Sempre o defendi e, acima de tudo, sempre o fiz, ao longo dos quase 30 anos em que assumi a presidência da Câmara de Matosinhos - um líder tem de saber ouvir. Não apenas os seus consultores e assessores, as sondagens e as estatísticas. Um líder tem de estar perto dos cidadãos, conhecer os seus reais problemas e as suas reais necessidades e defender, acima de quaisquer outros, os interesses dos seus munícipes. Sempre o fiz e, nesta nova fase da minha vida política que iniciei, faço questão de o continuar a fazer.(...)
Saber ouvir para conseguir interpretar a realidade, saber ouvir para destrinçar os factos duros dos discursos “cor-de-rosa”. Diariamente, somos assolados com notícias que dão conta da crise que se abate sobre a economia mundial, sobre os números avassaladores do desemprego no país. Só quem não quer ouvir, só quem não quer ver, pode dizer que Matosinhos escapa a esta crise, a este aumento do desemprego. A verdade é esta: o desemprego nunca atingiu valores tão altos no nosso concelho. Valores que um líder sabe não serem números – são pessoas. Matosinhenses. Que tem sido feito, para contrariar esta subida galopante? A crer nos discursos do actual executivo municipal – nada. Simplesmente, porque esta subida “não existe”.
Não podemos continuar neste não querer ver, não querer ouvir. É imperativo que passemos de políticas despesistas e com traços de laxismo, para políticas pró-activas de criação de emprego, de investimento, de qualificação de nosso concelho. Mais do que defender o conceito o importante é apresentar propostas e colocá-las em prática.
Em primeiro lugar, há que arrumar a casa – recuperar o rigor financeiro no uso dos dinheiros públicos e tornar mais leve e flexível a estrutura municipal, sem duplicação de chefias inúteis.
Em segundo lugar, há que definir uma estratégia coerente, não medidas pontuais – só assim teremos resultados consolidados. É necessário apoiar a criação de emprego – fá-lo-ei, também, pelo apoio às Pequenas e Médias Empresas. Como? Cedendo terrenos e criando condições para a instalação de PME’s. Baixando os impostos, o IMI e a derrama, como incentivo extra para a fixação de PME’s. Criando um “ninho de empresas”, com a missão de apoiar, em todo o processo, jovens e desempregados a criar a sua PME’s, ajudando a concretizar projectos e criando emprego. Criando condomínios empresariais e comerciais, reconvertendo e requalificando edifícios ou armazéns degradados, tal como fiz em Leça do Balio, no condomínio empresarial da Lionesa.
Não bastam apenas medidas pontuais. Matosinhos precisa de um compromisso, um compromisso pelo desenvolvimento socioeconómico sustentado, um compromisso pela criação de emprego e riqueza. Um compromisso para investir no futuro, qualificando o presente.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Investir no futuro, qualificar o presente
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