
Providencialmente – diria eu - que o Secretário de Estado da Saúde, nem é, e provavelmente nem conhece a história da Saúde em Matosinhos – este membro do Governo no discurso proferido “arruinou” a estratégia defesa/ataque protagonizada pela autarquia. Que, tal como no passado, Matosinhos está atento nesta matéria - sentenciou em poucas palavras!
Trouxe-lhes à memória iniciativas passadas que colocaram Matosinhos – também na questão da Saúde – em lugar de exemplo pelo importante contributo dado à causa pela equipa antecedente.
Que era – ironia do destino – exactamente aquela que os próprios admitem agora perigosamente desajustada! Com uma diferença incontornável: o líder era outro!
Esquecendo e criticando um passado que subscreveram!
Chama-se a isto Prostituição Política! É um nome forte, mas ajustado!
Actuaram primeiro em consonância com realidades circunstanciais: admitiram que as decisões tomadas eram as correctas. Agora - para Secretário ver - mudaram de opinião! É da vida.

Narciso Miranda