Narciso Miranda lamenta falta de cumprimento da CMM na concretização de obras prometidas

Desde o início do actual mandato na Câmara Municipal de Matosinhos que, renovadamente, foram garantidas para o concelho de Matosinhos obras fundamentais e de extrema relevância para os matosinhenses. Com as devidas garantias, foi prometida a requalificação da A28, desde o nó do IP4 (junto ao Estádio do Mar) até ao nó de Francos, particularmente para passar de 2x2 para 2x3, as faixas de rodagem e, sobretudo, fazendo uma ligação desta via, de carácter nacional, ao Hospital Pedro Hispano (relembre-se que este troço é o único que não está concessionado e, por isso, sob a jurisdição das instituições governamentais).

Foi garantido, também, pela Câmara, que o Governo realizaria nesta obra a alteração radical da rotunda da AEP, mais conhecida por “nó dos Produtos de Estrela”, assim como o acesso da Via Norte à EFACEC, uma das empresas mais importantes do norte do país. E foi, ainda, garantida a supressão da rampa de ligação desde a porta de entrada do Hospital Pedro Hispano até ao edifício, por não cumprir as condições regulamentares e constituir um grave obstáculo aos milhares de cidadãos que procuram os serviços daquela unidade hospitalar, sobretudo aos mais idosos, os doentes e os portadores de deficiência.

Passaram quatro anos. Nada foi feito. Nenhuma destas obras foi até hoje realizada. Lamentamos. A rampa continua a ser um problema. As ambulâncias continuam a transportar doentes, passando ao lado do hospital, entrando no verdadeiro nó de congestionamento de tráfego do cruzamento dos “Produtos de Estrela” e as filas intermináveis, face a este nó, continua a dar cabo da paciência dos nervos dos cidadãos.

Como não cumpriram, porque não puderam, não souberam ou não tiveram força reivindicativa, a poucas semanas das eleições o corrupio de promessas, de instalação de outdoors, de sucessivas visitas de Secretários de Estado e Ministros a Matosinhos tenta suavizar os efeitos negativos resultantes de promessas e garantias não cumpridas. Só esta semana, são três membros do Governo em Matosinhos.

O que não se entende é que tudo isto se faça com esbanjamento de dinheiro público. Lamenta-se. Matosinhos perdeu terreno. Matosinhos perdeu investimento. É evidente que a capacidade reivindicativa e de afirmação se foi esvaziando, com prejuízo para os matosinhenses.