Ultimamente, ao folhear qualquer jornal do concelho somos confrontados com dois tipos de notícia. A primeira é a tentativa desenfreada de convencer que este Executivo Autárquico está a trabalhar como nunca se viu e, a segunda é que vivemos num oásis, junto do mal plantado, com poucos problemas e muitas maravilhas.
Como diz o ditado popular “quem não se sente, não é filho de boa gente”.
É nosso dever desafiarmo-nos a olhar em volta e questionar ou, pelo menos, reflectir sobre algumas questões:
- Em quatro anos de executivo vimos nos últimos meses duas rotundas inauguradas.
- Acessos à ponte móvel, que supostamente iriam solucionar problemas de trânsito, continuam na mesma (mesmo tendo obra da administração central – APDL) e a câmara assume como sendo sua.
- Silêncio total relativamente ao incumprimento da promessa de “diminuição significativa” do tempo de abertura e de fecho da ponte móvel. Só quem nunca passou por lá é que pode acreditar!
- Notícias de bandeiras azuis nas praias, ignorando completamente os péssimos acessos para algumas delas. Em caso de dúvida, percorram a estrada entre a Memória e as Pedras do Corgo e digam se conseguem fugir aos buracos. E, nem vale a pena tentar entrar na freguesia de Lavra pelos acessos da A28, porque arriscam-se a perder um pneu!
- O abandono em que se encontra a Rua Brito Capelo. Fria, moribunda, triste, sem qualquer dinamismo de mobilização e atracção ao comércio tradicional. Não existiu uma única iniciativa para manter viva uma das ruas mais emblemáticas da nossa cidade.
- Programação para jovens, inexistente, ou se existe ninguém conhece.
- A anedótica informação no aproveitamento da construção do “transportável” Centro de Ciências do Mar, para se anunciar a construção de uma residência universitária, quando Matosinhos deve ser dos raros concelhos que não possui uma política estratégica direccionada ao Ensino Superior. (Relembro que o PDM prevê a construção de um Pólo Universitário nos terrenos onde se encontram os reservatórios de combustíveis na Avenida D. Afonso Henriques/Circunvalação.)
- Fala-se de Terminal de Cruzeiros e, além do “mar à mesa”, que investimento turístico se realizou?
- Temos um aeroporto mais perto de Matosinhos que do Porto, e não se vê qualquer aproveitamento do fluxo de passageiros para o nosso munícipe.
- A Festa do Senhor de Matosinhos, do último ano, foi das mais estranhas que se viveram. “Obrigar” a população à penitência de percorrer o novo trajecto da festa é um erro.
- Encontramos um parque de estacionamento, em Sendim,, com apenas um carro estacionado diariamente, e prepara-se para entrar em obras outra vez, durante a noite vai sendo utilizado.
- Ciclovias que, terminam no nada, foram desenhadas sem a mínima preocupação para com os residentes e o comércio local.
Basta! Não podemos arriscar a ter outros mandatos iguais a este. O caminho é Retomar o Rumo da Modernidade, da Preocupação, do Rigor, do Interesse e, acima de tudo, Retomar com Liderança e Responsabilização Activa no nosso munícipe.
Narciso Miranda conta com o meu apoio, com o apoio dos que amam Matosinhos e, com certeza, com todos que sofrem com o actual cenário da nossa terra.
Gustavo Nuno Carvalho