segunda-feira, 2 de março de 2009

“ A certeza de um futuro… mas a incerteza de um BOM FUTURO”

Geração à Rasca” uma citação bastante conhecida e antiga, mas totalmente verdade nos dias de hoje.

Enquanto criança existem sonhos, perguntam-nos com alegria “ O que queres ser quando fores grande?” e respondemos ainda com mais alegria e convicção “ Médico…advogado… policia… bombeiro…”

A verdade, é que passados os anos esses sonhos continuam e até estão a um passo de se tornar realidade. Uns com o mesmo sonho, outros afinal descobrem que tem capacidade para outra actividade e os outros alteram porque dizem que é um emprego com saídas. Até ai tudo bem, “vendemos” a ideia aos pais e eles como querem o melhor compram-na a qualquer preço, mesmo sendo ao preço de uma privada.

Ao fim de quatro, cinco anos de sacrifício dos pais e de estudo árduo a única coisa mais parecida com a palavra emprego é “ Desemprego” ou “emprego precário” ou então emprego que nada tem a ver com o nosso sonho. Agora sim, chega a hora de enfrentar aqueles que tudo fazem por nos dar uma vida melhor e lhes dizer que afinal vai ser um pouco mais difícil arranjar emprego na área onde nos formamos.

Começa uma nova etapa: currículos, cartas, contactos e centros de emprego.

Começam as respostas, “o seu currículo é muito completo para a vaga que se pretende.” Centro de emprego nada, “ A vaga foi preenchida, mas mal apareça algo para a sua área contactamos”. Centro de emprego nada.

Para quem sempre viveu em Matosinhos, estudou e procura emprego nesta cidade torna-se um desafio interminável e sem ajudas.

É ai que os jovens se começam a desmotivar e a criar uma barreira, deixam de acreditar no governo, na política, no país, e na sua cidade, naquilo que sempre sonharam, “um bom futuro”. É com certeza que digo que existe uma desmotivação nos jovens mesmo naqueles que não pretendem ir para o ensino superior.

A desmotivação que agudiza, quando perdemos também a esperança na nossa gestão Autárquica, quando vemos como promessa de emprego, criação de Retail park’s, como se este centros comerciais, fossem verdadeiros empregadores. Mais, como se o facto de serem feitos em Matosinhos significassem por si só, uma oportunidade para os nossos jovens.

Mas os Jovens não podem desistir das ideias, dos valores e dos princípios que tinham quando eram crianças.

Juntos e pelo futuro podemos fazer a diferença e lutar para deixarmos de ouvir que a “Geração está à Rasca”

Andreia Ribeiro

“Narciso Miranda - Matosinhos Sempre JOVEM”